quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SUIÇA 1

"Swiss Life" (anúncio na fachada) - "Vida suiça" (Berna).

Olá,

Após as Imagens da Grécia, compartilho com vocês a Segunda Parte - Imagens da Suiça, de um conjunto de 4 países que visitei em Agosto de 2010.

No meu imaginário a Suiça é um lugar de lagos e de altas montanhas com chalés bem confortáveis, de madeira e com janelas cheias de flores, a beira do lago ou no alto de belas montanhas cobertas de neve. A suiça é a terra do cuco (relógios), do chocolate, dos grandes bancos...

Confirmando, a Suiça é real: tem tudo isso e mais qualidade de vida. Recentemente, uma pesquisa considerou Zurique e Genebra, como a segunda e a terceira cidades do mundo com maior qualidade de vida (não confundir com padrão de vida), considerando critérios que envolvem o bem físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida. Por curiosidade, qual é o IDH da Suiça?

Tudo funciona como o relógio, quase perfeito (pode ser que a bateria descarregue), desde os serviços transporte até a limpeza. Mas parece que nós humanos, precisamos de que alguma coisa não funcione... prá dar mais emoção ou ser estimulado a melhorar.

Mas, a Suiça não pode ser considerada um único pais, e sim uma Confederação (Confederação Helvética – quem lembra disso?). O nome único para o país, em latim, não pegou! Fico imaginando como um país que congrega povos de diferentes culturas: francesa, italiana e alemã, romançal (alguma outra?) e fala 5 linguas consegue tal prodígio de gestão eficiente. Parece que o segredo se chama autonomia político-econômica. Os cantões (correspondentes aos nossos estados) estão muito satisfeitos por funcionarem com tanta liberdade. Cada cantão tem a sua constituição, as suas regras, os seus estatutos, etc.

Mais ainda, prá complicar a Suiça não tem um presidente de estado, mas um conselho de 7 membros (com poder maior) que elege o presidente com poderes limitados a cada ano. Trata-se de uma democracia direta e tudo se decide na base do referendo (como na Grécia antiga ), o que complica um bocado a aplicação das leis. Se um dos cantões não aprova o assunto do referendo, este não se aplica ao mesmo.

A Suiça ainda hoje não faz parte da Comunidade Européia, talvez por conta da dificuldade de fazer/aprovar um referendo sobre isto (suposições).

Se você vai aos cantões de origem alemã (estive em Zurique e Berna) é como você estivesse na Alemanha, se você vai na parte italiana - Ticino (estive em Belizona e Lugano) parece que você está na Itália. As grandes diferenças não são notadas apenas na lingua mas na ambiência, urbanização, comunicação...(não tem tradução nas placas ou legendas!)

A Suiça também é muito pequena (40 mil km2), tem menos de metade da área do estado de Pernambuco (Brasil) e quase que a população deste estado (8 milhões de habitantes). Isto é uma grande vantagem pois não ficamos distantes de mais de 4 horas de todos os pontos, do país e o sistema de transporte muito eficaz facilita ainda mais a acessibilidade! Se você adquire o passe suiço (445 francos suiços - 4 dias), pode utilizar todos os tipos de transporte (trem regional, local, o tram, o onibus, o barco e até o teleférico que sobe as montanhas).

Para os arquitetos, a Suiça é também a terra de um dos maiores arquitetos do Planeta – Le Corbusier - homenageado na nota de 10 francos suiços. Não, você não vai poder usar os seus euros na Suiça.

Adorei revisitar a Suiça! Vamos então aos destaques por Cidade, ou melhor cantão (A suiça tem 26 cantões).

Cantão de Zurique

É a maior cidade da Suiça (perto de 400 mil habitantes – menor do que Jaboatão, mas, tem perto de dois milhões na região metropolitana) e um dos maiores centros financeiros da Europa (talvez do mundo). É cosmopolita, global e estratégica em relação às ligações com a Europa e o mundo.

Zurich é uma cidade de origem muito antiga (mais uma fundada pelos romanos) e foi o centro da Reforma Protestante. Na área central encontramos muitas igrejas de valor histórico (lindíssimas). O Rio Limmat (Leman) corta a cidade e proporciona uma paisagem encantadora.


A Cidade de Zurich (Suiça), marcada pelo Rio Leman tem uma paisagem encantadora, pontuada de antigas e belas igrejas.
O Lago Zurich é a praia de Zurich e tem mais de 90 km2. No verão, tudo acontece na beira e dentro do lago. As suas margens estão cheias de banhistas e barcos. Pequenos e grandes passeios no lago podem ser feitos a todo instante. Porém, uma iniciativa me chamou a atenção. Em toda a parte, a Secretária de Esportes, instala pequenas estruturas temporárias de decks flutuantes e de mergulho. Acho uma boa idéia quando os nossos rios foram despoluídos.


O lago Zurich é imenso e durante o verão é a praia, onde tudo acontece. Estruturas temporárias instaladas para saltos e brincadeiras fazendo o maior sucesso.

Cantão de Berna (Bern)

Berna é a capital da Suiça e onde funciona o parlamento. A cidade de Berna é encantadora. A cidade antiga (seculo XI) é considerada patrimônio da humanidade. É banhada pelo rio Aare, em cujas margens existente uma atividade mais recente a criação de ursos em cativeiro – a atividade gerou mais um grande atrativo e título para a cidade.

Parte da Cidade de Berna, onde as margens do rio Aare, são criados ursos pardos - uma atração recente e popular. Descubram onde está o urso.
 Logo, Berna tornou-se a cidade dos ursos.


Berna tornou-se a cidade dos ursos.


A cidade tem também mais de 6km de arcadas no seu casario antigo, onde funcionam lojas e serviços de ótima qualidade (lembro-me da Avenida Guararapes tão desvalorizada). O Relogio medieval com marionetes The Zytglogge Tower é um dos marcos referenciais mais importantes da cidade, com sua torre medieval, construída no século 13, que já serviu de prisão, torre de relógio e memorial. O relógio astronômico mostra as horas solares. E as horas astronômicas?


O Relogio Astronômico com mais de 600 anos, é um dos marcos referênciais mais importantes da Cidade Medieval de Berna

Mas, Berna é também a cidade das fontes muito antigas – seculares (um outro tema) – vejam que beleza que é esta fonte.


Berna possui belíssimas fontes seculares.
Outra fonte secular em Berna - Suiça.

O grande Albert Einstein morou em um apartamento, na Kramgasse 49, de 1903 to 1905 (mas permaneceu na cidade até 1909). Os habitantes de Berna se orgulham disso e ganhou mais um título – o de cidade onde foi concebida a Teoria Especial da Relatividade. A casa de Einstein, hoje funciona como um museu muito criativo e interativo.

Ele não era apenas um grande cientista (físico) mas também um grande ser humano. Ele era um símbolo da paz em um mundo que estava direcionado para a guerra (Russel-matemático, filósofo e sociólogo britânico).

Esta é a visão que o cientista Einstein, tinha de sua varanda na Rua Kramgasse, 49. Tudo continua igual.

A sala de visita da casa de Einstein na Gamgrasse, 49 (Berna), onde ele concebeu a teoria da relatividade.
Por falar em Einstein, vocês sabiam que a mulher deste também estudou o mesmo curso na mesma turma e o seu desempenho na universidade comparado ao mesmo era igual ou superior em certas matérias (lá no museu você pode comparar a nota dos dois). Existe algumas especulações de que houve uma contribuição dela na concepção da “teoria da relatividade”.


Espaço de Exibição de Einstein na casa onde ele morou (Berna) de 1903-1905. 

Cantão de Lucerne

Lucerne é a minha cidade favorita na Suiça – pequena, encantadora e com uma paisagem notável. Foi eleita como uma das 50 mais populares destinações turísticas do mundo. Acho que Lucerne possui uma paisagem que harmoniza um lindíssimo conjunto do patrimônio natural (Lago Lucerne, o Monte Pilatus, o Rio Reuss) com um riquíssimo patrimônio construído.

Lucerne é uma cidade encantadora, onde o patrimônio cultural convive de forma harmoniosa com o patrimônio natural.
As suas belas casas antigas, com paredes frontais pintadas como afrescos são incríveis de tão bonitas. Lindíssimas! Nunca tinha visto nada igual.


Casas antigas com pinturas murais em Lucerne - Suiça.

Belíssima pintura mural de uma casa de "tipologia" suiça

Casas do século XV em Lucerne, com fachadas frontais pintadas com desenhos muito originais.


Esta casa com pinturas em Lucerne é uma das minhas favoritas.


 
Um dos mais importantes marcos de Lucerne é a belíssima e antiquíssima Chapel Bridge – Ponte Capela com uma estrutura de madeira construída em 1333 para defender a cidade dos invasores. Podemos atravessar o Rio Reuss por esta ponte coberta de 204 metros. A Torre de Agua de mais de 40 metros e formato ortogonal, ao lado da ponte, compõe um belo conjunto arquitetônico. A ponte é um dos locais mais fotografados da Suiça, o que vocês podem confirmar ao ver apenas uma simples imagem (estou contribuindo para aumentar esta estatística - você também não resistirá ao charme desta cena).
Vista da Ponte Capela em Lucerne.

Lindíssima paisagem que mostra a Ponte Capela (Chapel Bridge) e a Torre de Água em Lucerne. Um dos lugares mais fotografados da Suiça.

Esta ponte possui pinturas do século XVII, que retratam a história do lugar. Pasmem: esta ponte foi quase destruída por um incêndio em 1993 (os incêndios são muito comuns nas cidades antigas da europa) mas foi rapidamente restaurada – você pode ver algumas partes queimadas em preto. Outra qualidade dos suiços – rapidez. Também, eles não poderiam perder um de seus maiores tesouros.


Interior da Ponte Capela em Lucerne, com pinturas belíssimas do século XVII - um incêndio destruiu grande parte desta ponte em 1993. 

MOUNT TITLIS (Fica a apenas 1h30 de Zurich)

Enfrentando uma temperatura de mais de 30 graus (Suiça Tropical?) visitar a montanha Titlis foi uma experiência extraordinária, resgatou uma Suiça, cujas montanhas (nos Alpes) eternamente cobertas de neve fazem parte da identidade da paisagem. A Montanha Titlis, tem uma altura de 3,238 m e um sistema de teleféricos mais antigo porém eficiente. Para chegar lá no topo, você sobe em 3 estágios – até mil e pouco metros de altura, em "vagões" menores (até 4 pessoas), depois você faz conexão com outro – maior – que é o ônibus até mais ou dois mil e pouco e, finalmente, pega a cabine circular giratória que vai até o topo. Lá em cima, tinha neve sim – viva!


Segundo estágio de subida ao Monte Titlis de mais de 3.000 metros (Suiça) - o ônibus.


O terceiro e último estágio para chegar no topo do Titlis (3.238 metros) no veículo giratório (encima).


Lá no topo do Monte Titlis está o Parque Glacier. Viva, em um calor de mais de 30º lá em baixo, tem neve na Suiça Tropical!

Até visitamos a caverna de um glacier (com temperaturas negativas). Você escolhe a cor e a música para apreciá-la.


A caverna dos Glaciers, no topo do Titlis - temperaturas negativas em uma Suiça Tropical. Você escolhe a cor e a música dentro da caverna.

Além de conhecer o padrão classe A de uma área de esportes de inverno no Monte Titlis, também descobri o lado espiritual do Titlis, quero dizer , o “buda congelado”.

Em 1996, o Campeão olímpico – Donghua Li (ginasta chinês em visita ao Titlis) descobriu o Buda do Tiltlis – ele estava se preparando intensamente para participar dos jogos Olimpicos de Atlanta de 1996. Ele viu uma imensa estátua natural de Buda sorrindo e, então, ele pediu para ganhar a Olimpíada - resultado: o Buda atendeu o seu desejo pois além de vencer as Olimpíadas, ganhou vários outros títulos. Ele espera que cada turista, que veja o Buda no Titlis – realize os desejos e tenha felicidade como êle. Espero que sim!


O Buda de Titlis no topo do Monte Titlis - Faça um pedido e será atendido.

Cantão de Ticino

É a parte italiana da Suiça onde estão Bellizona e Lugano. É uma pena que neste dia, o tempo estava nublado e não consegui registrar com mais vigor as cores desta paisagem de lagos e montanhas

Nunca tinha antes ouvido falar de Bellizona. Esta vila encantadora  teve uma posição estratégica  – portão de entrada entre a parte norte e sul dos Alpes - daí ter sido fortemente fortificada por três imensos castelos medievais - Castelli di Cima, Montebello Castelli e Sasso Cobaro Castelli - que hoje são considerados patrimônio da humanidade. No passado, estava sobre o domínio de Milão e só fez parte da Suiça em 1803. Era a antiga rota que ligava a Itália ao resto da Europa.

Hoje, Bellizona é uma charmosa e pacata vila, ao estilo da Lombardia, que recebe muito bem seus visitantes. Minha visita a Bellizona foi muito curta mas ficou o desejo de voltar e conhecê-la um pouco melhor.

Paisagem de Bellizona, vista a partir do Castelli de Cima - cidade medieval com ruas estreitas e três castelos que são patrimônio da humanidade.



Praça em Bellizona - convidando você a sentar e ter uma boa prosa em italiano.
Lugano está situado entre os lagos Magiore e di Como, e a cidade fica à beira do Lago Lugano. É uma das areas de maior turismo popular na Suiça – considerada a Monte Carlo da Suiça. praia da Suiça, rodeado de montanhas. Também tem uma economia forte e é o terceiro centro financeiro da Suiça

O clima é muito animado na orla do Lago Lugano. Muitos barcos e passeios, praia e muita agitação, além de muitos shows no verão, tudo isto a torna, principalmente, um lugar preferido pelos jovens.

O Lago de Lugano é tão grande que uma parte dele fica na Suiça e outra parte na Itália. É a praia da Suiça e um dos lugares menos frios.
Uma das pequenas vilas às margens do Lago Lugano - apreendida a partir de um passeio de barco.
Bem, fico por aqui nesta breve passagem pela Suiça.

Depois vem a França - terceira parte da viagem. Aguardem.

Aguardo contato e comentários de vocês.

Abçs,

Santamaria

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

GRÉCIA 1

O templo de Zeus em Atenas com a vista da Acrópolis ao fundo. Notem os módulos das colunas gregas. Qual é o estilo?



















Olá,

Esta série de imagens de lugares fazem parte de um conjunto que corresponde às minhas férias de julho/agosto de 2010, onde visitei a Grécia, Suiça, França e a Inglaterra, Começo por compartilhar a primeira de uma série de quatro, espécie de síntese, cada qual correspondendo a um País. Depois, tenho a intenção de trabalhar alguns temas que adotei, baseado em algumas peculiaridades do lugar, que me interessaram tais como fontes (Na Suiça), capelas e igrejas em Mikonos e outras mais.

Inicio pela Grécia - a origem/apogeu de quase tudo: democracia, teatro, filosofia, arquitetura... Não foi fácil selecionar 20 imagens da Grécia, que incluem além de Atenas, as Ilhas de Mikonos e Santorini.

Visitar a Grécia sempre foi um sonho que, finalmente, transformou-se em realidade. Alimentava este sonho desde os meus primeiros anos de estudo de História Geral na Escola. Neste tempo, sonhava com os mitos gregos: deuses, semideuses, herois e os pobres humanos sujeitos às horríveis consequências dos emocionais moradores do Olimpo, com todas as suas iras, infidelidades, baixarias...

Foi muita emoção estar nestes lugares da Grécia, cheios de histórias e mitos, significados e cultura onde tropeçamos a cada passo em novas riquezas descobertas e, onde até as estações de metrô são museus que exibem achados maravilhosos. Obras de recuperação estão em toda a parte, parece-me que mais alguns séculos não serão suficientes para manter, achar e juntar as pedras (literalmente - como colunas, blocos,etc que estão espalhadas pelo chão, com numerações para facilitar a montagem) e resolver este grande quebra-cabeça. Arqueólogos estão trabalhando por toda a parte - profissionais extremamente importantes na Grécia (lembro que queria ser arqueóloga, mas não tinha muito futuro no Brasil).

Vejam como eu encontrei o Pathernon em agosto de 2010 (Atenas).    

O transporte na Grécia é realmente eficiente (certamente que a Olimpíada contribuiu prá isso: convivem bem as diversas modalidades de veículos - tram, onibus convencional, metro, trem. Pasmem, o transporte municipal é gratuito (ainda). A crise pareceu ainda não afetar os turistas, mas sim seus cidadãos (funcionários públicos) que perderam mais dois salários ao ano e terão que "apertar os cintos" e perder alguns privilégios também "históricos". O cidadão grego é como o brasileiro, aprecia uma ótima comida, festa, é muito ligado a família e acolhe muito bem os visitantes. A comida é muito saudável, acompanhada sempre por um bom vinho ou cerveja, muita água, pão e azeite de oliva.
Assisti a maioria dos jogos da Copa 2010 na Grécia, e a torcida pelo Brasil foi grande, com exceção do dia em que estávamos cercados por holandeses alaranjados (Naquele dia o Brasil perdeu para a Holanda).

Em Atenas, a Acrópole é o maior espetáculo, este conjunto histórico, localizado no alto de uma colina, domina toda a paisagem da cidade. Alguns séculos não serão suficientes para manter, achar e juntar as pedras (literalmente - como colunas, blocos,etc que estão espalhadas pelo chão, com numerações para facilitar a montagem) e resolver este grande quebra-cabeça. Arqueólogos trabalhando por toda a parte - profissão extremamente importante na Grécia (lembro que queria ser arqueóloga, mas não tinha muito futuro no Brasil).

As Colunas do Templo de Zeus com o Pathernon ao fundo.
As ilhas são espetaculares - as que visitei tem uma população menor do que 10 mil habitantes, mas este número aumenta em mais de 10 vezes durante a alta estação. Não há limite de capacidade de carga.

Adorei a ilha de Mikonos, famosa por seu glamour turístico, inclusive beneficiando ao segmento gay. De fato, setores de praia são reservados para gays, nudistas ou ao mesmo tempo todos estes grupos convivem em todas as praias. Talvez Mikonos seja uma expressão do paraíso pois é o lugar dos grandes complexos de lazer, que reunem todas as atividades em um só lugar: discoteca, supermercado, lojas, etc à beira mar: Superparadise, Paradise... o aluguel da cama/cadeira de praia custava 10 euros (o euro valia 2,5 reais).

Mas, o lugar mais peculiar e surpreendente é a vila de Chora - principal da Ilha. O traçado é orgânico e expontâneo, onde os caminhos são desiguais, estreitos e de largura variável, muitas vezes, sem continuidade... pintados nos rejuntes em branco, como em um labirinto. . . É gostoso se perder em Mikonos e depois se deparar com o mar (tem até uma camiseta que diz: Eu me perdi em Mikonos).

As casas são de pequenas dimensões, sem definição de lotes, em estilo grego (arquitetura cicládica?) todas em branco, em forma de cubo, com janelinhas e portas azuis, com lajes planas, sem telhados com cantos arredondados

Chora: E de repente, uma grande surpresa - o horizonte se abre e deparamos com o infinito do mar, barcos...

O bairro Little Venice é muito lindo e sofre do mesmo problema que a original Veneza que é sempre banhada pelo mar durante as marés cheias.

A parte da vila de Chora denominada "Little Venice" - Pequena Veneza é afetada pelos mesmos problemas que a original - ser banhada pelas águas nas marés altas.

Muito interessante: todos os habitantes de Mikonos mantém o estilo das casas, sem descaracterizar o conjunto - respeitando a unidade e identidade de Chora.


Em Chora: Todo o conjunto é mantido de forma harmônica, mantendo a ambiência apesar dos diversos usos.
Vale a pena chegar em Mikonos! Um dos meus temas fotográficos na ilha foram as capelinhas: centenas delas, pequenininhas e pintadas de branco, tinha até algumas gêmeas.


As pequenas capelas estão em toda a ilha de Mikonos - estas são gêmeas.
As praias são também muito bonitas (atenção aos friorentos: a água não é morna), com areia, talvez um pouco grossa, mas branca, ao contrário de Santorini.

A Ilha de Delos hoje não é habitada - era o santuário dedicado a Apolo e Artemis! Incrível, como é grande e belo este sítio arqueológico perto de Mikonos (40 minutos de barco é claro). Lá moraram muitas personagens ilustres da história - visitamos a casa de Cleópatra.

Em Delos - O Santuário dedicado ao deus Apolo e a deusa Artemis. Visita a casa de Cleópatra
Santorini é uma ilha vulcânica, ao longo da história, as erupções vulcânicas são uma constante na vida destes persistentes e corajosos moradores, parece que a previsão é a de uma erupção a cada 200 anos, a última foi em 1950. Por enquanto, estar em Santorini é seguro. Todo o casario está debruçado sobre a caldeira do vulcão e têm estilo cicládico, encaixado em alguns nichos da rocha. O sítio construído de cor branca contrasta com o preto das pedras vulcânicas e com as águas do mar de um azul profundo. O cenário é deslumbrante!

A vila principal de Santorini é Fira, a capital.


Fira - Vila principal de Santorini, debruçada sobre o caldeirão (do vulcão). As 8h da noite.
Uma outra encantadora vila - Oia (chama-se Ia) é a mais turística e cheia de artistas como em Olinda.
Em Santorini, a vila de Oia (pronuncia-se ia) se debruça sobre o caldeirão.

Em Oia, a paisagem é espetacular, onde as casinhas brancas espiam o azul profundo do mar.
O por-do-sol é a principal atração em Santorini. A luz é fantástica: turistas e  visitantes, em bares, restaurantes, caminhos, telhados preparam-se para assistir este espetáculo cotidiano - só que ele acontece entre 8:30 e 9 horas da noite. Todas as fotos de Fira e Oia (iluminadas com a luz do por-do-sol) foram tiradas entre 8h30 e 9 horas ou mais da noite


Em Oia (Santorini), esta casinha colorida debruçada no caldeirão destaca-se das demais que são pintadas em branco,  com portas e janelas azuis

Por-do-sol em Fira, Santorini as 8h30 da noite. Manequins de uma loja se misturam com as pessoas que se preparam para assistir ao grande espetáculo.

Em Oia (Santorini), muita gente prepara-se para assistir ao maior espetáculo - o por-do-sol, às 8h30 minutos da noite.

Fira (Santorini), após o por-do-sol, as 9h da noite.
Um pequeníssimo problema nesta Ilha é a difícil acessibilidade -O porto fica lá em baixo e a cidade lá em cima: isto quer dizer que temos que escalar em média 600 degraus para ir de um até o outro (nas fotos vocês podem ver as escadarias, o porto com os navios lá em baixo). Solução encontrada: subir ou descer de jumento. Sim, o jumento é considerado imprescindível e é até homenageado nas obras de arte. Santorini é considerada a república dos jumentos. As reproduções, em tamanho natural, dos jumentos feitas por artistas estão espalhados por todos os lugares.

Em Fira (Santorini), as reproduções, em tamanho natural, dos jumentos feitas por artistas estão espalhadas por toda a parte, reafirmando a importância que eles tem na República dos Jumentos (Donkey Republic).

Em Oia (Santorini), outra reprodução em tamanho natural feita por artistas.

No jumento de verdade posei com um velhinho simpático (prá não fugir ao costume), uma das pessoas mais fotografadas da ilha. Ele cobra apenas um euro para a pose e vive dessa renda.

Em Pyrgos (Santorini), no forte de Il Castelli, estou pousando com o velhinho (mais fotografado da ilha) e seus jumentos.
Visitar os vulcões e suas ilhas recem formadas (ainda crianças) Palea Kameni e Nea Kameni é imperdível. A paisagem de semelhança lunar (sem considerar o azul do mar) é de tirar o fôlego. Tem até cheiro de enxofre, esquenta e sai fumacinha em alguns pontos. Espero que o vulcão fique adormecido por muito tempo! Também tem as águas termais, por conta do vulcão.

A Ilha de Palea Kameni - o mais novo pedaço de terra construída a partir de uma das erupções vulcânicas.
Em Palea Kameni - Vulcão de Santorini - Paisagem lunar contrastando com o azul profundo do mar.
As praias de Santorini tem seixos e areias pretas, que fogem do nosso imaginário. Achei interessante a casinha de trocar de roupa, esta idéia poderia ser aplicada nas nossas praias.Também tem as passarelas de madeira prá facilitar a chegada na praia. Incrível que não pensaram nem em um chuveirinho na recente intervenção urbanística em Boa Viagem.

Em Perissa (Santorini): Praia de areias pretas. A casinha de trocar roupa, as passarelas e o chuveirão - poderiam ser utilizados nas praias do Nordeste.
Bem, termino por aqui. Algumas dicas: quem quiser visitar a Grécia deve reservar no mínimo 10 dias, pois o acesso às ilhas requer muito tempo (para Mikonos 4 horas, Santorini: 7 horas) apesar do transporte marítimo ser muito bom! O vinho local de Santorini é excelente (para consumo local), o espetinho de frutos do mar (lagosta, lula, polvo, etc) também, além da moussaka e dos vegetais recheados. "Né" (quer dizer sim!), tentei ensaiar algumas palavrinhas em grego, A não ser os termos médicos (muito semelhantes ou iguais no Português - de origem grega), o resto é grego, quer dizer, completamente intraduzível e impronunciável.

Podem aguardar mais imagens: as próximas imagens vão ser da Suiça.

Abraços,

Santamaria