sábado, 7 de janeiro de 2012

ITÁLIA 2 - FLORENÇA


1 INTRODUÇÃO

Florença (Firenze em Italiano), considerada a capital das artes da Itália, é uma das cidades mais belas do mundo. Ela emociona pela beleza e riqueza de seus palácios, praças, esculturas e obras de arte que estão em toda a parte. Em Florença, está concentrado um dos maiores conjuntos de magníficas obras de arte, criadas pelos maiores gênios da humanidade, que aí moraram e trabalharam, em um mesmo período da Renascença (séculos 13-16). Por uma excepcionalidade, Florença tornou-se o berço e maior cenário do Renascimento, em grande parte, graças à poderosa e riquíssima família dos banqueiros - os Médici, que tinha o dom de descobrir talentos e os recursos para patrociná-los. Mais importante: essa cidade guarda, até hoje, para o mundo uma das mais preciosas coleções de arte de todos os séculos.
 Foto 1 - Conjunto eclesiástico e majestoso do Duomo - um dos “3 maiores” da Itália que incluem a Torre de Pisa (em Pisa), o Coliseu (em Roma) e o Duomo (em Florença).
Terra dos 3 “M”, letra inicial de três expoentes máximos do “renascimento” das artes: os Mecenas Médici, patrocinador dessa iniqualável produção artística, Maquiavel, que se inspirou nessa família para escrever a sua célebre obra prima o Príncipe, e o notável poeta, pintor, arquiteto e escultor Michelangelo, autor da obra prima Davi e da pintura da Capela Sixtina em Roma, dentre outras inúmeras obras primas. Florença também é a cidade natal do célebre escritor Dante Alighieri, autor da famosa Divina Comedia, que é um marco da literatura universal e contribuiu para a formação da língua italiana atual. Entretanto, seria difícil e contestável enumerar a imensa lista de artistas ilustres que eternizaram essa cidade como símbolo máximo de beleza e arte até os dias atuais.

Florença foi governada pelos Médici, do início do século 15 até a metade do século 18 (1737). A importância dessa cidade também poderia ser medida pelo número de papas que aí nasceram, foram 6 (seis), dos quais 4 (quatro) pertenciam à família dos Médici.
Foto 2 - O célebre autor florentino Dante de Alighieri, autor da Divina Comédia, em frente à Igreja de Santa Croce, onde o seu túmulo encontra-se vazio.

Ao caminhar pelas ruas medievais e renascentistas, remanescentes dos séculos 14, 15 e 16, você tem a sensação de uma volta ao tempo, ao encontro dos grandes mestres da arte ocidental, por onde cruzaram Donatello, Leonardo Da Vinci, Brunelleschi, Giotto, Michelangelo, Boticelli, Vasari, Giambologna e muitos outros. No entanto, as suas obras continuam lá desafiando os tempos e reinando em sua beleza e originalidade.

Florença era também cenário de uma história tumultuada, cheia de intrigas e alianças das famílias influentes que disputavam poder e prestígio, muitas vezes de forma cruel e sangrenta. O próprio Dante  sofreu exílio eterno e, para sua grande tristeza, nunca mais voltou à Florença. Ele era afiliado a uma das famílias perdedoras (os Guelfos - Guelfi), representada pela baixa nobreza e clero, que  rivalizavam com os Guibelinos - Ghibellini, da alta nobreza e poder imperial.

Em sua obra prima A Divina Comédia (neste caso, o termo “Comédia” significa: o que termina bem, em oposição à “Tragédia”), escrita entre 1307-1321, Dante (o personagem) é guiado ao inferno e purgatório, pelo poeta romano Virgílio e ao céu por Beatriz, musa em várias de suas obras. O adjetivo "Divina" foi acrescido pela primeira vez em uma edição de 1555. A Divina Comédia exerceu grande influência em poetas, músicos, pintores, cineastas e outros artistas nos últimos 700 anos ( http://www.stelle.com.br/).


Foto 3 - Ruas medievais e renascentistas, cheia de palácios, onde as famílias poderosas ostentavam poder e arte.
A arte de Florença não se encontra apenas em espaços fechados de museus e galerias, mas a céu aberto: nas praças, nas ruas e nas esquinas. Elas estão lá para você usufruir e, praticamente, você esbarra em arte, a cada esquina: Florença é um grande museu a céu aberto.
Foto 4 – O Deus Neturno da Fontana di Netuno (Ammannati), na Piazza della Signoria, um museu á Céu aberto em uma das mais célebres praças do mundo.


Florença é a capital da Toscana, uma região de grande beleza (a Toscana será objeto desse blog, em outro momento). Ela fica na região central da Itália e é a cidade mais populosa da Toscana com, aproximadamente, 370 mil habitantes e apenas 102 km². Tem uma posição estratégica em relação à região e pode ser um lugar de hospedagem para visitar outras charmosas cidades da Toscana. Florença fica situada às margens do Rio Arno.

Foto 5 - Florença fica situada, às margens do Rio Arno. A Ponte Vecchio, com o Corredor Vasariano, vista da Galeria Uffizi.


Além do turismo, Florença destaca-se por possuir indústrias como a têxtil, metalurgia, produtos farmacêuticos, vidro, cerâmica e química. São importantes os produtos avançados de moda, onde fábricas têxteis executam projetos de estilistas, inclusive de Milão. O trabalho em ouro tem sido aperfeiçoado ao longo dos séculos em oficinas perto da Ponte Vecchio.

Sobre o renascimento sugiro um vídeo muito interessante sobre o tema, em 6 partes (aqui vai o link da Parte 1). Você pode acessar as demais partes na mesma página:  




2  MEUS PREFERIDOS EM FLORENÇA
Foto 6 O magnífico e imponente Palazzo Vecchio na Piazza della Signoria, sede do governo local.


Praça: Piazza della Signoria
Escultura: Davi de Michelangelo

Jardim: Giardino di Boboli,  Palazzo Pitti
Museu: Galeria Uffizi

Pintura: Venus de Boticelli
Sobremesa: Sorvete (gelato em italiano), de todas as cores e sabores - deliciosos e irresistíveis. Você encontra gelaterias em quase todas as esquinas.

Bebida: Vinhos da região de Toscana - Chianti. Difícil não acertar!
Lugar para comer: Na Via Calzaiuoli, entre a Piazza Duomo e a Piazza della Signoria, há algumas boas opções para um almoço rápido e econômico, como o  Snack Self Service Marchetti com vitrines cheias de “pratos feitos”, mas gostosos. A salada de frutos do mar e os legumes recheados estavam deliciosos!

Foto 7 - Fontana de Netuno: deuses, heróis e turistas interagem na Piazza della Signoria.

O MEU ITINERÁRIO: Nós chegamos à Florença, através de Milão, do Aeroporto de Malpensa. Desse aeroporto, pegamos o ônibus Malpensa Shuttle que faz o percurso aeroporto até Milano Central (em cerca de uma hora), para embarcarmos no trem rápido. O serviço de trem na Itália é muito eficiente. Você pode saber informações e comprar na internet: http://www.trenitalia.com/trenitalia.html. Talvez pareça difícil usar este “site”, à primeira vista, mas existe opção em inglês. Existe cerca de 7 tipos de trem, com diferentes tarifas que dependem da velocidade (até 360 km/hora), número das paradas e do conforto. Claro que os regionais são mais baratos, mas o tempo da viagem é consideravelmente mais longo.  Por exemplo, no trem frecciarossa, que desenvolve uma velocidade de até 360 km/hora o custo da passagem de Milano a Firenze foi de 53 euros, vencendo uma distância de 267 km em apenas 1h45.


3  INFORMAÇÕES ÚTEIS E COMO SE ORIENTAR EM FLORENÇA

Florença fica a apenas 278 km de distância de Roma e pode ser alcançada por trem de alta velocidade, em uma viagem que dura cerca de 1 hora e 30 minutos. De Milão à Florença, a viagem é de apenas 1hora e 45 minutos, no trem rápido para percorrer uma distância de cerca de 267 km. Todos os trens chegam na Estação Santa Maria Novella, bem no centro da cidade.

Na região da Toscana, o maior aeroporto é o de Pisa - Galileo Galilei, distante cerca de 1h50, mas há facilidade de transporte entre a Estação Central de Florença e o Aeroporto. O aeroporto de Florença é o Amerigo Vespucci, mas não faz parte do roteiro da maioria dos vôos de longo distância.

O centro histórico de Florença é bem compacto, a maioria dos atrativos está a uma distância confortável do Duomo, e você não vai precisar de transporte para se deslocar. Da Estação Principal: Santa Maria Novella você anda cerca de 550 metros para chegar à Piazza Duomo, através da Via de Panzani e da Via de Cerretani. A Via Roma leva à Piazza della Republica. Se você seguir pela via Calzaiuoli você chega à Piazza Della Signoria.
Foto 8 Concerto gratuito na Piazza della Signoria, um palco permanente para exposições de arte e concerto de músicas, ao ar livre. Ao fundo, a escultura de Menelau segurando Patroclus e as estátuas representando as matronas romanas.


O Centro de Informações Turísticas (mais central) fica na Via Cavour 1r. Tem também o da Piazza della Stazzione.

Consulte o site: www.firenzeturismo.it. O site oficial do Governo é: http://www.comune.fi.it/home.htm.



É impossível conhecer Florença em menos de 4 dias, reserve ainda mais 4 dias (no mínimo) para conhecer a região da Toscana, além de outras cidades como Bologna e vilas do entorno, a exemplo de Fiesole.


MUSEUS

Recomendo adquirir o “Cartão de Florença”: Firenze Card. Os seus benefícios são grandes, pois além de permitir admissão à 50 museus (todos os mais importantes estão incluídos), vilas e jardins históricos situados tanto no centro histórico como nos arredores, ele também permite o transporte gratuito de ônibus. A maior vantagem: o cartão dá o privilégio de utilizar filas especiais, o que evita longas filas e longas horas para entrar nos museus. O custo de tudo isso: 50 euros. Você pode comprar na internet e coletar o cartão em algum centro de informações turísticas. O site: www.firenzecard.it


A desvantagem: o cartão só tem validade de uso para 72 horas contínuas. Assim, quando planejar sua viagem, concentre três dias seguidos para usufruir das iniqualáveis coleções da arte renascentista. O tempo começa a contar, a partir da primeira visita.

Foto 9 - Um dos Palácios Renascentistas de Florença na Via de Proconsolo, onde funciona o Museu di Antropologia e Etnografia


Dos mais de 70 museus da cidade de Florença, são imperdíveis (eu me arrisco a sugerir):

Para facilitar sua escolha e obter mais informações sobre os museus, recomendo o site oficial da Instituição dos Museus: http://www.firenzemusei.it/.


Como um dos maiores destinos turísticos internacionais do mundo, a estrutura turística em Florença é muito bem organizada. Há numerosas opções de passeios combinados e atividades para todos os interesses, compreendendo toda a Região da Toscana e regiões vizinhas que focalizam diversos temas como a arte, gastronomia, arquitetura, moda e outros. Recomendo iniciar sua estadia em Florença por uma visita ao Centro de Informações Turísticas para coletar alguns dos numerosos materiais de divulgação e saber das ofertas de muitas agências, para consolidar o seu roteiro e economizar. Os hotéis e pousadas também dispõem de farto material turístico.

Você pode optar por uma estadia mais longa em Florença, participar de cursos de férias de Italiano (mínimo de 15 dias), de arte, de arquitetura, de gastronomia, etc. Os organizadores oferecem facilidades para hospedagem e alimentação.

Devido à vocação artística, Florença tem a agenda cultural cheia durante todo o ano.



BICICLETAS EM FLORENÇA

Uma experiência inesquecível, segura e rápida de conhecer os atrativos de Florença, para os que conseguem facilmente se equilibrar em uma bicicleta, é pedalando. A topografia da cidade é plana, as ciclovias sinalizadas e há facilidade de encontrar lojas de aluguéis de bicicletas e de contratar roteiros ciclísticos bem interessantes.

Assista ao vídeo e considere-se um desses ciclistas privilegiados:  I bike Florence:


Há muitas ofertas de passeios, não só para Florença, mas para conhecer a área campestre da Toscana, que inclui a belíssima paisagem rural. Consulte os sites: Florence by Bike (www.florencebybike.it e I Bike Florence (www.ibikeflorence.com). Recomendo: The Original Florence History Bike Tour, que acontece 2 vezes ao dia (10 horas - 15 horas) e custa 29 euros.

Outras opções: I Bike Italy (www.ibikeitaly.com); I Bike Tuscany  (www.ibiketuscany.com) tem bicicletas elétricas e I Bike Italy (www.ibikeitaly.com).


4  CULINÁRIA NA TOSCANA

A culinária toscana, em geral, e a florentina, em particular, baseia-se na simplicidade dos ingredientes e na sofisticação do paladar. Comer em Florença é uma viagem gastronômica. Porém, como qualquer região lotada de turistas, a comida no centro histórico é mais cara e apresenta-se meio padronizada. Procure comer nos mercados públicos, onde você poderá encontrar restaurantes simples, baratos e com deliciosa comida.

O presunto, a mortadela e o salame toscanos são obrigatórios para degustar. Tudo temperado com muito azeite. Os pratos de carne de caça, como o javali, o cordeiro e o boi, também fazem parte da tradição gastronômica local. Destaco alguns pratos toscanos tradicionais: ribollita (sopa grossa de vegetais); canellini (feijão branco) e bistecca alla Fiorentina. Experimente o popular trippaio (vísceras de boi) que é uma iguaria muito apreciada pelos florentinos.



As gelaterias são maravilhosas e atraem você com suas vitrines que exibem os deliciosos e multicoloridos sorvetes italianos!

Prove os maravilhosos vinhos locais: destaco os “Chianti”, que você encontra em qualquer mercadinho por um preço bem reduzido.

5  COMPRAS
Foto 10 - Cidade do bom design e destaque na moda, as lojas de Florença oferecem artigos para todas as faixas de renda. Vitrine em uma das ruas de Florença, em um dos vários palácios.

Florença destaca-se como cidade da moda, com muitas opções de ateliers de moda e design. O Centro de Informações Turísticas divulga o guia de ateliers de moda (são mais de 100 empresas de moda): www.florenceartfashion.com . Os visitantes vão encontrar uma variedade incrível de artigos de couro de grande qualidade e design, incluindo sapatos, bolsas e outros acessórios; roupas de moda; jóias (na Ponte Vecchio e entorno); além de perfumes artesanais e artigos de higiene pessoal. Tem destaque ainda: peças decorativas de cerâmica artesanal e esculturas. Há opções de alguns “outlets” que oferecem produtos de “griffes” italianas famosas com descontos, situados em uma distância razoável de Florença, como o “The Mall” ( www.themall.it ).

Outro destaque são as lojas gourmets.

Os Mercados principais são:

Mercado Central – Mercato Centrale, edifício próximo à Piazza de San Lorenzo: artigos de couro, roupas, jóias, etc. No entorno desse  Mercado e da Igreja de San Lorenzo, acontece um dos maiores e melhores  “mercados” abertos da Itália – Mercato San Lorenzo – onde centenas de “bancas” vendem artigos diversos para os visitantes e turistas.

Mercado Novo - Mercato Nuovo, próximo à Piazza della Signoria, após o encontro da Via Calimala e Porta  Rossa. Apesar do nome “novo” (nuovo, em italiano), este mercado foi construído entre 1547-1551 por Del Tasso a pedido do Cosimo I. Você encontra artigos diversos, em couro e outras lembranças, de padrão popular, para turistas. O mercado é conhecido por “El Porcellino” (O Javali), estátua de bronze, que segundo uma lenda local se uma pessoa esfrega as mãos no focinho do animal retorna à Florença. Para mim essa lenda se cumpriu.
Foto 11 – O Mercado Novo – “ Mercato Nuovo” (1547-1551) transformou-se em um mercado de artigos populares, procurado por turistas. Conhecido pelo nome de “El Porcellino” (Javali) e segundo a lenda quem esfrega a mão no focinho do bicho retorna à Florença.

6. VISITANDO OS PRINCIPAIS ATRATIVOS
Para organizar o meu roteiro, identifiquei 4 Conjuntos Histórico-Culturais e seus principais atrativos, em função da proximidade física, a seguir apresentados.
Para ajudar um pouco na compreensão e significado dos principais atrativos de arte e arquitetura, recomendo o “Guia Artístico de Florença” (em três línguas), onde você pode consultar o índice por nome ou clicar no ícone do monumento:  http://www.mega.it/eng/egui/hogui.htm. Outro site interessante é: http://en.firenze-online.com/ (com opções para várias línguas).
Recomendo um site sobre Florença para você apreciar belas imagens, enquanto programa sua viagem para “ver ao vivo”: http://www.florence-guide.it/ . Explore os 14 passeios virtuais, entre os quais o de Santa Maria del Fiore: http://www.florence-guide.it/images/virtual-tour/santa-maria-del-fiore#
CONJUNTO HISTÓRICO – CULTURAL 1:  PIAZZA DUOMO/PIAZZA SAN GIOVANNI
Trata-se de um majestoso complexo eclesiástico da cidade e um dos mais marcantes monumentos artísticos de Florença.
Este conjunto é constituído por 3 monumentos principais: Catedralle di Santa Maria Del Fiore, Battistero e Campanille de Giotto. Você precisa adquirir os tickets e observar os horários para visitar a Cúpula, o Batistério e o Campanário. Esta orientação vale também para visitar o Museo dell’ Opera di Santa Maria Fiori, situado na rua atrás da Catedral.
Foto 12 - A Piazza Duomo, um dos maiores ícones de Florença, compreende três monumentos históricos: Catedralle di Santa Maria Del Fiore, Battistero e Campanille de Giotto.
Catedralle di Santa Maria Del Fiore
Esta catedral é considerada a 3ª maior catedral do mundo (155 metros de comprimento x 90 metros de largura) e levou quase 150 anos para ser concluída. A vistosa fachada, com revestimento em listas de mármores nas cores branca (Carrara), rosa/vermelho (Siena) e verde-garrafa (Prato), contrasta com o interior muito simples. Observe o grande relógio de Uccello, na entrada principal. No interior, os destaques são:  as ruínas da antiga Igreja de Santa Reparata e o enorme afresco “O Juízo Final”, de Vasari e Zuccari.
O projeto original da igreja é de 1296 (arquiteto Sienense Arnolfo di Cambio). A fachada atual de estilo neo-gótico do século 19 (arquiteto Emílio de Fabris) substituiu a original, demolida no século 16. A parte mais antiga está no Sul - Porta dei Canonici, do século 14 (entrada para a cúpula).
Foto 13 - Porta de Entrada Principal de Santa Maria dei Fiore, uma das mais belas catedrais da Itália.

A cúpula de Fillipo Brunelleschi (1420-1426) é uma obra artística e um triunfo da engenharia sobre a gravidade. São 463 degraus para atingir o topo onde você pode apreciar uma belíssima vista de 360 graus.
Foto 14 - Cúpula de Brunelleshi, uma grande obra artística e triunfo de engenharia.

Battistero
Desenhado por Giotto (1334) em estilo romanesco toscano, foi dedicado a San Giovanni Batiste (Padroeiro de Florença). Tem fachada em mármore de 2 cores (verde e branco). O Battistero tem formato de planta ortogonal, que simboliza o 8º dia da ressurreição de Cristo. O mosaico, em estilo bizantino, do teto é magnífico. Nos tempos antigos, o Batistério estava sempre situado no exterior das igrejas, pois os pagãos não podiam entrar na igreja sem antes serem batizados. O Batistério é um dos mais antigos prédios de Florença onde foi batizado Dante, o famoso autor da Divina Comédia.
Suas 3 portas de bronze, voltadas para os 3 pontos cardeais, são verdadeiras obras primas. Atenção, as originais estão no Museo dell’Opera Del Duomo, a apenas alguns passos. A Porta Sul do Batistério, mais antiga (A. Pisano – 1330-36), representa a vida de S. João Batista (28 painéis). A Porta Norte, obra prima de Lorenzo Ghiberti (1425) - representa cenas do Novo Testamento e da vida dos evangelistas e doutores da Igreja. A Porta Leste do Batistério, obra prima de L. Ghiberti, chamada de “O portão do Paraíso”, segundo Michelangelo, tem cenas do Antigo Testamento, expressando o poder narrativo da arte renascentista.
Foto 15 - Porta Leste do Batistério, obra prima de L. Ghiberti, chamada de “O portão do Paraíso”,segundo Michelangelo, tem cenas do Antigo Testamento, expressando o poder narrativo da arte renascentista.
Campanille de Giotto: É um exemplo magnífico da arte gótica florentina (1334-1337). Giotto  morreu depois que completou o primeiro estágio dessa obra. O trabalho foi continuado por vários arquitetos, Andrea Pisano e F. Talenti, que concluíram a obra segundo o projeto original. Se ainda tiver fólego, suba mais 414 degraus para  visitar o terraço e ver Florença a seus pés.
Foto 16 - O Campanário de Gioto, magnífica obra da arte gótica florentina (1334-1337).

Ao fundo do Duomo, está o Museo dell’Opera Del Duomo. Ele abriga os originais do battistero (portas de bronze), pia batismal (onde Dante foi batizado), o altar, os fragmentos da fachada original do Duomo (Arnolfo di Cambio), além de outras obras interessantes. Sugiro ver a Pietà de Michelângelo.
Mais informações no site oficial: www.operaduomo.firenze.it
CONJUNTO HISTÓRICO-CULTURAL 2: SAN LORENZO/SANTA MARIA NOVELLA
Nessa área, ao norte da Piazza Duomo, bem próxima da Estação Central, você não pode deixar de visitar:
BASILICA SAN LORENZO - Alguns dos mais celebrados artistas e arquitetos trabalharam entre o século 16 e 17 para criar essa esplêndida igreja, para servir de lugar de funeral para os membros da Família Médici. Hoje, mais de 50 membros da família estão aí sepultados. O revestimento em mármore da fachada nunca foi executado e a fachada exibe uma aparência rústica.
Na Velha Sacristia (Vecchia Sacrestia), a cúpula de Brunelleschi e os púlpitos de Donatello são extraordinários. Na Biblioteca dos Médicis - Biblioteca Medicea Laurenziana, Michelangelo fez o projeto da magnífica escada.
Foto 17 - Basílica San Lorenzo abriga o Mausoleu da Família Médici, mais de 50 membros dessa família estão aí sepultados. A fachada que deveria ter sido revestida em Mármore não foi concluída, o que resultou em sua aparência rústica.

CAPELLE MEDICEE: Esta capela (parte do Complexo de San Lorenzo e principal lugar de mausoleu da família Médici) é suntuosamente decorado com mármore e pedras semipreciosas. Fica adjacente à Basílica de San Lorenzo. Para a Cappella dei Principi onde ficam os túmulos do Clã, Michelangelo criou belas esculturas que retratam os Médici como príncipes da Renascença. Daí, você tem acesso à Sagrestia Nuova (Nova Sacristia), primeiro trabalho de Michelangelo  como arquiteto. Observe as belas esculturas do artista, que simbolizam a “Aurora”, o “Anoitecer”, o “Dia e a “Noite” que ornamentam os túmulos.
Foto 18 - A belíssima cúpula de Brunelleshi que coroa a Capela dos Médicis - com ricas esculturas de Michelângelo.
BASÍLICA DI SANTA MARIA NOVELLA
Fica bem próxima à Estação Ferroviária. Essa Basílica foi iniciada no final do século 13 (1246) para a ordem dos religiosos dominicanos. A fachada guarda uma transição entre o romanesco e o gótico (renascentista). A parte superior da fachada foi desenhada por Alberti (1470). No interior estão os belíssimos afrescos toscanos do século 14 (Ghirlandaio, Filippino Lippi e Nardo di Cione). Outros destaques são: os crucifixos de Giotto e Brunelleschi e a “Trinità” de Masaccio.  
Foto 19 - Belíssima fachada da Basílica de Santa Maria Novela, onde você pode notar a transição entre o romanesco e o gótico.
CONJUNTO HISTÓRICO-CULTURAL 3:  PIAZZA DELLA SIGNORIA E ENTORNO
PIAZZA DELLA SIGNORIA
Esta Piazza, ponto central da vida cívica, desde os tempos medievais, está rodeada pelos mais famosos edifícios de Florença (Palazzo Vecchio, Loggia della Signoria, Palazzo Uffizi). Hoje é cercada de belos e centenários cafés, onde você pode apreciar a beleza e grandeza desse lugar histórico privilegiado.
Foto 20 - Piazza della Signoria, o coração monumental da cidade, cercada de belos cafés, onde você pode apreciar a beleza e a grandeza desse lugar privilegiado.

No coração monumental da cidade, a mais famosa Praça de Toscana, é um museu a céu aberto com esculturas dos super-herois e divindades. Na Praça está a Estátua Equestre de Cosimo I de Giambologna (no centro) e a Fontana di Nettuno de Ammannati, cujo Netuno, foi considerado pela crítica como uma cópia malfeita do trabalho de Michelângelo.
Foto 21 - A estátua equestre de Cosimo I de Médici, de Giambologna, marca o centro da Piazza della Signoria, ponto central da vida política e social de Florença.

Foto 22 - A Fonte di Netuno, concebida por Ammannati, tem destaque na Piazza della Signoria. A obra (cheia de divindades marinhas, sátiros e coroada pelo Deus Netuno), bastante criticada, é considerada uma cópia malfeita do trabalho de Michelângelo.

Na entrada do Palácio está a cópia (réplica) mais fotografada do Davi de Michelangelo (1910), o original está na Galeria Dell’ Academia, e a escultura Hércules e Cacus de Baccio Bandinelli (1536). Outras esculturas de destaque é o Marzocco, leão símbolo de Florença, e Judite e Holofernes,  de Donatello (1405).
Foto 23 - A célebre escultura de Davi, de Michelângelo, na entrada do Palácio Velho, uma das cópias mais fotografadas do mundo (substituiu a original em 1910). O Davi autêntico está na Galeria dell’Academia.

Na Loggia dei Lanzi (1376-1382), projeto de Nenci di Cione e Simone Talenti, à direita do velho palácio, estão expostas algumas esculturas importantes: o Rapto das Sabinas, de Giambologna (583), uma pena que não podia ser vista, pois estava sendo restaurada; o Perseus, segurando as cabeças da Meduza, de Benvenuto Cellini; além das Quatro Virtudes na fachada, de Agnolo Gaddi.
Muitos concertos na Praça tem como palco a Loggia dei Lanzi.
Foto 24 - A Loggia dei Lanzi, à direita do Palácio Velho, abriga finas esculturas do renascimento. Em primeiro plano, o Hércules e Cacus de Baccio Bandinelli (1536) na Piazza della Signoria.
Foto 25 - A magnífica estátua de Perseus (1533) segurando as cabeças da Meduza, de Benvenuto Cellini na Piazza della Signoria
Foto 26 - Outra jóia da escultura renascentista, Hércules e o Centauro, de Giambologna, na Piazza della Signoria.
Foto 27 - O Rapto de Polyxena, escultura de Fedi (1886) na Piazza della Signoria.

PALLAZO VECHIO
O Velho Palácio foi o tradicional centro do poder e símbolo do governo florentino. Foi desenhado por Arnolfo di Cambio (1298-1314) para sediar o mais alto nível de governo da cidade - a Signoria. Ainda hoje, continua como a sede do governo local.
A Torre d’Arnolfo, de 94 metros, coroa o Palácio. Naquela época foi um desafio da engenharia e hoje marca o céu de Florença, como um símbolo de sua identidade e caráter.
Foto 28 - Entrada Principal do Palácio Vecchio, residência dos Médicis, guardada pelos heróis Davi e Hércules.

No interior do Palácio você pode visitar, além dos aposentos do Estado, os apartamentos privativos dos Priores e da esposa espanhola de Cosimo I – Eleanor de Toledo. Eles são belíssimos e luxuosos.
No primeiro andar: Salone dei Cinquecento (Conselho dos 500) com os afrescos de Vasari no teto, em celebração à vitória dos florentinos (com cenas de batalhas). Nesta mesma sala está a escultura inacabada de Michelangelo - Gênio da Vitória - para a tumba do Papa Júlio II, em Roma.
Foto 29 - Salone dei Cinquecento (Conselho dos 500) com os afrescos de Vasari no teto, em celebração à vitória dos florentinos, em diversas batalhas. 
Foto 30 - Detalhe dos afrescos de Vasari, no teto do Salone dei Cinquecento (Conselho dos 500), que retrata cenas de batalhas, no Palazzo Vecchio.
No segundo andar: Apartamento dos Elementos, Apartamento de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I  (com capela), Apartamentos dos Priores com a Capela, a Salão de Audiências e o Hall dos Lírios, além da Sala dos Mapas.
Foto 31 - Capela de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I, no Palazzo Vecchio.

Foto 32 - O luxuoso Salão das Audiências, no Palazzo Vecchio.
Foto 33 - O Hall dos Lírios, símbolo da República, no Palazzo Vecchio e, ao fundo, O Hall dos Mapas.


GALLERIA UFFIZI
O PALAZZO DEGLI UFFIZI fica às margens do Rio Arno, ao sudoeste da Piazza della Signoria. Foi projetado por Vasari (sec. 16) para abrigar os escritórios (uffizi em italiano) de Cosimo I de Médici. Este Palácio, hoje transformado em Galeria, foi reformado para abrigar a imensa e rica coleção privativa dos Médici.
Na Piazzale degli Ufizzi, formada pelo edifício em forma de “U”, foram acrescidas no século 19 vinte e oito estátuas em nichos externos do edifício, em homenagem aos grandes mestres da Toscana como Donatello, Maquiavel, Giotto, Leonardo da Vinci e outros. Interessante observar nesse espaço a simbiose entre as esculturas e as estátuas vivas que, modeladas nos personagens ilustres, encantam os visitantes.
Foto 34 - Piazzale degli Uffizzi, onde 28 estátuas foram postas nos nichos externos do edíficio da Galeria, homenageando os personagens ilustres da Renascença. Outro espetáculo para os visitantes é o trabalho das estátuas vivas que estão em simbiose com as esculturas.
Foto 35 - Detalhe de uma estátua viva na Piazzale degli Uffizzi.

A Galleria Uffizi reune uma das maiores e mais ricas coleções de arte renascentista do mundo. São três andares com cerca de 50 salas, geralmente nomeadas pelos artistas principais, que expõem perto de 1555 obras de arte. A maioria delas fica situada no segundo andar e segue uma ordem cronológica, que vai da antiguidade clássica até a Renascença. Não deixe de visitar as salas de Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Durer e Lippi.
Foto 36 - Corredores da Galeria Uffizi, que reunem uma das maiores coleções de arte renascentista do mundo.

Entre os meus principais destaques: Anunciação e Adoração dos Magos de Leonardo da Vinci; Nascimento de Venus e Primavera de Boticelli; A Sagrada Família de Michelangelo; os Nus de Rubens; diversas obras primas de Giotto e Caravaggio.
Para relaxar um pouco, visite o terraço belvedere, não deixe de tomar um café na Cafeteria Bartolini, enquanto aprecia a belíssima vista da Piazza Della Signoria.
Reserve bastante tempo para essa Galeria (no mínimo uma manhã ou tarde). Para mais informações consultar: http://www.firenzemusei.it/uffizi/. Não se esqueça das longas filas.
Visite a Galeria Uffizi no “Art Project” da Google em: http://www.googleartproject.com/museums/uffizi . Este Projeto oferece uma visita virtual em 17 grandes galerias e museus  do mundo e mostra mais de mil quadros, com impressionantes 7 bilhões de pixels, que permite observar em detalhe, até as pinceladas de suas obras primas favoritas.
Um vídeo bem interessante sobre Botticelli, um dos meus pintores favoritos em:

CONJUNTO HISTÓRICO 4 - SAN MARCO
Entre os principais atrativos desta área estão: a Galleria Dell’Academia e, na Piazza della SS Annunziata,  a Chiesa di San Marco e museu, Spedale degli Innocenti e Museu, além do Museo Nazionale Archeologico.
No Museu de San Marco, antigo mosteiro do século 13, você pode observar os magníficos afrescos do seu monge mais famoso  Fra Angelico, que decoram muitas das celas onde os religiosos viviam e moravam. Savonaroli, o religioso que comandou a revolta a favor da moralidade em Florença e que foi queimado na Piazza Signoria, foi o superior desse Mosteiro. Observe no refeitório a “Última Ceia”, de Ghirlandaio (mestre que iniciou Michelangelo na arte do “afresco”).
Foto 37 - A Igreja e Museu de San Marco, que mostra as obras espirituais de Fra Angelico, o mais famoso monge desse mosteiro.

GALLERIA DELL’ACADEMIA (Piazza della SS Anunziata, San Marco) - Situada na Via Ricasoli, próxima à Piazza San Marco. Foi erguida no lugar entre o antigo monastério de São Mateus e o Convento de São Nicolau. A galeria é famosa por hospedar o famoso “Davi de Michelangelo” (1501-1507), atraindo multidões. O Davi “original” fica na tribuna, espaço que foi especialmente desenhado por Emilio De Fabris (1873 - 1882). Outros trabalhos de arte podem ser apreciados.
Foto 38 - Este é o original! O aclamado Davi, obra prima de Michelangelo, posa em uma Tribuna, espaço construído especialmente para abrigar essa escultura de mais de 5 metros.

Como mais uma entre a legião de admiradores, eu mesma me postei em frente ao Davi, de mais de 5 metros de altura. Como da primeira vez a emoção foi a mesma, deslumbramento diante desse ícone monumental de beleza que exibe o corpo de um macho jovem, retratado nu, em sua perfeição, por Michelangelo. Em um único enorme bloco de mármore que já fora descartado por outros escultores o célebre escultor retrata a serena visão de um herói, seguro de si mesmo, pronto para conquistar o mundo. De corpo ágil e alerta, os músculos e veias de Davi são visíveis ao longo do corpo, expressando força, determinação e nobreza do homem.
Foto 39 - Ícone monumental que expressa a beleza do corpo de um jovem macho, retratado nu, em sua perfeição, por Michelangelo.
Sugiro um vídeo interessante em 3D sobre o Davi de Michelangelo: http://www.youtube.com/watch?v=e-l2BMStRcg&feature=related
Esta obra permaneceu até 1873, em frente ao Palácio Vechio, na Piazza della Signoria, quando foi substituída por uma réplica.


CONJUNTO HISTÓRICO CULTURAL 5 - DO OUTRO LADO DO RIO ARNO



PONTE VECCHIO  (PONTE VELHA)


Originalmente era de madeira, foi provavelmente construída durante os tempos da Roma Antiga. Foi destruída pelas cheias e reconstruída em 1345, com o aspecto atual. Foi a única ponte, ao longo do rio Arno, salva da destruição pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944.

Foto 40 - A Ponte Vecchio (1345) foi a única ponte salva da destruição pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944.

Os Médici utilizavam essa Ponte para ir do Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti. Em 1565, foi construída, a pedido de Cosimo I, uma ligação exclusiva, passagem coberta e elevada que ligava os dois palácios - Corridor Vasariano - que ainda pode ser vista, do lado externo da Ponte. Confesso que ainda não sei como visitar esse corredor, por um tempo enorme ele esteve fechado para restauração.

No início, os açougueiros ocupavam esta ponte, mas foram proibidos pelos Médici, devido ao mau-cheiro e questões de higiene. Hoje, a Ponte Vecchio resplandece com o brilho dourado do ouro e prata. Toda a extensão da ponte é ocupada por lojas de jóias, que se tornou um pólo de jóias.

Foto 41 - Hoje, a Ponte Vecchio resplandece com o brilho dourado do ouro e prata. Toda a extensão da ponte é ocupada por lojas de jóias.

A paisagem da ponte é belíssima durante o por-do-sol.



PALLAZO PITTI

Esse palácio grandioso, do século 15, desenhado por Brunelleschi (1458), foi inspirado na arquitetura romana, com paredes grossas, janelas pequenas e elevadas. De estilo palaciano renascentista é robusto, agressivo, severo e simples. Foi ampliado, mas manteve a mesma fachada.

Foto 42 - O grandioso Palazzo Pitti foi desenhado por Brunelleschi (1458), inspirado na arquitetura romana, com paredes grossas, janelas pequenas e elevadas. Durante o período de 1549-1919 foi residência oficial dos Médicis.

Foi construído para a família Pitti (banqueiro florentino e rival dos Médici) que tentou suplantar o poder dos Médici, mas veio à falência. Depois, foi adquirido por Cosimo I (Médici) e transformado em residência oficial da família entre 1549-1919. Mais tarde, foi residência oficial dos reis da Itália, entre 1865-1871, quando Florença era a capital da Itália. Também foi base militar de Napoleão.


Foto 43 - Escultura em frente ao Palazzo Pitti, residência oficial dos governantes de Florença.


O Pallazo Pitti abriga hoje 4 museus: Galeria Palatina (primeiro andar) e mais 3 museus: Museo degli Argenti (térreo), Galleria d’Arte Moderna & Del Costume (segundo andar). O Museo della Porcellane fica situado nos Jardins do Palácio. Não deixe de visitar os luxuosos Appartamenti Reali (apartamentos reais), onde moraram as famílias dos Médici, de Lorena e a dos membros da Casa de Savoia (Rei Vitório Emanuel II), em 1880-91.


GALLERIA PALATINA - Abriga a riquíssima coleção dos Médici. Atualmente, é o maior complexo museológico de Florença (32 mil metros quadrados). Abriga mais de 500 obras importantes dos pintores da renascença. As salas têm como temas a astrologia, baseada nas influências planetárias - adotadas mais tarde no Palácio de Versailles, na França.

Foto 44 - Muito luxo e arte nos salões do Palácio Pitti.

No interior do palácio são destaques: Rafael (Sala de Saturno: Madona da Janela) e Caravaggio (Cupido Adormecido).

A Galleria Palatina e os Apartamentos Reais são imperdíveis.




GIARDINO DI BOBOLI



Esse imenso e majestoso jardim do Palácio Pitti foi projetado pelo arquiteto Niccolò Pericoli, na metade do século 16. Trata-se de um dos primeiros exemplos de jardim italiano (jardim formal toscano) que serviu de inspiração para outros jardins de quase todas as cortes européias. Como características possuem grutas artificiais, loggias, anfiteatros, escadarias monumentais de pedra em estilo barroco e muitas esculturas, no caso do Giardino di Boboli são mais de 170.



Foto 45 - O jardim de Boboli foi um dos primeiros exemplos de jardim italiano e serviu de inspiração para outros jardins das cortes européias. Vista a partir do pátio interior do Palazzo Pitti.


Foto 46 - O jardim de Boboli: grutas artificiais, loggias, anfiteatros e escadarias monumentais de pedra em estilo barroco e muitas esculturas de mármore.

Do plano mais alto, no Jardim das Roseiras, a visão do Palácio e da Cidade é magnífica.

A seguir, convido você para um passeio no Giardino di Boboli, magnífico jardim toscano.

Foto 47 - Jardim de Boboli - Perspectiva 1
Foto 48 - Jardim de Boboli - Perspectiva 2


Foto 49 - Jardim de Boboli - Perspectiva 3
Foto 50 - Jardim de Boboli - Perspectiva 4
Foto 51 - Jardim de Boboli - Perspectiva 5

Foto 52 - Jardim de Boboli - Perspectiva 6

São destaques: Alameda dos Ciprestes que conduz à Fontana dell’Oceano (Fonte do Oceano), Grotta de Buontalenti (Venus de Giambologna);  Giardino Del Cavaliere; o Anfiteatro com a vaca, o Obelisco Egípcio, o Viveiro de Neptuno, com a estátua em bronze do Deus do Mar e a Fontana de Bacco, com a estátua do anão Pietro Barbino montado numa tartaruga (Valerio Cioli, 1560).


53 - A famosa estátua do anão Pietro Barbino montado numa tartaruga no Jardim de Boboli (Valerio Cioli, 1560).

Para mais informações visite o site oficial: http://www.firenzemusei.it/boboli/ e veja a imagem aérea: http://www.cityzeum.com/plan/giardino-di-boboli.



GIARDINO DI BARDINO (1836-1922). Outro jardim formal toscano, construído para o colecionador de arte Bardini. Pode ser acessado através do Jardim Boboli ou pela parte baixa do rio Arno. Uma boa opção é tomar um café no Belvedere Café.

Para mais informação sobre os jardins da Toscana consultar: http://www.gardens-of-tuscany.net/

OUTROS MONUMENTOS DE IMPORTÂNCIA

PIAZZA DELLA REPUBLICA

Originalmente era o coração da cidade medieval, o lugar do Forum Romano. Entretanto, no final dos anos 1880, como parte de um plano de intervenção urbanística (muito polêmico), quase todo o conjunto antigo foi alterado.  Hoje, a praça é um ponto de encontro bem animado cheio de cafés e restaurantes. Visitei o agradável Caffé Concerto, com música ao vivo: Paszkowski (difícil de pronunciar!)

Foto 54 - A Piazza della Republica, ponto de encontro bem animado cheio de cafés e restaurantes.
Foto 55 - Piazza della Republica, o antigo centro romano de Florença, que foi objeto de um Plano Urbanístico, em 1880.

PALLAZZO STROZZI

Foi construído, no século 15, pelo rival dos Médici, Filippo S., cuja família foi banida entre 1434-66. Este palácio que expressa a arquitetura renascentista parece metade palácio e fortaleza. Hoje, o espaço sedia exposições contemporâneas de sucesso (blockbusters).


BASÍLICA DI SANTA CROCE

A Igreja tem esse nome devido ao pedaço de madeira da Santa Cruz, doado pelo Rei Luiz da França em 1258. Ela foi projetada por Arnolfo di Cambio, entre 1295-1385. Possui uma fachada neo-gótica, revestida em mármore colorido, como no campanário do Duomo que foi adicionada bem mais tarde, no século 19. O interior da Igreja é austero e contrasta com o colorido de sua fachada.

Foto 56 - A Piazza di Santa Croce, onde reúnem-se artistas e ocorrem eventos. Ao fundo, a Basilica de Santa Croce, com obras primas de Giotto.
O ponto de destaque nessa Basílica são os afrescos de Giotto (Peruzzi e Bardi) e de seus discípulos nas capelas próximas ao altar. Outras obras significativas são: o celébre crucifixo de Donatello, a Capella di Pazzi (Brunelleschi) e três esculturas de Michelangelo.

Entretanto, o que atrai uma multidão de visitantes é o fato de Santa Croce abrigar os túmulos dos ilustres mestres florentinos como os de Michelangelo, Galileo, Ghiberti e Machiavel. Também há um memorial em homenagem a Dante, que morreu no exílio e está sepultado em Ravenna. Apesar de muitas negociações, não foi possível transladar os restos mortais de Dante para Florença.  Em frente ao túmulo do poeta está escrito: “Honra ao poeta mais exaltado” (L’ombra sua torna, ch’era dispartita) e “seu espírito, que tinha nos deixado, volta” (L’ombra sua torna, ch’era dispartita), um lamento pelo túmulo vazio.


Foto 57 - Monumento funerário em homenagem ao célebre Dante de Alighieri - Autor da Divina Comédia, cuja escultura está em frente à Basílica di Santa Croce.

Foto 58 - Túmulo de Michelangelo na Basílica de Santa Croce.

Foto 59 - Túmulo de Galileu Galilei na Basílica de Santa Croce.


PIAZZALE  MICHELANGELO

Não posso deixar de recomendar essa Piazzale, situada no alto de uma colina, como um lugar fantástico para apreciar o espetacular panorama de Florença e tirar fotos de uma paisagem que inspirou muitos artistas célebres.  Assistir ao pôr-do-sol nessa praça é um dos atrativos turísticos mais populares. Dessa vez, não tive tempo de visitar.

AS CASAS DOS FAMOSOS

Quer conhecer algumas casas de grandes renascentistas? 

Visite a Casa de Buonarroti (Michelângelo), onde você pode admirar desenhos, pinturas e esculturas e a coleção de obras de sua família (Via Ghibellina, 70).

Outra residência de um célebre artista é a do escritor Dante Alighieri, próxima à Via Alighieri.
Foto 60 - Casa e Museu de Dante em Florença.

CONCLUSÃO

Para os amantes das belas artes e da arquitetura, visitar Florença deveria ser obrigatório!

Florença é uma fonte de inspiração e de prazer para todas as pessoas, pois ela oferece uma riqueza excepcional, jamais criada em nenhum outro momento da história da humanidade.

Se tivesse que criar uma seleção dos meus favoritos na lista dos “1000 lugares para conhecer antes de morrer” (Shultz, 2006) eu colocaria Florença entre os 10 primeiros. Que tal incluí-la no roteiro da sua próxima viagem? Você vai amá-la profundamente e, com certeza, será transformado por essa experiência inesquecível.

Nesse início de 2012, desejo a todos, que seguem esse Blog, viagens e experiências inesquecíveis. Pois, “viajar torna a nossa mente mais curiosa, o nosso coração mais forte e o nosso espírito mais alegre.” (Shultz).

Reforçando, cito uma frase, do mesmo livro, atribuída a um anônimo: “A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego.”

Finalizando, nesse próximo tempo... “lance fora as amarras. Navegue pra longe do porto seguro. Deixe que o vento sopre suas velas. Explore. Sonhe. Descubra” (Mark Twain).

Até a próxima viagem,

Santamaria

  • Galleria Uffizi, uma das mais renomadas galerias de arte do mundo;
  • Galleria Palatina, com suas pinturas da idade do ouro, no Palácio Pitti;
  • Galleria Della Academia, com o famoso Davi de Michelangelo;
  • Museu Nazionale di Bargello, com importantes esculturas renascentistas;
  • Museo di San Marco, com os trabalhos do Beato Angelico;
  • O Museo Nazionale Archeologico, com coleções etruscas e egípcias;
  • Os museus do Palazzo Vecchio e do Duomo.