domingo, 29 de julho de 2012

CANADA 1 – MONTRÉAL 1

Inicio aqui a série de postagens da minha viagem de 2012 com: CANADÁ 1 – MONTRÉAL 1.

Finalmente visitei a América do Norte! Fui, adorei e recomendo fortemente conhecer esta parte do continente americano.

Visitar a América do Norte requer a decisão de definir seu raio de ação, isto é, selecionar um conjunto de lugares no mapa que tenham proximidade e ligações diretas para evitar deslocamentos longos e cansativos e otimizar o seu tempo de visita.

Assim, a minha decisão foi visitar a Província de Québec no Canadá: cidades de Montréal e Québec (capital da Província) e a Costa Nordeste dos Estados Unidos da América: cidades de Nova York e Washington.

Foto 1 – Cidade de Montréal: cosmopolita, moderna e multicultural e com arquitetura inovadora.

Foto 2 – Cidade de Québec: encantadora, histórica e com um ambiente ímpar de cidade fortificada.


Por que Montréal e Québec? Essa região de cultura francesa, sempre me fascinou pela sua perseverança e coragem em adotar uma cultura e uma identidade própria, neste caso marcadas por suas origens francesas, apesar de cercadas por um oceano de influências inglesas. Também a multiculturalidade, a inovação e a prática dos ideais democráticos me atraíram.

Foto 3 – Um museu dedicado à América Francesa na cidade de Québec - Musée d’Amérique Française


Por que Nova York? Pelo mesmo motivo de milhões de pessoas que se dirigem a esta imensa cidade: usufruir de algumas de suas milhares opções de entretenimento, arte e cultura. Do ponto de vista urbanístico, a curiosidade de vivenciar o cenário e a funcionalidade desta megalópole do novo Continente que tem inspirado e encantado todo o mundo.  Washington? Conhecer a capital e a sede do país mais poderoso do mundo, além de visitar minha irmã Nádia.
Agora, vou apresentar a minha visão do Canadá e da Região de Québec para logo em seguida apresentar a primeira cidade visitada – Montréal.
CANADÁ
Canadá, com 9.984.670 Km2, é o segundo país do mundo em área territórial (Brasil: 8.514.877 Km2). O país que tem a maior linha de costa do mundo (202 mil km) é banhado por três oceanos, a oeste, pelo Pacífico, a leste o Atlântico e ao norte o Oceano Ártico. A sua paisagem é repleta de muitos lagos (maior país em número de lagos do mundo), cordilheiras, rios, geleiras, tundras e florestas boreais. Há uma grande variedade de habitats que abrigam espécies de regiões de clima ártico como os gigantescos “amigos” ursos (polar bear, grizzly bear), os veados (caribou, elk, deers), o Alce (da família dos veados), lobos e baleias (mais de 22 espécies só na costa do Atlântico).
Foto 4 - Como não visitei nenhum parque natural só encontrei este urso em uma galeria. O comércio de peles foi a principal razão da fundação de Québec e garantiu a sobrevivência dos primeiros tempos da colônia.

O fato de possuir 35% do país coberto pela floresta boreal, uma exuberante paisagem aliada à abundância dos recursos naturais e uma localização geográfica, inserida em grande parte no círculo polar, faz do Canadá o paraíso dos esportes de inverno e de aventuras (skyiing&snowboarding, hiking, kayaking&rafting, canoeing, mountain biking & cycling, climbing, fishing, surfing, windsurfing&kiteboarding). Portanto, se você é adepto desses esportes, comece a se programar para visitar este país.
Os Parques – nacionais e provinciais – tem como objetivo preservar a rica biodiversidade e as área naturais de grande relevância, além de oferecer prática de esportes revigorantes com uma boa estrutura de camping e de recepção. Só na Província de Quebec, são 3 parques nacionais e 28 sítios históricos administrados pelo governo federal e 22 parques provinciais e 16 reservas da vida selvagem geridos pelas províncias
Para conhecer mais sobre os parques nacionais e programar sua visita visite: http://www.pc.gc.ca/eng/index.aspx/ e sobre os parques provinciais acesse: www.sepaq.com.
Apesar da grandeza do seu território, o Canadá de hoje é um país de baixíssima densidade: 3,41 habitantes/km2 (Brasil: 22,5 habitantes/km2). A sua população é de cerca de 34 milhões de habitantes (Brasil: 190.732.694 habitantes) . A grande maioria da população ocupa uma faixa de aproximadamente 150 kilômetros, na fronteira sul e leste dos Estados Unidos da América (maior fronteira terrestre do mundo), onde se situam as maiores cidades: Otawa (capital do país), Toronto (a mais populosa), Montreal e Québec. O gelado Noroeste, onde mora o povo inuit, é praticamente despovoado.
Foto 5 – Loja de artesanato indígena na cidade de Québec, com produtos dos descendentes das 11 Nações que povoavam o Québec antes da chegada dos europeus.
O Canadá é um país muito jovem, de pouco mais de 400 anos de colonização européia, mas é um dos países mais desenvolvidos do mundo. Possui uma economia diversificada baseada nos recursos naturais abundantes, no comércio e em indústria de alta tecnologia. Hoje, é considerado um dos países de melhor qualidade de vida no mundo. A renda média familiar do canadense alcança cerca de 64 mil dólares canadenses (em tempo, o dólar canadense tem se equiparado em valor ao dólar americano).
Foto 6 – Arte em Ação – 10 Anos de Urgência: Uma exposição itinerante promovida pelo Conselho das Artes para conscientizar a população sobre a precariedade social.
Este país é uma federação de 11 províncias (divisão equivalente aos estados): Alberta, Colúmbia Britânica, Ilha do Príncipe Eduardo, Manitoba, Novo Brunswick, Nova Escócia, Ontário, Québec, Saskatchewan, Terra Nova e Labrador e três territórios: Noroeste, Yukon e Nunavut.
Terra de muitos ameríndios, os povos descendentes dos primeiros residentes – que atravessaram o estreito que separava a Sibéria do Canadá há milhares de anos – são reconhecidos como as Primeiras Nações.  As relações do governo do Canadá com os povos nativos, apesar de tensas e conflitantes, como na maioria dos países colonizados, não foram das piores. Apesar da “Lei de Reconciliação” (Statement of Reconciliation) editada pelo governo, em 1998, assumindo a responsabilidade pelas injustiças feitas aos povos aborígenes, esta população ainda sofre vários problemas.
Entre as chamadas “primeiras nações”, que representam 4% da população do Canadá, estão os povos da nação Inuit, nativos da região ártica.  O mundo ocidental apelidou este povo de “esquimós”, que moram em iglus (casas de gelo) e comem carne crua, porém esse termo é considerado pejorativo no Canadá.
A arte dos povos indígenas tem sido reconhecida,  particularmente a dos inuits que se destacam pelos trabalhos de escultura em “pedra-sabão” representando animais e objetos da cultura indígena. Quer saber sobre a rica arte dos primeiros canadenses? Veja: http://www.imagesboreales.com/ e http://www.galerielechariot.com/.
A crescente popularidade do turismo praticado pelos aborígenes tem demonstrado a determinação desse povo em manter suas raízes culturais. Cerca de 40% das primeiras nações moram em reservas. Esta tendência de valorização da arte nativa pode ser exemplificada pela Exposição 11 Nations, em Montréal: http://www.11nations.com/EXPOSITION.html.
Foto 7 – A arte dos Povos Nativos é cada mais valorizada e apreciada no Canadá e está exposta em grandes galerias e museus.
País de duas línguas oficiais, o francês e o inglês, o Canadá hoje se orgulha de ser um país multicultural/intercultural e de acolher bem todas as culturas. O Canadá destaca-se também como o país dos imigrantes. Sua política de estímulo à imigração tem atraído povos de todo o mundo, incluindo muitos brasileiros. Em 2010, a população do Canadá estava assim representada por origem: 28% britânica, 23% francesa, 15% européia e 34% de outros continentes. Esta abertura cultural tem resultado em atitudes progressivas e pioneiras em relação às questões polêmicas do mundo atual: imigração, casamento homossexual, uso de “maconha” e outras.
Em 1867 através de Decreto (Constitution Act), o governo britânico reconheceu a independência do Canadá (Dominion of Canada) e, mais de um século depois, garantiu a plena soberania do país pelo Canadá Act, de 1982. A data oficial do Canadá é o dia Primeiro de Julho (Data de Assinatura da Lei de 1867).
Hoje o Canadá é uma democracia parlamentar e uma monarquia constitucional federal onde Rainha Britânica – Elisabeth II - é chefe de estado, apesar de ter um papel predominantemente cerimonial e não afetar a soberania do país.
Quer conhecer mais sobre a fascinante e dinâmica história deste jovem país, através dos olhos dos seus principais personagens: ameríndios, franceses, ingleses...? Conheça a famosa série da rede CBC: Canada: A People's History, alguns dos seus principais episódios (são 17) ou resumos em: http://www.cbc.ca/history/.
A bandeira do Canadá tem como símbolo a folha da árvore chamada “bordo” (Maple, em Inglês e Érable, em Francês). O nome científico da espécie é Acer saccharum. Desta árvore se extrai a seiva da qual se produz o apreciado xarope/açúcar, produzido e comercializado em todo o país, especialmente na Província de Québec.
Foto 8 – Delícias da Província do Québec: Xarope e produtos da Árvore Nacional – Bordo, Maple, em Inglês e Érable, em Francês.
O animal símbolo do Canadá é o castor (beaver), animal que tem a fama de ser muito trabalhador por construir diques e casas. Na verdade, o castor, nos primeiros tempos, foi objeto de caça e de riqueza para os exploradores que exportavam sua pele para alimentar a moda européia de chapéus e outros adereços. Outro animal popular é o famoso Alce – Moose  (muito elegante)  - retratado na maioria dos souvenirs.
QUANDO IR?
Melhor visitar o País durante a oficial estação de turismo: que vai de Maio a Setembro. Evite o inverno pois faz muito, muito frio..., a não ser que você pretenda apreciar os ursos polares, em seu cenário mais congelado. Na região de Québec, o inverno é rigoroso e com muita neve, as temperaturas podem variar entre os extremos 40 graus positivos e 40 graus negativos. Mas, no verão, as temperaturas são agradáveis. Visitei Québec no fim de maio/início de junho e ainda chovia bastante e as temperaturas estavam em torno de 15 graus.
GASTRONOMIA
O menu nacional é tão diverso quanto os locais, refletindo uma grande variedade de pratos de origens diversas enriquecidos por séculos de imigração, asiática e européia. A imigração mais recente adicionou influências da Ásia em uma cozinha de base francesa, britânica, grega e italiana.  As grandes cidades do Canadá desenvolveram uma cozinha internacional renomada. Os chefes de cozinha locais, tratados como estrelas, usam muita criatividade para inventar novos sabores. Eles disputam os melhores postos de chefs no Canadá – utilizando uma gastronomia que combina elementos de diferentes tradições culinárias (fusion food).  Esta cozinha inovativa utiliza os apreciados ingredientes locais nos pratos de origem diversas. Comer fora é uma tradição e hábito local. Apenas Toronto tem cerca de 7 mil restaurantes a sua escolha.
Foto 09 –Cozinha para todos os paladares e momentos. Francesa ou Indiana? Coreana ou Polonesa?...Restaurante no Bairro do Plateau – Mont-Royal.
O Poutine (prato de batatas fritas cobertas por um molho de carne e queijo), bastante popular na província de Québec, ganhou fama mundial. Considero uma versão calórica dos “chips”. Mais sobre o Poutine: http://oitoronto.com.br/12618/poutine-a-orgia-dos-carboidratos/
Na Região de Québec, especialmente na Cidade de Québec, a culinária de influência francesa destaca-se para o orgulho de seus cidadãos. Lojas gourmets de tradição francesa como Bistrôs, Brasseries, Boulangeries, Epiceries, Charcuteries são bastante apreciadas.
Também há uma grande variedade de pequenas e rústicas vinícolas e microcervejarias locais em Québec.
Foto 10 - 3 Brasseries – Experimente a cerveja artesanal desta rede de estabelecimentos espalhados pelo Canadá.

INFORMAÇÕES GERAIS DO CANADÁ
Devido a sua grande extensão territorial, o Canadá possui seis fusos horários, de leste a oeste, com uma diferença de quatro horas e meia de uma costa à outra. Atencão para os horários.
Recomendo alguns sítios muito úteis para informacões e planejamento:
Sítio do país - canada.gc.ca
Sítio de turismo do país - www.canada.travel

REGIÃO DE QUÉBEC
A Província de Québec é a maior província do país (1,5 milhão de quilômetros quadrados) e a mais populosa, com quase 25% da população de todo o país. Localizada na parte leste do País, esta província se estende até o círculo polar com paisagens deslumbrantes e muitos recursos naturais. É a região de maior influência francesa, onde cerca de 80% de sua população é francófona, ou seja, de origem francesa. Suas principais cidades são Montréal (segunda maior cidade do país, com 3.824.221 habitantes em 2011), segunda cidade de língua francesa depois de Paris, e Québec, capital da Província, situada mais ao norte (sétima do país com 765.706 habitantes em 2011). O Rio Saint-Laurent representa mais um forte vínculo entre as duas cidades que estão cerca de 230 km de distância.
Foto 11 – O rio Saint-Laurent na cidade de Québec, parte de uma paisagem que apresenta uma arquitetura homogênea marcada pela influência francesa, na cidade baixa.

Foto 12 – O rio Saint-Laurent na cidade de Montréal, parte de uma paisagem de contrastes marcada pelos diferentes momentos de construção da cidade.
Esta Província transpira e exibe com orgulho as raízes francesas na sua arte, arquitetura, gastronomia, língua, tradições, enfim na sua alegria de viver: joie de vivre.
O francês Jacques Cartier, em 1534, descobriu as terras que denominou de Kébec (passagem estreita). Em 1608, Samuel de Champlain funda a cidade de Québec, como o primeiro assentamento francês permanente na “Nova França”. Em 1610 é a vez dos ingleses de fundar a primeira colônia britânica no Canadá – em Newfoundland (segunda no Novo Mundo, depois de James Town). Em 1642, Maisonneuve (navegador francês) funda o primeiro assentamento Ville-Marie que originou Montréal.
As primeiras atividades econômicas na região foi o comércio de peles (fur trade). Depois, a região ficou conhecida como Nova França.  Em 1759, houve a mais célebre batalha entre os Franceses e Ingleses no local ”The Plains of Abraham”, na cidade de Québec. Ela durou menos que uma hora e a França perdeu. Em 1763, no Tratado de Paris, a França cede as províncias francesas no Canadá para a Grã-Bretanha. O resultado disso foi uma imigração em massa de ingleses, irlandeses e escoceses. Este fato pareceu cessar o “ping pong”– alternância entre o domínio inglês e francês e as batalhas entre anglófonos e francófonos. Entretanto, os habitantes de origem francesa, jamais aceitaram o domínio inglês e lutaram tenazmente para preservar a cultura francesa, língua e identidade.
Foto 13 –Do alto do Mont-Royal: Aqui Jacques Cartier subiu o Monte e marcou a posse de uma região que contém uma mais desenvolvidas cidades da América. Uma vista de tirar o fôlego!
Muitas turbulências e lutas se seguiram. O presidente da França, general Charles de Gaulle, em visita à Montréal (1967) ao pronunciar Vive le Québec Libre! reforçou a identidade e a vontade do povo em afirmar a história e a herança francesa na região. Esta história de luta é expressa na famosa frase em francês "Je Me Souviens" (em tradução literal: “Eu me lembro/eu me recordo”, em inglês: I remember), que virou o lema oficial dos québecois e está presente em muitos locais e nas placas dos carros registrados no Québec. A controvérsia foi enorme. Esta expressão foi gravada por Eugène-Étienne Taché, em 1883, em um edifício do Parlamento, embaixo do símbolo oficial do Canadá. Pode ser interpretada como uma vontade deste povo de lembrar toda luta e guerra pela liberdade. Também é o lema do Royal 22º Régiment das Forças Canadenses.
Foto 14 – A expressão francesa Eu me lembro – Je me souviens, foi adotada como lema do Québec. Está nas placas dos carros e no símbolo do Royal 22º Régiment das Forças Canadenses. Cidade Fortaleza – La Citadelle - na cidade de Québec.
O sentimento separatista continuou até recentemente,  quando no último plebiscito, realizado em 1995, um pouco mais de 50% da população de Quebec decidiu permanecer como parte do país chamado Canadá.

CIDADE DE MONTRÉAL
Montréal é a maior cidade da região de Québec e também a segunda mais populosa do país, depois de Toronto. O rio Saint-Laurent banha a cidade de Montréal e também a de Québec. Montréal, apesar de não se perceber ao olhar, é uma ilha formada pelos rios Saint-Laurent e Otawa. Uma ilha, cujo cenário harmoniza a ambiência européia com a modernidade da América do Norte. A multicularidade de Montréal está concretizada nos seus bairros e na sua arquitetura, seja no quartier latin, italiano, chinês, português, grego, asiático... O "Mont Royal" impõe-se na paisagem e empresta o seu nome a cidade “Mont-Royal”.
Foto 15 – Uma metrópole e moderna, mas com uma riqueza cultural que valoriza a memória de suas raízes.
A vida noturna efervecente, a renomada gastronomia e uma infinidade de espetáculos podem fazer você ficar tão entusiasmado a ponto de prolongar sua estadia. Na temporada de verão, a cidade brilha ainda mais com muitos espetáculos e eventos, concertos ao ar livre e “performance” nas ruas para todos os gostos, idades e “bolsos”. Destaco entre os mais famosos e tradicionais eventos realizados entre junho e julho: Festival International de Jazz/Montréal Jazz Fest, jazz e soul, (www.montrealjazzfest.com), Just for Laughs Festival/Just pour Rire, comédia, (http://www.hahaha.com/en/montreal/overview0; International Des Feux Loto Québec, competição de fogos de artifício (http://www.internationaldesfeuxloto-quebec.com/fr/), Les FrancoFolies, a grandiosa e mais expressiva amostra da cultura québecois: música,  teatro e eventos de língua francesa (http://www.francofolies.com/default-fr.aspx), que reúnem os maiores astros da “Francofonia” no mundo. Em junho acontece também a Fórmula 1 ou Gran Prix do Canadá no Circuite Gilles Villeneuve, em honra ao piloto canadense Villeneuve.
Foto 16 – O Bairro das Artes – Quartier des Arts– complexo de instalações que sedia os grandes espetáculos na cidade.
Honrando a tradição dos grandes espetáculos, Montréal é também famosa por ser a sede do Cirque du Soleil (www.cirquedusoleil.com). Este grupo talentoso começou com artistas de rua em Baie-St-Paul, uma pequena cidade, à beira do rio, ao norte da cidade de Québec. Nas últimas décadas, esta companhia de sucesso tem redefinido mundialmente o conceito de Circo. Hoje, são cerca de mil artistas (acrobatas, contorcionistas, equilibristas, palhaços e dançarinos, etc.) que brilham em 21 espetáculos residentes e em turnê pelo mundo todo. O espetáculo que se apresentava em Montreal tinha por nome Amaluna. Um espetáculo vibrante e inesquecível.
Foto 17 – O famoso Cirque du Soleil nasceu na Província de Québec e tem sede em Montréal. Mais de mil artistas e 21 espetáculos residentes e em turnê pelo mundo todo. Um show perfeito de encantamento!
Claro que tem também o festival das artes do Circo: Montréal Complètement Cirque. Veja mais em:
Quer mais motivos pra visitar Montréal? Conheça alguns dos muitos títulos conquistados pela cidade e confira na sua próxima viagem:
·           melhor cidade de verão do mundo (3e meilleure ville d’été dans le monde) – Lonely Planet
·         Entre as dez cidades mais ligadas/conectadas (Parmi les 10 villes les plus branchées du monde) – New York Times.
·         Figura no 16erank das cidades mais agradáveis de viver do mundo (Figure au 16e rang des villes les plus agréables à vivre au monde) - The Economist
·         4ª na lista das 10 melhorescidades do moundo onde se come bem fora de casa (4e dans le palmarès des 10 meilleures villes au monde où il fait bon manger à l’extérieur)- Frommers
·         8ª na lista dos 10 destinos recomendados a visitar em 2012 (8e dans le palmarès des 10 destination à voir en 2012) – ShermansTravel
·          Montreal está na lista das 10 melhores cidades para estudantes do mundo. (Montréal dans le top 10 des meilleures villes étudiantes au monde) – Quacquarelli Symonds

INFORMAÇÕES E SERVIÇOS EM QUÉBEC
Comece por uma visita aos Centros de Informações Turísticas. A organização e a riqueza de informações e facilidades oferecidas impressionam pela eficácia. Um vasto material turístico, com mapas, informações e  indicações de passeios, está a disposição dos visitantes e turistas. Aproveite e agende seus passeios no próprio centro.
Problemas com a língua?  Em Québec, fala-se perfeitamente as duas línguas: o francês e o inglês e é normal que se fale uma terceira. Pra começar eles se dirigem a você: Français? L’Anglais? E dependendo de sua resposta eles continuam a conversa.
A seguir listo os sítios oficiais (todos com versão em ingles e frances), uma fonte garantida de informação muito útil: 
Portal oficial de turismo do governo de Quebec  (Província de Québec) - www.bonjourquebec.com. Para ver o mapa clique em map/carte e depois escolha a região turística: régions turistiques desejada como Montréal.
Portal oficial da cidade de Montréal - www.tourisme-montreal.org.  Agora, você pode pegar o táxi (virtual) e passear em Montréal: http://www.tourisme-montreal.org/MontrealTV
Portal oficial da cidade antiga de Montréal- Vieux Montréal:  www.vieux.montreal.qc.ca/accueil.
Ao chegar em Montreal você encontra o Montréal Tourist Office na Antiga Montréal (Vieux Montréal), no endereço: 174, Rue Notre Dame Est e o Old Port Tourist Kiosk no Porto Velho (Vieux Port) no Quai Jacques Cartier.
Foto 18 – O cais Jacques Cartier, um dos vários cais existentes no porto revitalizado. Ponto de informações e saída para passeios no rio Saint-Laurent.   
 
Se você ficar por 3 dias ou mais na cidade e pretende visitar 4 atrações ou mais vale a pena comprar o CARTE MUSÉES MONTRÉAL/MONTRÉAL MUSEUM PASS, que custa (60$) e é valido por 3 dias consecutivos, permitindo o acesso a 38 museus. O sítio dos museus é: www.museesmontreal.org. Se adicionar mais 5 dólares você tem uso ilimitado do sistema de transporte (ônibus e metrô) pelo mesmo período.
Foto 19 – Québec possui museus inovativos e criativos que usam recursos tecnológicos para contar a história e mostrar o rico patrimônio do lugar. Musée Charles Ramezay.
As taxas que incidem sobre preços de serviços e produtos são elevadas e as gorjetas para serviços de táxis, restaurantes e hotéis também são. Talvez seja bom lembrar que os serviços de alta qualidade para os cidadãos e turistas são financiados com esses recursos. Existem duas taxas: federal e local, que incidem perto de 20% a mais no preço.
COMO CHEGAR E SE ORIENTAR EM MONTRÉAL
Do Brasil chega-se à Montréal através de conexão em Toronto. O Aeroporto de Montréal - Pierre Elliott Trudeau International Airport (YUL) - fica acerca de 20km a oeste do centro da cidade. Para informações sobre o Aeroporto: www.admtl.com. É importante informar que se você estiver seguindo para os Estados Unidos da América, a partir de um aeroporto canadense, todo o controle de imigração é realizado no próprio aeroporto do Canadá. Portanto, reserve mais tempo.
Ao chegar no Aeroporto, você pode pegar ônibus especial expresso - 747 - do Aeroporto para o Centro, que tem como destino a Station Centrale de l’Autobus (Central Bus Station, 505 Blvd de Maisonneuve Est). Os serviços são frequentes (10 ou 12 minutos, no período de 8:30 às 20:00) e leva cerca de 35 minutos até a parada final. No próprio aeroporto você compra o ticket para um dia de uso do transporte que custa 8$ dólares canadenses ou para 3 dias de uso que custa 16$. O cartão permite acesso a todo o sistema de transporte: metrô e ônibus. Uma opção mais vantajosa é adquirir o Cartão combinado para museus e transportes - Carte Musées Montréal. Este cartão só é encontrado nos Centros de Informações Turísticas, fora do aeroporto.
O sistema de transporte é muito eficiente, administrado pela empresa STM. O serviço de metrô funciona muito bem e é muito fácil de entender: uma boa alternativa para alcançar os principais atrativos. Veja informações e mapa interativo no portal oficial: http://www.stm.info/
O sistema de transporte por ciclovias – BIXI (nome formado pela primeira sílaba de Bike e última de Taxi) – em Montreal (2009) é considerado excelente, não apenas para recreação, mas como transporte regular. A topografia, em sua maioria plana, favorece a “pedalada”.
Foto 20 – O sistema de transporte por ciclovias – BIXI (nome formado pela primeira sílaba de Bike e última de taxi) – em Montreal (2009) é considerado excelente. 
 O sistema é semelhante ao de muitas cidades como Paris e Barcelona: você pega uma das 5.120 bicicletas por uma taxa (7$ por 24 horas e 15$ por 72$) em algum dos 411 pontos da cidade e devolve em qualquer um deles. Mais informações: www.bixi.com. Mas, atenção, as locadoras concorrentes afirmam que o preço da Bixi não sai por esse valor para turistas, portanto é melhor analisar os preços praticados. Há várias empresas que alugam e oferecem passeios de bicicleta como a Ça Roule:
Com um traçado regular e ortogonal, a cidade de Montréal é marcada por ruas muito longas perpendiculares ou paralelas ao Rio St-Laurent. Por isso, é fácil se orientar em Montréal.
O sol se põe ao sul, no rio Saint-Laurent, o maior marco referencial natural da cidade, que corre no sentido norte-sul, no trecho central da cidade. O eixo referencial mais famoso é o boulevard Saint-Laurent, conhecido como o Principal Le Main, que corre perpendicular ao rio, no sentido leste/oeste. Esta famosa via é considerada o divisor simbólico das áreas de influência francesa (leste) e Inglesa (oeste). Todas as edificações são numeradas a partir desse eixo e adicionam ao nome da rua o termo leste (est) ou oeste (ouest). Observe que tanto nomes como símbolos da cultura francesa são mais frequentes na parte leste, enquanto na parte oeste predominam aqueles de origem inglesa, expressando a influência cultural de seus antigos moradores.
As principais ruas, muito longas, no sentido norte-sul são: rue Rene-Lévesque, rue Ste-Catherine, boulevard de Maisonneuve e rue Sherbrooke. No sentido leste-oeste, as mais conhecidas são: rue Crescent, rue McGill, boulevard St-Laurent e rue St-Denis.
Foto 21 – Rue Crescent no Centro de Montréal: Vários bares e restaurantes de arquitetura vitoriana - Rua muito animada!
COMENDO EM MONTRÉAL – UM MUNDO DE SABORES
Uma alternativa mais econômica para comer é escolher a modalidade de menu Table d’Hôte – tem uma quantidade limitada de pratos, mas o preço é fixo. Representa o contrário de “a la carte”.
Indico algumas encantadoras áreas que visitei e onde se concentram muitos restaurantes e bares além de bistros, épiceries, boulangéries, charcutéries à semelhança de Paris. São lugares para sentar, comer e apreciar a paisagem:
Rue Saint-Denis/Boulevard Saint-Laurent/Rue Duluth – Um circuito multicultural, de animação e de muita comida.
Rue Crescent: Vários bares e restaurantes de arquitetura vitoriana – Rua muito animada!
Place Jacques Cartier: O Coração da Montréal Antiga, ponto de concentração e animação, com vendedores, artistas, muitos bares e restaurantes.
Rue Saint-Paul: A rua mais antiga de Montréal com muitas galerias de arte, boutiques, restaurantes e cafés e patisseries.

Foto 22 – Rue Crescent no centro: Uma rua pra descontrair e aproveitar todas as horas do dia.Add caption
A seguir apresento alguns lugares que experimentei e recomendo:
Jardin Nelson – Assista a um show de jazz ao vivo enquanto toma um coquetel (a sangria é ótima) e saboreia um delicioso prato. Onde: 407, place Jacques Cartier. Sítio: http://www.jardinnelson.com/.
Les Trois Brasseurs (rede de microcervejaria). Para quem gosta de cerveja comece com: Et-Cetera (4 tipos diferentes de cerveja : branca, loura, ambar, marrom) para degustar e, se gostar, escolher depois: Un Mètre de Bière (10 copos). Experimentei a Homemade Flammekueche (espécie de pizza bem fina, crocante e deliciosa). Onde: 105, rue Saint-Paul, Est. Sítio: http://les3brasseurs.ca/.
Olive et Gourmando – Ótimos sanduiches, salgados e doces. Os produtos de pâtisserie são deliciosos! Experimentei o delicioso: chausson aux pommes, avec sucre à la canelle (tipo de doce folhado de maçã e canela). Onde: 351, rue St-Paul Ouest. Sítio: www.oliveetgourmando.com
SCHARTZ’S (Charcuterie Hébraique de Montreal). Funciona desde 1928 e serve como prato principal a tradicional receita hebráica de carne defumada. Considerada a melhor carne defumada pelos frequentadores, incluindo os famosos clientes. Serve esta carne fatiada no pão e fritas. É um local muito simples e muito movimentado. Onde: 3895, boulevard St-Laurent, Plateau Mont-Royal. Sítio: http://www.schwartzsdeli.com/index2.html.
Les Délices d’Érable é um lugar indispensável para conhecer o gosto autêntico do famoso e tradicional ingrediente da gastronomia local: xarope/mel/açúcar (sirop d'érable/maple syrup), produzido da árvore nacional - o Bordo. A loja oferece uma grande variedade de produtos à base do ingrediente e abriga um museu sobre o assunto. Onde: 84, rue St-Paul Est.


PRINCIPAIS ÁREAS E ATRATIVOS EM MONTRÉAL

Montréal reflete as paisagens culturais dos povos que a formaram, expressas no centro da cidade (Centre-Ville/Downtown) e nos seus bairros Quartier Chinois/Chinatown e Little Italy. O Centro concentra grande parte dos museus, centros comerciais e financeiros.
O patrimônio histórico cultural de maior peso encontra-se na Vieux Montréal/Old Montréal. É também onde se encontra o porto revitalizado – Vieux Port/Old Port. A área inclui prédios históricos reutilizados, novos pavilhões com muitas opções de atividades e uma imensa área de jardins. Um lugar fascinante!

Foto 23 – Muitas opções de lazer no Antigo Porto como o Museu de Ciências de Montreal – Um lugar para esquecer o tempo e se divertir!

Nas ilhas – Île de Sainte-Helene e Île de Notre-Dame - estão os complexos de jardins e várias estruturas modernas e inovadoras voltadas para o entretenimento: O Parque Jean Drapeau, a Biosfera, o Casino e a Praia. Um paraíso de lazer!

O bairro chamado Plateau Mont-Royal (Planalto) é um dos lugares mais habitados e dinâmicos de Montréal. Expressa a essência da multiculturalidade de Montréal. Casas de estilo vitoriano, cafés, livrarias, galerias de arte e a universidade McGill colaboram para o clima: romântico e boêmio.

Um pouco mais afastada do centro, no sentido noroeste, está o bairro de Cote-des-Neiges, que abriga Mont-Royal e o Parque do mesmo nome. Mais a nordeste está o bairro de Maisonneuve, onde se encontra o famoso Parque Olímpico  e o Jardim Botânico.

Para conhecer Montréal você precisa percorrer os seus caminhos a pé. Então vai descobrir uma cidade cheia de história e muita cultura ao caminhar: ruas de pedras antigas, edifícios vitorianos, igrejas de estilo gótico, arranha-céus modernos e muitos parques. Visite os mercados, as feiras e as ruas de Montréalà noite, iluminadas e resplandecentes – outro cenário. A simpatia do seu povo é contagiante e a beleza natural e cultural do lugar é surpreendente. Você vai amar.
Foto 24 – Muitos caminhos e perspectivas para explorar Montréal. Caminhe, pedale, navegue...

Para facilitar,  recomendo planejar a sua visita considerando as seguintes áreas, as duas primeiras (em destaque) são objetos nesta postagem: CANADA 1 – MONTREAL 1 e as demais serão apresentadas na próxima vez: CANADA 2 – MONTREAL 2

1 – A Antiga Mont Royal: Vieux Montréal/Old Montréal

(View Port/Old Port; Place D’Armes; Place Jacques Cartier; Place Royale/Place d’Youville)

2 –O Centro da Cidade: Centre-Ville/Downtown (Quartier Latin, Le Village, Quartier Chinois/Chinatown, Quartier des Spectacles)

3 – Plateau Mont-Royal (La Main: Boulevard Saint-Laurent eRue Saint-Denis)

4 – Parque do Mont Royal : Parc du Mont Royal  e entorno

5 – O Parque Olímpico: Quartier Olympique/Olympic Parc e entorno (Hochelaga-Maisonneuve)

6 – As Ilhas e o Parc Jean-Drapeau

  

1 – A ANTIGA MONTRÉAL : VIEUX MONTRÉAL/OLD MONTRÉAL

Vamos começar pela Velha Montréal, que retrata o passado vivo da cidade, onde tudo começou e se estabeleceu. Foi aqui que Paul Chomedey de Maisonneuve subiu o Rio St-Laurent, em 1642, desembarcou e fundou Ville-Marie, o primeiro assentamento que originou Montréal. Para explorar mais esta área histórica e seu rico patrimônio recomendo consultar: www.viewmontreal.ca.

Esta área que começa, às margens do rio St-Laurent tem como limite leste – os cais/bacias e como limite oeste a rue Saint-Antoine (paralela ao rio). São também paralelas ao rio, as suas ruas mais movimentadas e encantadoras: rue Saint-Paul (a rua mais antiga) e a rue de Notre-Dame. Muito fácil de percorrê-las a pé, de bicicleta, carruagem, quadriciclo, skate.

Identifico quatro grandes pólos de animação e de entretenimento nesta área: o Antigo Porto e mais três praças históricas que estão próximas (em um raio de, no máximo, 500 metros): Place D’Armes, Place Jacques Cartier e Place Royale/Place d’Youville.

VIEUX PORT/OLD PORT

O Velho Porto estende-se por mais de 2,5 kilômetros ao longo do rio St-Laurent e compreende quatro grandes cais, no sentido sul-norte: Alexandria, King-Edward, Jacques-Cartier e o de L’Horloge. Foi aqui que chegaram os fundadores e colonizadores e onde a cidade começou, mais precisamente em frente ao cais King-Eduard. Passeie pelo imenso parque linear com vistas da cidade e do rio e seus principais monumentos. Há espaços para passeios, ciclismo, piquenique, navegação, caminhadas pelo rio, cinema, etc.
Foto 25 –Um imenso parque linear com vistas da cidade e do rio e seus principais monumentos como o Marché Bonsecours. Há espaços para passeios, ciclismo, piqueniques...

Nos cais você se diverte e parte para passeios e cruzeiros. Numerosas atividades são oferecidas para os visitantes: shows e eventos, restaurantes em terraços com vistas para o Rio. No inverno, esta área transforma-se no maior ringue de ice-skate de Montréal. O maior ponto de concentração de chegadas e partidas é o quais Jacques Cartier, de onde partem os passeios pelo rio.

Para maiores informações sobre os cais do Antigo Porto consulte: www.quaisduvieuxport.


Foto 26 – O maior ponto de concentração de passeios e cruzeiros. Vista do Cais Jacques Cartier.

Que tal relembrar um pouco de Paris e fazer um passeio de Bateau-Mouche (barco tradicional que faz passeios turísticos no rio Sena, Paris)?

Foto 27 – Angela e eu registrando o passeio no Bateau Mouche.

A opção de 90 minutos custa 15,87$ e faz uma rota muito interessante que permite observar vários atrativos e contornar as ilhas: Île Saint-Helene e Île Notre-Dame. Alguma lembrança de Paris?  Mais informações sobre o bateau em: www.bateaumouche.ca.

O Passeio foi maravilhoso!
 
Foto 28 –Ponte Jacques Cartier vista do Bateau Mouche – um dos cartões postais da cidade que leva até as ihas.
Há muito mais opções, com cruzeiros para visitar algumas áreas naturais preservadas, mais distantes, como Tadoussac, Baie-Ste-Catherine, Fjord du Sanguenay e outras paisagens belíssimas, mais ao norte. Você pode consultar o serviço do serviço Croisière AML (www.croisieresaml.com).

Você pode explorar o rio sem poluição e barulho navegando com o Le Petit Navire, um pequeno barco movido a eletricidade. A duração é de 45 minutos e custa 18,70$ Veja: www.lepetitnavire.ca.
Foto 29 – Uma opção verde: o pequeno barco Petit Navire, movido a eletricidade, faz passeios pelo rio.

Se você está a procura de aventura e emoção, navegue de “jet boat” no Rapides de Lachine. Informações em: www.sautemoutons.com.

Um atrativo que vale a pena visitar é a torre do relógio - Tour de L’Horloge/Clock Tower - no quai d’Horloge. Ela foi construída em 1922 para homenagear os marinheiros que morreram na primeira guerra mundial. Do alto, observe as panorâmicas vistas do rio e da cidade.

Foto 30 - A torre do relógio - Tour de L’Horloge/Clock Tower foi construída para homenagear os marinheiros que morreram na Guerra.
Um outro local que atrai numerosos visitantes, principalmente jovens, é o Centro de Ciências de Montréal - Centre des Sciences de Montréal - situado no Quai King-Edward. O Centro tem uma proposta original, inovadora e interativa de explorar ciência e tecnologia. Utiliza exposições de multimídia e oferece cinema em uma tela de mais de 7 andares de altura com tecnologia IMAX e 3D. Imagine assistir o “homem das trevas” - Batman (The Dark Knight Rises) em  IMAX.

Para maiores informações sobre o Centro e atrações :



 
Foto 31 - Muita tecnologia e multimídia para explorar a ciência e um telão especial para as emoções da arte do cinema (Centre des Sciences de Montréal).
No extremo sul do cais do Porto está o Canal de Lachine (14,5km), concluído em 1825 para permitir o acesso por água, às áreas mais interiores da cidade evitando a força dos ventos. Hoje as suas margens se transformaram em um imenso parque linear: um excelente lugar de passeios a pé e de bicicleta.

PLACE D’ARMES E ENTORNO

Esta praça foi o lugar do núcleo primitivo de Montréal, onde em 1642, Maisonneuve lutou e venceu os nativos Iroquois e estabeleceu a Ville-Marie. Representa o coração da cidade e o lugar simbólico dos primeiros tempos de vida da cidade.
Foto 32 - Place D’Armes. O coração da cidade é o lugar simbólico dos primeiros tempos de vida da cidade.

No centro da Praça está a estátua do fundador e na sua base pode se lido em francês (tradução literal): “Você é a semente de trigo que crescerá e multiplicará e espalhar-se-á por todos os lugares do país.”
Foto 33 - Maisonneuve o fundador de Montréal na Place D’Armes. As esculturas na base representam cidadãos importantes da antiga Montréal.

As esculturas na base do monumento representam cidadãos importantes da antiga Montréal, inclusive a co-fundadora de Montreal e criadora do primeiro hospital (Jeanne Mance) e um bravo guerreiro da tribo iroquois.

A paisagem edificada, no entorno da praça, representa a memória dos diversos períodos de história de Montréal: a primeira grande igreja, o primeiro edifício da cidade, o primeiro arranha-céus e o primeiro banco.
A Basílica de Notre-Dame (Notre-Dame Basilique/Notre-Dame Basilica) domina o centro antigo pela sua majestosa arquitetura neogótica. Foi construída em 1829, no lugar de uma antiga capela, para servir a uma cidade grande e desenvolvida com lugar suficiente para abrigar 4.000 fiéis.

Foto 34  - A Basílica de Notre-Dame (Notre-Dame Basilique/Notre-Dame Basilica) domina o Centro Antigo pela sua majestosa arquitetura neogótica.

O seu interior é magnífico, com belos vitrais, pinturas e esculturas, o templo possui um órgão musical famoso (Casavant) e o maior sino da América do Norte (Gros Bourdon). A brilhante e colorida decoração atual (1870-1900) foi inspirada no simbolismo da Sainte-Chapelle de Paris.
Foto 35 - O interior magnífico da Basílica de Notre-Dame (Notre-Dame Basilique/Notre-Dame Basilica) inspirada no modelo da Sainte-Chapelle de Paris.

Foi um arquiteto americano de origem irlandesa (James O’Donnell) e de crença protestante que projetou  este excepcional templo. Conta-se que O’Donnel foi transformado por esta experiência e se converteu ao catolicismo.
Este ambiente imponente e brilhante tem sido cenário de ocasiões importantes na vida dos canadenses como o casamento da famosa cantora canadense Céline Dion e o funeral do aclamado Primeiro Ministro Pierre Trudeau que contou com a presença dos mais importantes chefes de estado da época.

Por tras do altar principal está a belíssima e moderna Chapelle du Sacré Coeur/Sacred Heart Chapel, reconstruída em 1982, a preferida dos locais para casamentos importantes, mas íntimos. O altar apresenta 32 impressionantes painéis de bronze, representando o nascimento, vida e morte (Charles Daudelin)
Foto 36 - a belíssima e moderna Chapelle du Sacré Coeur/Sacred Heart Chapel, reconstruída em 1982, a preferida dos locais para casamentos importantes, mas íntimos.

Sobre a basílica recomendo ver: www.basiliquenotredame.ca


Na basílica acontece o show de luz e som chamado E La Lumière fut (E a luz se fez). Um espetáculo muito apreciado! Ver: http://www.basiliquenddm.org/fr/evenements/lumiere.aspx

O Antigo Seminário - Vieux Séminaire de Saint-Sulpice/ Old Seminary – é a edificação mais antiga de Montreal. Foi construído em 1684 para a educação de padres que tinham como missão trabalhar com os aborígenes. Seu relógio é de 1710 e os jardins são considerados os mais antigos da América do Norte. A obra foi modificada por diversas vezes e serviu de residência dos senhores de Montréal nos séculos 17 e 18.
O Museu do Banco de Montréal – Musée de la Banque de Montréale/Bank of Montreal Museum – funciona na edificação (semelhante a um templo) que abriga o primeiro banco do Canada (1817). O interior, em mármore, apresenta uma exposição de notas bancárias, documentos e objetos utilizados no serviço bancário do século 19.

Foto 37 -O primeiro banco do Canada (1817) em uma edificação semelhante a um templo.

New York Life Building – O primeiro arranha-céus da cidade (1888) é um edifício em arenito vermelho de 8 pavimentos. Foi o primeiro a ser equipado com uma maravilha tecnológica da época: o elevador.
Alfred Building – Foi inspirado no Empire State Building, o edifício símbolo de New York.  Foi construído em 1931, na mesma época do Empire, por uma companhia financeira que também tinha escritórios em Nova York, Londres e Paris.

Foto 38 - Os primeiros arranha-céus do novo mundo: o prédio da direita tem alguma semelhança com o Empire State Building?
PLACE JACQUES-CARTIER
Esta praça foi originalmente o mercado aberto da cidade, criado no século 19 (1804). A praça é dominada pela estátua do almirante inglês Nelson que venceu os franceses na batalha de Trafalgar.
Foto 39 - Praça Jacques Cartier no coração do porto antigo. No eixo central está a estátua do almirante Nelson, que venceu os franceses na batalha de Trafalgar. Imagine os conflitos!
Esta área estreita, situada entre a rue de Notre-Dame (oeste) e o Rio (leste), é o ponto focal de muitas atividades e de muito movimento: lugar de encontro e palco das festividades. Artistas, vendedores, turistas e locais disputam esse espaço tão dinâmico. Os restaurantes situados nas suas bordas debruçam os terraços para a praça.
Foto 40 - Praça Jacques Cartier – ponto de encontro e palco de muitas festividades!
Um ótimo lugar para tomar um coquetel, apreciar o movimento e se encantar. A rue Saint-Paul, corta esta praça e atrai parte do fluxo, nas quadras próximas. Na sua parte sul, carruagens são oferecidas para passeios aos turistas.
Foto 41 - No extremo sul da Praça Jacques Cartier – carruagens para passear!
Basta atravessar a rue de la Comune (rua ao longo do rio) e você chega ao Pavilhão Jacques Cartier e a área arborizada do Porto.
Quer ver a Praça ao vivo? Então acesse: http://www.placejacquescartier.com/
Alguns atrativos encontram-se nas proximidades: O museu do Chateau Ramezay, Hôtel de Ville, Marché Bonsecours e Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours.
No Musée du Chateau Ramezay (1705), você é convidado a penetrar na história de Montréale visitar o primeiro edifício classificado como monumento histórico na província de Québec. A casa foi residência deClaude de Ramezay (11º governador da colônia) e de outros governadores franceses por mais de 40 anos. Benjamim Franklin (um dos principais líderes da revolução americana) hospedou-se aqui por várias semanas tentando convencer (mas não conseguiu) os québécois a apoiar os colonos americanos na sua luta pela independência.
Foto 42  - No Musée du Chateau Ramezay (1705), você é convidado a penetrar na história de Montréal e visitar o primeiro edifício classificado como monumento histórico na província de Québec!
O museu utiliza exibições, circuito multimídia e animadores caracterizados e espaços mobiliados daquela época para que você vivencie o contexto histórico. Aprecie o Jardim dos Governadores – Jardin des Governeurs.  Este Chateau foi eleito por uma comissão de experts em colaboração com a UNESCO como um dos 1001 lugares históricos que devem ser vistos antes de morrer. Onde: 280, Rue de Notre-Dame, Est.
Foto 43 - Musée du Chateau Ramezay (1705): Painel ilustrativo sobre o Jardim dos governadores – Jardin des Governeurs.
Conheça mais da história e do exemplo da utilização de tecnicas de interpretação do patrimônio para o turismo, tão desenvolvida nesta região do Canadá:www.chateauramezay.qc.ca
Hôtel de Ville - A sede do Governo local, situada na parte nordeste da Praça, rue Notre-Dame Est, impõe-se na perspectiva da Praça.
Foto 44 - A imponente sede do governo local - Hôtel de Ville, visto da Place Jacques Cartier
O Prédio (1878) teve como modelo a Prefeitura de Tours na França (estilo francês do segundo império) e exibe a riqueza e confiança do povo. Do seu balcão, o Presidente francês pronunciou (1967) para uma multidão que o aplaudiu: Vive le Québec Libre!
Foto 45 - Hôtel de Ville – Deste balcão o Presidente francês pronunciou (1967): Vive le Québec Libre! para uma multidão emocionada.
O Mercado - Marché Bonsecours – extraordinário e imponente edifício com sua esplêndida cúpula prateada é um dos marcos mais reconhecidos na paisagem, inclusive servia de referência para os marinheiros. Foi inaugurado em 1847 e é reconhecido como um dos dez edifícios mais bonitos do Canadá. Tem estilo clássico e foi sede do parlamento (1849) e da prefeitura (1852-1878).
Foto 46 - O Mercado - Marché Bonsecours– extraordinário e imponente edifício – um dos dez edifícios mais bonitos do Canadá. Um mercado fino de boutiques e arte feita no Canadá.
Não é um mercado de frutas e verduras! Hoje abriga cafés, restaurantes, boutiques finas que exibem e comercializam desde artesanato até objetos de arte de artistas locais e nativos, artigos de moda, joias, bijouterias e outros. Apresenta exibições de arte dos premiados artistas locais. Você encontra 15 lojas de criações “made in Québec”, de alta qualidade e autênticas. Lá você encontra também jóias com a belíssima e rara pedra preciosa do Canadá: amolite. Veja que maravilha de gema: http://bocaberta.org/2010/01/a-mais-rara-pedra-preciosa.html.
Onde: 350, rue de Saint-Paul Est. Mais informações sobre o Mercado em:www.marchebonsecours.qc.ca.
A Capela - Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours- foi por mais de 350 anos, a jóia do patrimônio de Montréal, ocupando um lugar especial no coração dos residentes. A tumba de Santa Marguerite Bourgeoys(1620-1700) que fundou a Congregação de Notre-Dame no Canadá, está no lado direito do altar. Ela foi a primeira santa do Canadá e era considerada a “Mãe da Colônia”. 


Adjacente à Capela, funciona o Museu - Musée Marguerite-Bourgeoys – com salas, esposições e um sítio arqueológico de mais de 2400 anos de história. A torre oferece uma vista espetacular do rio Saint-Laurent. Onde: 400, rue Saint-Paul Est.
Para mais informações sobre o Capela e o Museu consultar: www.marguerite-bourgeoys.com.
Foto 47 - Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours construída pela primeira santa do Canadá - Santa Marguerite Bourgeoys (1620-1700)


PLACE ROYALE/PLACE D’YOUVILLE
A praça Royale foi o lugar de fundação da cidade. Considera-se que muito raramente uma cidade pode identificar o lugar exato de seu nascimento. Montréal fez isso e exibe para o público os traços e vestígios concretos de sua fundação. Este lugar denominado Pointe-à-Callière foi um lugar frequentado pelos canadenses nativos por cerca de 2500 anos.
Foto 48 - Lugar exato de seu nascimento de Montréal – Praça Royale, lugar frequentado pelos canadenses nativos por cerca de 2500 anos.
O testemunho desta ocupação é apresentado no Musée d’Archéologie et d’Histoire (1982). Considerado o único museu do mundo que está erguido em cima de um sítio arqueológico autêntico. O museu cativa o visitante pela maneira de apresentar a história, com modelos interativos, projeções, vozes, figuras virtuais,etc. Por fim oferece uma visita ao subsolo onde podem ser vistos os achados arqueológicos: o primeiro cemitério europeu na America do Norte e sistemas de galerias de esgoto. Outro modelo de museu que utiliza o planejamento interpretativo aplicado ao patrimônio histórico e cultural. Onde: 350, Place Royale.
Foto 49 - Musée d’Archéologie et d’Histoire (1982). Considerado o único museu do mundo que está erguido em cima de um sítio arqueológico autêntico.

O museu tem quatro componentes: o Prédio Principal em formato triangular – l’Éperon que ganhou vários prêmios de arquitetura (onde fica a entrada), o conjunto de vestígios arqueológicos no subsolo, a estação de esgoto d’Youville e a Antiga Alfândega, onde funciona a boutique do Museu (150, rue Saint-Paul).
Foto 50 - O museu cativa o visitante pela maneira de apresentar a história, com modelos interativos, projeções, vozes, figuras virtuais, etc.
No edifício principal, visite o belvedere (3º piso) e aprecie belíssimas vistas da cidade antiga e do porto. No interior, recomenda-se iniciar pela projeção multimídia (16 minutos) no auditório que se eleva acima das ruínas históricas. Depois faça a visita ao complexo arqueológico e seus achados no subsolo, dispostos de forma criativa e muito ilustrada.
Para conhecer mais sobre o museu: http://pacmusee.qc.ca/fr/accueil.
A Place d’Youville está situada a poucos metros da Place Royale. Abriga o Centre d’Histoire de Montréal construído em 1903 para a antiga Estação Central de Bombeiros. Você pode começar a sua visita a Montréal por aqui, conhecendo sua história e as múltiplas identidades do povo. Os três pisos apresentam exposições permanentes e temporárias que enriquecem sua experiência através dos principais fatos da aventura, algumas vezes turbulenta, da primeira metrópole do Canadá.
 
Foto 51 - O Centre d’Histoire de Montréalconstruído em 1903, conta a história apresenta as múltiplas identidades do povoquébecois.
O obelisco, comemorativo da fundação da cidade foi implantado neste lugar, pela Sociedade Histórica de Montréal e apresenta os nomes dos pioneiros da cidade incluindo Maisonneuve e a enfermeiraJeanne Mance que fundou o primeiro hospital na América do Norte - L’Hotel-Dieu de Montréal.
Mais informações em: www.villedemontreal.qc.ca/chm
 
Foto 52 - O Obelisco apresenta os nomes dos pioneiros da cidade incluindo Maisonneuve e a enfermeira Jeanne Mance que fundou o primeiro hospital na América do Norte
 
2 –O CENTRO DA CIDADE: CENTRE-VILLE/DOWNTOWN
As principais vias paralelas que conformam o centro do Canadá, no sentido norte/sul são: boulevard René-Levesque, rue Sainte-Catherine, boulevard Maisonneuve, rue Sherbrooke.
O Centro representa a cidade animada e moderna, uma área de contrastes que abriga prédios de arquitetura vitoriana, igrejas neogóticas, arranha-céus modernos e longas extensões de galerias subterrâneas. O maior centro comercial da cidade, reúne também museus de destaque e instituições universitárias e culturais.
Foto 53 - O Centro representa a cidade animada e moderna, uma área de contrastes que abriga prédios de arquitetura vitoriana, igrejas neo-góticas, arranha-céus modernos.
A disputada rue Sainte-Catherine percorre todo o Centro, do norte a sul e concentra nuitos bares, restaurantes e lojas. Mais adiante, em direção ao leste, através da rue Saint Catherine você acessa o boulevard Saint-Laurent, porta de entrada para o Bairro Chinês. No mesmo sentido, pela mesma via você visita o Quartier Latin e o Le Village.
Sugiro um circuito interessante (no sentido anti-horário) através da Boulevard René-Lévesque (ponto inicial na Cathédrale Marie-Reine du Mond), rue University, rue Sherbrooke, rue Crescent (ponto final). Este roteiro inclui vários atrativos interessantes nessa ordem: Basilique-Cathédrale Marie-Reine-du-Monde (1894); Cathédrale Christ Church (1859); Musée McCord, McGill University/Musée Redpath e Museé des Beaux-Arts.  No final do passeio você pode apreciar um bom jantar na rue Crescent.
O Musée des Beaux-Arts de Montreal está situado em dois blocos nos dois lados da rue Sherbrooke Ouest, 1379-1380, (acesso principal pelo prédio moderno) que estão interligados por acesso subterrâneo. Este museu mais antigo da Província (1860) é considerado um dos mais importantes do Canadá.
Foto 54 - O Musée des Beaux-Arts de Montreal está situado em dois blocos nos dois lados da Rue Sherbrooke Ouest. Este é o prédio antigo.
A sua coleção é bastante diversificada e compreende desde arte de pintores europeus consagrados como Rembrandt, Picasso e Monet a obras de artistas famosos canadenses: Jean-Baptiste Roy-Audy, Paul Kane, Group of Seven, Riopelle. A coleção de arte inuit e aborígine é significativa.
Foto 55 - O Musée des Beaux-Arts de Montreal está situado em dois blocos nos dois lados da Rue Sherbrooke Ouest. Este é o prédio moderno (entrada principal).
Mais informações sobre o museu em: www.mbam.qc.ca
O Musée McCord tem uma coleção de mais de ummilhão e duzentos mil objetos quecontam a história do povo que construiu o país. Também oferece um arquivo visual da evolução do Canadá desde 1840 – Notman Photographic Archives. Onde: 690 Sherbrooke Street West

University McGill (845, rue Sherbrooke). Esta reputada universidade formou 2 primeiros ministros canadenses, seis ganhadores do prêmio Nobel. Compreende  11 faculdades e 11 escolas profissionais que oferecem cursos para 37 mil alunos em cursos de graduação, pós-graduação e estudos continuados. Tem se destacado nos cursos de medicina e engenharia. No Canadá é a primeira entre as universidades de medicina e a 17ª no mundo. Foi fundada por um escocês  que era comerciante de peles. O campus é um ambiente bonito e calmo para passeios e piqueniques.
Faça uma visita virtual e tenha informações sobre a universidade e cursos: www.mcgill.ca

QUARTIER INTERNATIONAL
Bem próximo à Praça Jacques Cartier está a moderna praça Jean-Paul-Riopelle, centro nelvrágico do Quartier International (2004), ligado à “cidade subterrânea”, que compreende uma rede de caminhos subterrâneos de aproximadamente 30 km de comprimento que interliga os principais edifícios e diferentes níveis de centros comerciais. No centro da praça está a imensa fonte e escultura La Joute (1974), de Riopelle (um dos mais prestigiados artistas canadenses). Fazem parte deste conjunto o Palais des Congrés (transparente e colorido) e o Centre CDP da Capital. A imensa escultura de Riopelle domina o cenário, especialmente, nas noites de verão, quando há show de luzes.
QUARTIER DES SPECTACLES/PLACE DES ARTS
Localizado no coração do Centro, este bairro é o coração cultural da cidade. Em um quilômetro quadrado reúne mais de 80 instalações culturais de porte, que oferecem uma diversidade excepcional de atividades: festivais, cinemas, teatro, dança, exibições de arte, arte tecnológica, concertos, operas, comédias...  Impressionante!
Foto 56 - Praça das Artes - Place des Arts: em um quilômetro quadrado reúne mais de 80 instalações culturais de porte, que oferecem uma diversidade excepcional de atividades.

Aqui acontecem os principais eventos e festivais da cidade (ver alguns eventos já citados).

Foto 57 - Salle Wilfrid-Pelletier no Bairro das Artes, parte de um grandioso complexo cultural.

O Complexo é administrado por uma Fundação Place des Arts tem por missão encorajar o acesso para o público em geral aos diferentes aspectos de artes cênicas e estimular a vida artistica e cultural no Québec.
Mais informações e programação consultar: http://www.laplacedesarts.com/index.en.html e www.quartierdesspectacles.com
A qualidade da arquitetura e dos ambientes externos contemporâneos destaca-se na paisagem. O Complexo dos Jardins – Complexe des Jardins (150, rue Sainte-Catherine Ouest), moderno empreendimento comercial, com um grande shopping, complementa as atividades da área. Possui 110 lojas e restaurantese uma imensa praça interna com capacidade para 800 pessoas sentadas e 5.000 pessoas em pé. Assisti a um espetáculo de multimídia gratuito excepcional!
Foto 58 - Complexo dos Jardins – Complexe des Jardins: moderno empreendimento comercial e de lazer.
Foto 59 - Uma imensa praça interna com capacidade para 800 pessoas sentadas e 5.000 pessoas em pé no Complexo dos Jardins. Um fascinante show de multimídia estava acontecendo neste local.
Para conhecer sobre o Complexo: www.complexedesjardins.com
Também faz parte do Bairro o Musée d’Art Contemporain de Montreal (185 rue Ste-Catarine Ouest). O espaço dedicado à arte canadense contemporânea, possui mais de 7.600 obras de arte de mais de 1500 artistas, sendo 1200 vivos que ilustram de maneira substancial o desenvolvimento da arte contemporânea no Québec. Podemos citar como grandes artistas: Paul-Émile Borduas, Geneviève Cadieux, Yves Gaucher, Betty Goodwin, Fernand Leduc, Guido Molinari, Alfred Pellan, Roland Poulin, Jean-Paul Riopelle, Jana Sterbak, Claude Tousignant…
Mais informações em: www.macm.org
QUARTIER CHINOIS/CHINATOWN
No boulevard Sain-Laurent existem dois portais, em arco de madeira entalhada, que delimitam o bairro oriental. Muitas lojas e restaurantes de influência asiática: tailandesas, vietnamitas e do Hong Kong atraem numerosos visitantes. A praça Sun-Yat-Sem e a rue de la Gauchetière servem de palco para as festividades.
Foto 60 - Portal do Bairro Chinês no Boulevard Sain-Laurent.
QUARTIER LATIN & LE VILLAGE
O Quartier Latin teve sua prosperidade durante a chegada da Universidade de Montréal em 1983, que atraiu para esta área instituições culturais de pretígio e a rica burguesia francesa. Hoje concentra muitas atividades culturais e de entretenimento. São bares, bistrôs, cinemas e teatros e outros negócios que animam a vida deste bairro. A principal via é a Sainte-Catherine, com lojas elegantes e outras atividades de comércio e serviços. Outros atrativos são a Grande Bibliothèque e o Cinerobothèque. A renomada UQÀM – Université du Québec à Montreal, universidade pública com mais de 40 mil alunos,  tem suas instalações neste bairro. É a única universidade do mundo a ter o curso de graduação e de mestrado em sexologia. Interessado? Acesse o site e veja os 300 cursos oferecidos em:http://www.uqam.ca/.
Foto 61 - A renomada UQÀM – Université du Québec à Montreal, universidade pública com mais de 40 mil alunos no Quartier Latin.
Muitos eventos culturais também são realizados nesta área.
Mais a Leste, percorrendo a mesma via, entre a rue St-Hubert e a ave Lorimier você chega à Le Village - o bairro gay da cidade. Do começo ao fim você descobre um mundo vibrante com as cores do arco-íris que combinam com a animação desse bairro. O Village é uma festa, com uma vida noturna bem animada,  repleto de lojas de fast-food, restaurantes, cafés, bistros, bares e casas noturnas. Acontece todos os anos (agosto) a famosa parada gay: Fierté Montréal Pride, este ano na sua 6ª edição. A liberal Montréal orgulha-se de abrigar um dos maiores e mais representativos bairros gays do mundo.
Recomendo fortemente aos arquitetos e interessados em arquitetura, uma visita ao Centre Canadien D’Architecture (1920, Rue Baile). Com uma proposta inovadora este Centro explica o papel da arquitetura  na sociedade com a convicção de que a arquitetura é de interesse publico.
Foto 62 - Centre Canadien D’Architecture- uma proposta inovadora que explica o papel da arquitetura na sociedadeAdd caption
O Centro promove eventos e debates, sobre a história, teoria, pratica e o papel da arquitetura na sociedade. O arquiteto Phyllis Lambert reuniu um rico acervo de desenhos, fotografias e gravuras. O local está em constante renovação apresentando muitas exposições interessantes.
Para informações: http://www.cca.qc.ca/en
CONCLUSÃO
Impossível cobrir todos os aspectos importantes de uma cidade tão rica em cultura e patrimônio como Montréal em uma só postagem.
Na próxima parte, apresento pra vocês outros aspectos ainda mais fascinantes de Montréal. Vocês vão subir o Mont-Royal, onde está o maior e mais importante parque da cidade situado no alto de uma colina e visitar o Parque Olímpico, onde se realizou os Jogos Olímpicos de 1976. Vou comentar sobre o uso atual das estruturas que pode lançar algumas idéias para o Brasil, que vai sediar os Jogos em 2016 quarenta anos depois do Canadá. Outro lugar imperdível é o Parque Jean Drapeau – um grande complexo de entretenimento - e as Ilhas do Rio Saint-Laurent, palco da Expo-67 (Exposição Internacional e Universal). Neste local, acontece também a Fórmula 1 - Grand Prix do Canadá.

Convido você ainda a caminhar pelo Plateau Mont-Royal, um dos bairros mais multiculturais e animados da cidade. Finalmente, vou também apresentar os “meus favoritos”, os melhores momentos de minha visita à Montréal.
Um grande abraço,
Santamaria