SEGUNDO ANIVERSÁRIO
Lugares: Reais e Imaginários está fazendo aniversário de 2 anos hoje, dia 23 de agosto de 2012! Até agora são 21 postagens compartilhadas com vocês amigos, conhecidos e não-conhecidos que acompanham o Blog em várias partes do mundo. Ele foi visitado 24 mil vezes o significa quase mil visualizações por mês. Todas as postagens estão disponíveis no “arquivo do blog” - exibido na primeira página. Continuo com o objetivo de mostrar pra vocês as minhas imagens dos lugares que visitei com muito prazer, pois para mim a viagem tem três momentos igualmente importantes: o antes, o durante e o depois. Obrigada pelo apoio!
Se você gostou de Montréal em Canadá 1 - Montréal 1, vai se surpreender ainda mais com esta vibrante metrópole nesta segunda parte: Canadá 2 - Montréal 2.
Foto 1 - A Biosfera - La Biosphère, uma obra de arquitetura inovadora que tornou-se o símbolo de Montréal. |
Montréal se autodefine como o lugar onde os habitantes do mundo se encontram – se reúnem. Pesquisadores de orgãos de turismo oficial de Montréal chegaram à constatação que as seguintes expressões definem o caráter da cidade: abertura, diversidade, espiritualidade, calor humano e animação.
A Bandeira de Montréal expressa a síntese de sua multiculturalidade: é representada pelas flores dos quatro povos que a fundaram: a flor-de-lis para os franceses (Fleur-de-Lis: símbolo tradicional da França real que está na Bandeira da Província de Québec), o trevo (Shamrock) para os irlandeses, o cardo (Thistle) para os escoceses e a rosa (Rose) para os ingleses.
Foto 2 - Aqui, da Montanha Mont-Royal, o descobridor Jacques Cartier ficou deslumbrado pela belíssima vista do rio Saint-Laurent e da paisagem. |
Um aspecto que se destaca em Montréal é a qualidade de seus espaços urbanos e elementos que embelezam a cidade: murais, esculturas, bancos, jardins, luminárias... Não foi surpresa saber que Montréal recebeu o título da UNESCO: City of Design (em português: Cidade do Desenho). Artistas criativos e inovadores exibem seus talentos nos espaços públicos em diversos campos da arte: digital, visual, teatro, design e música.
Foto 3 - A Arte Mural ganha destaque e embeleza a cidade. Rue Duluth. |
Também, há muitos movimentos voltados para promover a arte nos espaços públicos, permitindo o acesso à arte para todos, entre os quais destaco:
O projeto Arte para Todos (Art pour tous) da Universidade de Montréal: http://www.artpourtous.umontreal.ca/
O Movimento pela Arte Pública que busca integrar a fotografia e espaços públicos: www.mouvementartpublic.com
A Arte Mural promovida por uma organização não governamental que completa 5 anos e exibe 30 murais grandiosos e 35 projetos em 14 comunidades: www.mumtl.org. Veja as realizações: http://www.mu-art.ca/realisation/
Foto 4 - Murais grandiosos e coloridos como este estão espalhados em 14 comunidades de Montréal.O mural L'Euphorie des Sages está na rue Prince-Arthur, Mont-Royal e serve de cenário para shows. |
As grandes áreas e bairros de grande interesse turístico apresentados nesta postagem compreendem:
- O BAIRRO MAIS ANIMADO ONDE TODOS SE ENCONTRAM: PLATEAU DU MONT-ROYAL
- A MONTANHA SÍMBOLO DE MONTRÉAL: PARC DU MONT-ROYAL/MONT ROYAL PARK
- PARQUE OLÍMPICO DE 1976 - QUARTIER OLYMPIQUE/OLYMPIC PARK
- UMA ILHA CRIADA PARA A DIVERSÃO - PARC JEAN DRAPEAU
- UM CONJUNTO HABITACIONAL EXCEPCIONAL - HABITAT 67
1 - PLATEAU DU MONT-ROYAL
Este bairro possui um caráter eclético: mistura de estilos e gêneros que pode ser considerado como: “uma pequena esquina do paraíso”. Talvez seja o lugar onde mais se pratica o espírito “de alegria de viver” do quebécois: (em francês: “joie de vivre”).
Foto 5 - Restaurantes de diversas origens disseminam sabores e agradam paladares de todos os tipos como este na rue Saint-Denis, no Plateau Mont-Royal. |
Casas multicoloridas com escadas do lado de fora, balcões de ferro trabalhado e telhados do tipo vitoriano fazem parte do cenário deste bairro. Uma grande concentração de artistas residem neste bairro.
Foto 6 - Casas coloridas, boutiques finas e muitos lugares para degustar fazem parte da rue Saint- Denis. |
Um lugar para apreciar, comer (uma variedade enorme de pratos) e relaxar ao som de shows musicais. O Plateau é o lugar favorito dos habitantes da cidade para conviver e se relacionar. Em sua maioria os restaurantes desta área estimulam você a trazer o próprio vinho (AVV), sigla do francês: Apporter Votre Vin ou em inglês: “Bring your own wine” (BYOW).
Foto 7 - Uma variedade enorme de cozinhas de diversas origens estão na rua Prince-Arthur. |
No início, o bairro era de classe operária, mas durante os anos 60 e 70 artistas, escritores e artistas fizeram desta região a sua moradia e valorizaram esta área da cidade. Hoje. as suas principais ruas estão cheias de cafés, restaurantes, clubes e lojas finas.
Foto 8 - Animação, música e comida é o que não faltam neste trecho do Plateau Mont-Royal. |
O Bairro está situado a leste do Mont-Royal. As ruas principais são: rue Saint-Denis, boulevard Saint-Laurent e avenue Mont-Royal.
Rue Saint-Denis
A rua Saint-Denis possui cerca de 300 boutiques, terraços e restaurantes. Este lugar possui uma vida cultural autêntica e muito animada. Saint-Denis tem até um sítio: www.rue-st-denis.ca
Foto 9 - A rua Saint-Denis é um exemplo de animação e de vida cultural - possui mais de 300 boutiques, bistrôs e restaurantes. |
No trecho entre o boulevard Saint-Joseph - rue Roy, a Saint-Denis é reconhecida pelos seus bares animados, numerosas lojas e bons restaurantes.
Foto 10 - Outro trecho da rua Saint-Denis, que mostra restaurantes e bares nas calçadas.
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La Main: Boulevard Saint-Laurent
Imperdível não conhecer a “Principal” rua de Montréal, o boulevard Saint-Laurent chamada pelos locais como La Main (A Principal). Esta rua é o marco simbólico e histórico do encontro entre a comunidade francófona - leste e a anglófona - oeste. A rua divide o leste-oeste de Montréal no sentido perpendicular ao Rio Saint-Laurent e corta todo o Bairro.
Foto 11 - La Main – a rua “Principal” de Montréal é o boulevard Saint-Laurent, marco simbólico da paisagem e elemento histórico marcante de duas culturas: francesa e a inglesa.
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Foto 12 - O boulevard Saint-Laurent expressa a multiculturalidade do povo canadense em seus negócios de origens do mundo inteiro. |
Foto 13 – O boulevard destaca-se pelo rico patrimônio cultural e histórico e como polo de criatividade. |
Rue Prince-Arthur e Place Saint-Louis
Nos anos 60, a rua Prince-Arthur tornou-se o coração do movimento hippie no Canadá. Hoje esta via é exclusiva de pedestres e oferece uma variedade grande de restaurantes de origens diversas e de opções musicais.
Foto 14 - Rue Prince-Arthur tornou-se o coração do mundo híppie nos anos 60. |
A rua Prince-Arthur termina na sombreada Praça de Saint-Louis, cercada por casarões do século 19 que foram habitados pela burguesia franco-canadense.
A rua Duluth é outra rua bem interessante, com imóveis peculiares, murais e um café português.
Foto 15 - A rua Duluth é um uma rua aconchegante com detalhes construídos incríveis e muitos estabelecimentos portugueses.
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Foto 16 - Uma autêntico café português - o Silveira - na Rua Duluth. |
Um percurso interessante que recomendo é: descer na estação de metrô Mont-Royal e iniciar na rua Saint-Denis, seguir pela rue Duluth, boulevard Saint-Laurent e continuar pela rue Prince-Arthur até a Place Saint-Louis (no sentido anti-horário).
Foto 17 - Mais um mural e estação de Bicicletas – BIXI - na rue Duluth.
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Atenção ao percorrer as ruas de Montréal: atravesse as vias nas faixas sinalizadas. Atravessar no meio das ruas é inflação de trânsito e você está arriscado a sofrer uma multa.
2 - PARC DU MONT-ROYAL/MONT ROYAL PARK
O Parque do Mont-Royal, inaugurado em 1876, é uma
obra de Frederick Law Omsted, o
paisagista do Central Park de Nova
York. Está situada no topo da montanha do mesmo nome - ícone de Montréal - que
possui uma área de cerca de 200 hectares e uma altura de quase 232 metros. Uma
organização - os amigos da Montanha – (em francês: les amis de la montagne) tem
por missão proteger e valorizar esta área. Veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=mYRYfrMrbX4&feature=player_embedded
É o parque preferido dos montréales, onde se pode praticar
inúmeras atividades ao ar livre, piqueniques, caminhadas, ciclismo, etc.
Foto 19 - Lago dos Castores – Lac des Castors/Beaver lake, um lugar excelente para piqueniques, banhos e pedalinhos, bem próximo à Maison Smith no Parque do Mont-Royal. |
Entre os principais
atrativos do Parque estão: A Maison Smith,
O Lac des Castors, o Chalet du Mont-Royal, o belvedere Kondiaronk e a cruz de Montréal. Ao
Norte, encontram-se os dois grandes cemitérios: o católico - Cimetière de Notre-Dame-des-Neiges, onde
estão enterrados personalidades famosas e as vítimas do Titanic (acho que todos
conhecem a história do naufrágio deste transatlântico) e o protestante - Cimitière Mont-Royal, onde também se pratica
a observação de pássaros.
Foto 20 - Cimitière Mont-Royal, o cemitério protestante e lugar muito procurado para a observação de pássaros. |
Na borda nordeste do Parque,
na avenue du Parc, está o monumento a
Georges Étienne Cartier (Criador da Confederação Canadense).
Nesta área acontece aos sábados uma exibição de danças e músicas tribais - “Tam
Tam” e também a feira de artesanato.
Recomendo pegar o ônibus 11 que
corta o Parque e descer em frente ao Cimitière
Mont-Royal e depois seguir em direção à Maison
Smith, que possui uma pequena exposição permanente bem interessante com
achados arqueológicos.
Foto 21 - Maison Smith, um lugar que funciona como centro de informações e um ponto de parada para refrescar no Parque du Mont-Royal. Visite a lojinha no local. |
Foto 22 - Exposição de achados arqueológicos no subsolo da Maison Smith, uma surpresa neste lugar aconchegante e verde. |
Bem próximo da Maison está o Lac des Castores - muito lindo e com uma boa área para piqueniques
e pedalinhos.
Para continuar, volte para a
Maison e siga em direção ao Chalet du Mont-Royal, em frente está o Belvedere Kondiaronk com uma belíssima
vista panorâmica de toda a Montréal.
Se ainda tiver tempo e
disposição vá até o ponto onde se encontra a “Cruz
de Montréal” – neste lugar, o fundador da cidade
Maisonneuve fixou uma cruz (que
carregou até o alto desta montanha) para agradecer o fato da cidade não ter
sido inundada em 1643.
Veja mais sobre o Parque em:
www.lemontroyal.qc.ca. Planeje
o seu passeio com o mapa interativo: http://www.lemontroyal.qc.ca/carte/fr/index.sn
Próximo
ao Parque, no lado norte e no ponto mais alto, está o imponente oratório de São
José - Saint-Joseph du Mont-Royal/Saint
Joseph’s Oratory of Mount Royal em estilo renascentista italiano com uma
cúpula de 97 metros. O oratório tornou-se um centro de peregrinação de mais de
2 milhões de pessoas por ano por conta das curas atribuídas ao fundador
“Brother Andre” (beatificado em 2010) e de Saint-Joseph,
patrono do Canadá. Informações sobre o oratório em: www.saint-joseph.org.
3 - PARQUE OLÍMPICO - QUARTIER
OLYMPIQUE/OLYMPIC PARK
Esta área sediou os Jogos
Olímpicos em 1976. Os principais atrativos são: Stade Olympique e sua famosa Torre inclinada, a Esplanada (local de
espetáculos, atividades físicas e eventos), Centro Esportivo, Biodôme, Jardim Botânico, Insectário e
Planetário.
Foto 27 - Placa Indicativa no Parque Olímpico, área que sediou os Jogos Olímpicos de 1976 em Montréal. |
Você que aprecia a
arquitetura vai se encantar com os edifícios em diversos estilos que foram construídos
para o evento olímpico. A reutilização dos espaços existentes também é motivo
de interesse. Para os que adoram esportes, a área é um espaço para a prática de
esportes de toda a população. Os amantes do “verde” encontrarão centros
voltados para a natureza e museus ecológicos.
O estádio olímpico - desde a
sua construção foi visitado por quase 70 milhões de visitantes. Com capacidade
para 56.000 pessoas ele foi projetado pelo arquiteto francês Roger Taillibert. O estádio é
continuamente adaptado para eventos muito diversificados: salões para
atividades, esportes motorizados, exposições, espetáculos e eventos sociais.
Desde sua inauguração é um dos grandes estádios cobertos mais ocupados do
mundo.
Foto 28 – O Estádio Olímpico é ainda hoje um dos grandes estádios cobertos mais ocupados do mundo, adaptado a uma variedade grande de eventos. |
A Torre de Montréal é
segundo o Guiness – Livro dos Records
- a mais alta torre inclinada do mundo. Tem uma altura de 165 metros e uma
inclinação de 45º. Você pode tomar o funicular e subir até o observatório para
admirar a paisagem magnífica de Montréal (em 360º), visível em até 80km, se o
tempo permitir.
O Centro Esportivo mantém atividades
esportivas, aquáticas e de condicionamento físico, cursos, jornadas para jovens e estudantes. Este lugar
tornou-se um centro de excelência nacional de esportes aquáticos no Québec que abriga
um programa para atletas de alto nível.
Foto 30 - Parque aquático no Centro Esportivo, aberto para o público e centro de excelência nacional de esportes aquáticos que treina atletas de alto nível. |
Outros usos do Parque
Olímpico são: centro de fisioterapia integrativa e multidisciplinar, cinema,
planetário, arena.
O Espaço pela Vida - Espace pour la vie/ Space for Life está
situado em algumas instalações do Parque Olimpico. Compreende 3 grandes
atrações dedicadas à ecologia e meio ambiente: O Biodôme, o Jardin Botanique
e o Insectarium.
BIODÔME
Foi criado em 1992 como um
centro ecológico e de pesquisas. O Biodôme
recria os 4 ecossistemas (fauna e flora) mais bonitos da América: Regiões polares - Antártica e a Artica (Costa do
Labrador), Golfo e Estuário do Saint-Laurent, as florestas temperadas do Saint-Laurent
e a Floresta Tropical, esta última agraciada como tributo por ser a mais bonita
floresta do mundo.
Veja o roteiro de visita no Biodôme: http://www2.ville.montreal.qc.ca/biodome/site/gabarit.php?dossier=visite&page=ecosysteme&menu=ecosysteme
Foto 31 - Espaço do Biodôme - Centro Ecológico que recria os 4 ecossistemas (fauna e flora) mais bonitos da América.
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INSECTARIUM
Descubra o mundo fascinante
dos insetos e a sua função. Assista a exposição: Nós somos os insetos e saiba porque há tantos insetos no mundo.
Também há muitos insetos vivos. Uma das atrações é a Casa das Borboletas.
JARDIN BOTANIQUE
O Jardim Botânico é
grandioso com uma coleção de mais de 22 mil espécies, 10 estufas e 30 jardins
temáticos. Este jardim é considerado um dos maiores (depois de Londres e
Berlim) e mais bonitos do mundo. A qualquer estação você vai encontrar um mundo
de cores e flagrâncias nos seus jardins chineses, japoneses, franceses, jardim
das rosas e jardins das Primeiras Nações. Numerosas atividades científicas, de
horticultura e educacionais, tem lugar neste espaço.
O lugar é imenso, mas existe um transporte que
interliga os diferentes atrativos. Do Biodôme
existe um transporte gratuito que vai até o Jardim Botânico. Para chegar
até o Parque Olímpico é melhor tomar o Metrô e descer nas estações Viau ou Pio
IX.
4 - PARC JEAN DRAPEAU
Dois grandes eventos internacionais contribuíram
para criar este espaço que se tornou a vitrine de Montréal para o mundo:
Exposição Universal de 1967 (Expo 67) e os Jogos Olímpicos de 1976. A Expo 67 contou com a participação de 60
países e foram construídos 90 pavilhões. Mais de 50 milhões de pessoas visitaram
a exposição, um recorde em uma Exposição Mundial. O nome do Parque foi em
homenagem ao Prefeito de Montréal que teve um mandato de quase 30 anos e
projetou a cidade no cenário internacional.
Foto 32 - Placa Indicativa do Parque Jean Drapeau, um dos mais fascinantes parques de diversão de Montréal - "IIhas da Fantasia". |
Esta
imensa área, de cerca de 268 hectares, é formada por duas ilhas do rio Saint-Laurent: Île Sainte-Hélène e a Île
Notre Dame, localizadas em frente ao antigo Porto de Montréal.
Mais
de 28 milhões de toneladas foram necessárias para criar solo/terra. A ilha de Notre-Dame foi inteiramente criada a
partir dos resíduos e rochas retirados das escavações do metrô - foram cerca de
15 milhões de toneladas. A ilha de Saint-Hélène
também foi ampliada.
Hoje
o Parque reúne um espetacular e grandioso complexo social, cultural e de
diversão - a Praia - lugar favorito das famílias de Montréal. Vários eventos
importantes da cidade acontecem aqui: Loto-Québec
International Fireworks (Festival de Fogos de Artifício), Week-ends du Monde (dança, música e
culinária), Week-ends gourmands e a Fête des Neiges (Festival da Neve no
inverno). Um lugar perfeito para divertir-se,
praticar esportes, relaxar e entrar em contato com a natureza e jardins, além
de oferecer uma visão privilegiada da cidade iluminada.
Foto 33 - Vista do Centro de Montréal do alto da biosfera, uma cúpula de 80 metros de diâmetro e de mais de 20 andares de altura. |
O
Parque reutiliza os antigos pavilhões dos países participantes da EXPO 67, com
instalações modernas e uma infraestrutura completa para esportes e diversão.
Foto 34 - A biosfera, uma estrutura complexa que abriga o Museu do Meio Ambiente com atividades criativas que estimulam a agir na defesa ambiental. |
Os
acessos principais de veículos são através da Pont Jacques-Cartier para Île
Sainte-Hélène e da Pont de la
Concorde para a Île Notre Dame.
Você pode vir de metrô, pela linha amarela, e descer na Estação Jean Drapeau, bem próximo à Biosfera.
Vários
passeios de barcos partem do Cais Jacques
Cartier (Vieux Port/Old Port) em direção às ilhas. Veja as opções em Canadá
1 - Montréal 1.
Foto 36 - Barcos que partem do Cais Jacques Cartier no Porto Antigo fazem o percurso entre as ilhas.Ao fundo a ponte Jacques Cartier, cartão postal de Montréal. |
Outra
opção de chegar e conhecer as ilhas é de bicicleta, são mais de 25 km de pistas
exclusivas e três estações do BIXI (sistema público de bicicletas) para aluguel
de bicicletas.
ÎLE
SAINTE-HÉLÈNE
Nesta
ilha os principais atrativos são:
-
a Biosfera (Biosphère), que ocupa o
antigo pavilhão dos Estados Unidos da América, uma imensa esfera projetada pelo
arquiteto Bucky Fuller;
ÎLE
NOTRE DAME
Veja
mais sobre o Parc Jean Drapeau em: www.parcjeandrapeau.com. Veja os atrativos em 360 graus como La Plage: http://www.parcjeandrapeau.com/presentation-360/plage/index.html
A Biosphère - Museu Do Meio Ambiente
Musée de
L’Environment/Environment Museum é um museu dedicado ao Meio Ambiente, o único na América do Norte.
Tem como finalidade encourajar os cidadãos a agir de forma correta em relação
às questões ambientais.
Ocupa
o antigo Pavilhão dos Estados Unidos que tornou-se a sensação e o símbolo da Expo
67. Este Pavilhão recebeu o prêmio de
1968 do American Institute of Architects.
O júri explicou a qualidade e inovação desta obra: as plataformas internas
parecem flutuar e lembra os primeiros
vôos espaciais, uma integração perfeita do interior com exterior.
Foto 37- Museu da Biosfera, que ocupa uma obra prima de arquitetura concebida por Buckminster Fuller, construída a partir de triângulos - considerada a forma perfeita pelo arquiteto. |
Esta
obra prima de arquitetura inovadora e estrutura espetacular foi concebida pelo
arquiteto visionário Buckminster Fuller(1895 -1983), um dos grandes nomes da
história da arquitetura contemporânea. Sua filosofia avançada e ecológica pode
ser resumida em procurar o máximo de eficiência com um mínimo de esforço. A
esfera foi construída a partir de triângulos, considerada a forma perfeita pelo
arquiteto. Mais ainda, a Biosfera é a síntese da proposta do arquiteto: criar
um espaço habitável utilizando um quinto dos materiais utilizados na construção
tradicional.
A
Biosfera possui a altura de um prédio de 20 andares e um diâmetro de 80 metros suportada
por uma estrutura de 600 toneladas. O pavilhão seria desmontado após a Exposição,
como seria a Torre Eiffel, mas ambos
foram “salvos” e permanecem até hoje como marcos da arquitetura contemporânea e
patrimônios da humanidade.
Foto 38 - Uma cúpula com uma estrutura de 600 toneladas que deveria ser desmontada após a Exposição Universal, a exemplo da Torre Eiffel em Paris. |
O
Pavilhão permaneceu desativado por 15 anos, felizmente houve a decisão de
restaurá-lo em 1992 para torná-lo um museu voltado à ação ambiental e educação.
O desafio de sua restauração foi tão grande quanto o de sua construção. O
trabalho foi realizado pelo arquiteto de Montréal, Éric Gauthier, que preservou
o caráter original do edifício e ganhou o prémio Ordre des architectes du
Québec na categoria de Conservação de Arquitetura (1995).
Este
obra também é considerada uma edificação “verde” com tecnologias alternativas,
como o uso de sistemas de refrigeração/aquecimento alternativos a partir de
turbinas eólicas, tetos verdes, jardins internos e re-uso de água. Mais
informações em:
As exposições interativas são muito interessantes e esclarecem de forma
simples importantes questões ambientais, bem como oferecem soluções para a
proteção do meio ambiente.
Entre as exposições do Museu que visitei, destaco:
Finding
Balance/Trouver l’Èquilibre - mostra o impacto do consumo no meio
ambiente e maneiras de viver em harmonia com o meio ambiente.
Foto 39 - A exposição “Encontrando o Equilíbrio” mostra o impacto do consumo exagerado no meio ambiente. |
Water
Wonders/Eau Génie - Oito módulos interativos
oferecem jogos, experiências e desafios para testar suas habilidades sobre o
assunto água.
Foto 40 - A exposição “Maravilhas da Água” convida você a testar a sua habilidade sobre o tema
Água, através de jogos interativos. |
Outfits
from a New Era / Objects Non Enfouis - Um
desafio lançado aos estilistas para desenhar modelos criativos de roupas a
partir de lixo, como baterias, “pele de salmão” e outros resíduos modernos.
Foto 41 - Moda produzida a partir do lixo - um desafio lançado aos estilistas para criar modelos de roupas a partir de lixo.
|
U
Turn/Virage - Ilustra a história da relação
do homem e carro, mostrando o impacto de veículos privados com a saude humana.
Estimula o visitante a refletir sobre soluções de transporte sustentável.
Foto 42 - A exposição Homem Mobilis- o homem em movimento - mostra o impacto da opção do homem pelo automóvel no mundo. |
Foto 43 - A exposição mostra os efeitos da poluição de mais de um bilhão de automóveis jogando gás carbônico na atmosfera. |
No museu, também destaco o espaço das animações científicas, onde
através de painéis interativos os cientistas respondem as suas questões e
dúvidas sobre os temas relevantes.
No exterior da Biosfera está uma exposição de fotos gigantes sobre
Florestas, parte do evento “Ano Internacional das Florestas”, um tributo a
beleza e importância das florestas.
Próxima à Esfera está a Casa Ecológica - Eccoological Solar House/Maison Écologique - que mostra como tornar
“verde” sua casa usando paredes verdes e painéis solares.
Foto 45 - Casa Ecológica foi construída por estudantes em 2007 e está equipada com tecnologias sustentáveis para reduzir o impacto de seus moradores no meio ambiente. |
Foto 46 - Paredes verdes e painéis solares na Casa Ecológica contribuem para reduzir o impacto dos moradores no meio ambiente. |
5 - HABITAT 67 – UM CONJUNTO HABITACIONAL
EXCEPCIONAL
Este
conjunto habitacional está situado entre a Antiga Montreal e a Ilha Santa
Helena, na Cité du Havre, uma estreita faixa de terra construída para
proteger o porto de correntes e gelo.
Trata-se
de um complexo habitacional experimental criado por Moshe Safdie para a
Exposição Universal de 1967. A proposta teve como objetivo desenvolver uma
habitação de alta densidade com tecnologia de produção em massa, para atender
ao tema que abordou a questão da moradia em um mundo globalizado. A proposta de
Safdie combina o uso de estruturas tridimensionais, elementos pré-fabricados,
produção em massa e adaptabilidade.
A
obra foi desenvolvida com módulos tridimensionais pré-fabricados - são 354
módulos de 5,3 x 11 x 3 metros agrupados
(18 tipos de layout), que resultaram em um complexo conjunto de 158 residências
distribuídas em 12 pavimentos, conectadas entre si e dispostas em patamares. O
arranjo parece ser aleatório como em um jogo de armar, entretanto a lógica
(arranjo) permite a privacidade de todas as unidades, com jardins e terraços. A
paisagem para o rio Saint-Laurent e a
cidade é magnífica!
A
construção do conjunto habitacional resultou em alto custo para a disposição
desses módulos em até 12 pavimentos, o que necessitou desenvolver máquinas
especiais.
Desenvolvida
como solução para habitação de uma classe popular, as unidades imobiliárias
alcançaram um valor de até um milhão de dólares.
Foto 49 - O arranjo do conjunto Habitat 67 parece ser aleatório como em um jogo de armar, entretanto a lógica do arranjo permite a privacidade de todas as unidades, com jardins e terraços. |
Para os interessados em
conhecer mais sobre este projeto inovador, ver os Estudo de Casos da
Universidade McGill, com perspectivas tridimensionais em: http://cac.mcgill.ca/safdie/habitat/
6 - OS MEUS FAVORITOS EM MONTRÉAL
Melhor
Praça: Uma para se deslumbrar diante dos diferentes períodos da história da
cidade: Place D’Armes, a outra para
apreciar o movimento e degustar: Place Jacques
Cartier.
Melhor
área para passeios: Passeio ao longo (Promenades)
do Vieux Port.
Melhor
Museu: um museu clássico - Musée de
Beaux-Arts e outro museu inovativo e interativo: Musée d’Archéologie et d’Histoire de Montréal.
Melhor
Arquitetura: La Biosphére.
Melhor
loja gastronômica: Gourmando et Olive
(todos as delícias de uma autêntica patisserie francesa).
Melhor
artesanato: artesanato chique e legítimo de Montréal - Marché Bonsecours.
Melhor
bar: Le Jardin Nelson – na Place Jacques Cartier pela "sangria" e
pelo Jazz.
Melhor
espaço cultural: Place des Arts pela
concentração e variedade de espetáculos.
Melhor
música: O hino do Canadá: Gens do Pays
cantado por Gilles Vigneault: http://www.youtube.com/watch?v=jdf9aqRk--0&feature=related
Melhor
cantora: Céline Dion.
7 - CONCLUSÃO
Com
esta postagem eu concluo as minhas percepções sobre Montréal. Esta cidade
excedeu as minhas expectativas como um lugar rico para explorações e surpresas
agradáveis, graças a uma abundante oferta de opções culturais e de lazer para
todos os gostos e origens. Montréal também me cativou pela riqueza da
arquitetura e dos espaços públicos, conciliando o valor de seu patrimônio
cultural e a modernidade de uma metrópole do século 21.
Na
próxima postagem apresento para vocês a histórica e encantadora cidade de Québec.
Um
grande abraço.
Santamaria
REFERÊNCIAS
As
informações deste blog tiveram também como fontes: material de informação
turística fornecido pelos centros oficiais de turismo da Província de Québec,
sítios indicados nesta postagem e guias turísticos Frommers e Lonely Planet.
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