Finalmente visitei a América do Norte! Fui, adorei e recomendo fortemente conhecer esta parte do continente americano.
Visitar a América do Norte requer a decisão de definir seu raio de ação, isto é, selecionar um conjunto de lugares no mapa que tenham proximidade e ligações diretas para evitar deslocamentos longos e cansativos e otimizar o seu tempo de visita.
Assim, a minha decisão foi visitar a Província de Québec no Canadá: cidades de Montréal e Québec (capital da Província) e a Costa Nordeste dos Estados Unidos da América: cidades de Nova York e Washington.
Foto 2 – Cidade de Québec: encantadora, histórica e com um ambiente ímpar de cidade fortificada. |
Por que Montréal e Québec? Essa
região de cultura francesa, sempre me fascinou pela sua perseverança e coragem
em adotar uma cultura e uma identidade própria, neste caso marcadas por suas
origens francesas, apesar de cercadas por um oceano de influências inglesas. Também
a multiculturalidade, a inovação e a prática dos ideais democráticos me
atraíram.
REGIÃO DE QUÉBEC
CIDADE DE MONTRÉAL
INFORMAÇÕES E SERVIÇOS EM QUÉBEC
O sistema é semelhante ao de muitas cidades como
Paris e Barcelona: você pega uma das 5.120 bicicletas por uma taxa (7$ por 24
horas e 15$ por 72$) em algum dos 411 pontos da cidade e devolve em qualquer um
deles. Mais informações: www.bixi.com. Mas,
atenção, as locadoras concorrentes afirmam que o preço da Bixi não sai por esse valor para turistas, portanto é melhor
analisar os preços praticados. Há várias empresas que alugam e oferecem
passeios de bicicleta como a Ça Roule:
Nas ilhas – Île de Sainte-Helene e Île de Notre-Dame - estão os complexos de jardins e várias estruturas modernas e inovadoras voltadas para o entretenimento: O Parque Jean Drapeau, a Biosfera, o Casino e a Praia. Um paraíso de lazer!
Nos cais você se diverte e parte para passeios e cruzeiros. Numerosas atividades são oferecidas para os visitantes: shows e eventos, restaurantes em terraços com vistas para o Rio. No inverno, esta área transforma-se no maior ringue de ice-skate de Montréal. O maior ponto de concentração de chegadas e partidas é o quais Jacques Cartier, de onde partem os passeios pelo rio.
Que tal
relembrar um pouco de Paris e fazer um passeio de Bateau-Mouche (barco tradicional que faz passeios turísticos no rio
Sena, Paris)?
A opção de 90 minutos custa 15,87$ e faz uma rota muito interessante que permite observar vários atrativos e contornar as ilhas: Île Saint-Helene e Île Notre-Dame. Alguma lembrança de Paris? Mais informações sobre o bateau em: www.bateaumouche.ca.
Há muito mais
opções, com cruzeiros para visitar algumas áreas naturais preservadas, mais
distantes, como Tadoussac, Baie-Ste-Catherine, Fjord du Sanguenay e outras paisagens belíssimas, mais ao norte. Você
pode consultar o serviço do serviço Croisière AML (www.croisieresaml.com).
As esculturas na base do monumento representam cidadãos importantes da antiga Montréal, inclusive a co-fundadora de Montreal e criadora do primeiro hospital (Jeanne Mance) e um bravo guerreiro da tribo iroquois.
Na basílica
acontece o show de luz e som chamado E La Lumière fut (E a luz se fez).
Um espetáculo muito apreciado! Ver: http://www.basiliquenddm.org/fr/evenements/lumiere.aspx
P ara mais informações sobre o Capela e o Museu consultar: www.marguerite-bourgeoys.com.
Foto 3 – Um museu dedicado à América Francesa na cidade de Québec - Musée d’Amérique Française |
Por que Nova
York? Pelo mesmo motivo de milhões de pessoas que se dirigem a esta imensa
cidade: usufruir de algumas de suas milhares opções de entretenimento, arte e
cultura. Do ponto de vista urbanístico, a curiosidade de vivenciar o cenário e
a funcionalidade desta megalópole do novo Continente que tem inspirado e
encantado todo o mundo. Washington? Conhecer
a capital e a sede do país mais poderoso do mundo, além de visitar minha irmã
Nádia.
Agora, vou
apresentar a minha visão do Canadá e da Região de Québec para logo em seguida
apresentar a primeira cidade visitada – Montréal.
CANADÁ
Canadá, com 9.984.670
Km2, é o segundo país do mundo em área territórial (Brasil: 8.514.877 Km2). O país que tem a maior linha
de costa do mundo (202 mil km) é banhado por três oceanos, a oeste, pelo
Pacífico, a leste o Atlântico e ao norte o Oceano Ártico. A sua paisagem é repleta de muitos
lagos (maior país em número de lagos do mundo), cordilheiras, rios, geleiras,
tundras e florestas boreais. Há uma grande variedade de habitats que abrigam espécies de regiões de clima ártico como os gigantescos
“amigos” ursos (polar bear, grizzly bear), os veados (caribou, elk, deers), o
Alce (da família dos veados), lobos e baleias (mais de 22 espécies só na costa
do Atlântico).
O fato de
possuir 35% do país coberto pela floresta boreal, uma exuberante paisagem aliada
à abundância dos recursos naturais e uma localização geográfica, inserida em
grande parte no círculo polar, faz do Canadá o paraíso dos esportes de inverno
e de aventuras (skyiing&snowboarding,
hiking, kayaking&rafting, canoeing, mountain biking & cycling, climbing,
fishing, surfing, windsurfing&kiteboarding). Portanto, se você é adepto
desses esportes, comece a se programar para visitar este país.
Os Parques –
nacionais e provinciais – tem como objetivo preservar a rica biodiversidade e
as área naturais de grande relevância, além de oferecer prática de esportes
revigorantes com uma boa estrutura de camping e de recepção. Só na Província de
Quebec, são 3 parques nacionais e 28 sítios históricos administrados pelo
governo federal e 22 parques provinciais e 16 reservas da vida selvagem geridos
pelas províncias
Para conhecer
mais sobre os parques nacionais e programar sua visita visite: http://www.pc.gc.ca/eng/index.aspx/
e sobre os parques provinciais acesse: www.sepaq.com.
Apesar da
grandeza do seu território, o Canadá de hoje é um país de baixíssima densidade:
3,41 habitantes/km2 (Brasil: 22,5
habitantes/km2). A sua população é de cerca de 34 milhões de habitantes (Brasil:
190.732.694 habitantes) . A grande maioria da população ocupa uma faixa de aproximadamente
150 kilômetros, na fronteira sul e leste dos Estados Unidos da América (maior
fronteira terrestre do mundo), onde se situam as maiores cidades: Otawa
(capital do país), Toronto (a mais populosa), Montreal e Québec. O gelado
Noroeste, onde mora o povo inuit, é
praticamente despovoado.
Foto 5 – Loja de artesanato indígena na cidade de Québec, com produtos dos descendentes das 11 Nações que povoavam o Québec antes da chegada dos europeus. |
O Canadá é um
país muito jovem, de pouco mais de 400 anos de colonização européia, mas é um
dos países mais desenvolvidos do mundo. Possui uma economia diversificada baseada
nos recursos naturais abundantes, no comércio e em indústria de alta
tecnologia. Hoje, é considerado um dos países de melhor qualidade de vida no
mundo. A renda média familiar do canadense alcança cerca de 64 mil dólares
canadenses (em tempo, o dólar canadense tem se equiparado em valor ao dólar
americano).
Foto 6 – Arte em Ação – 10 Anos de Urgência: Uma exposição itinerante promovida pelo Conselho das Artes para conscientizar a população sobre a precariedade social. |
Este país é uma
federação de 11 províncias (divisão equivalente aos estados): Alberta, Colúmbia
Britânica, Ilha do Príncipe Eduardo, Manitoba, Novo Brunswick, Nova Escócia,
Ontário, Québec, Saskatchewan, Terra Nova e Labrador e três territórios: Noroeste,
Yukon e Nunavut.
Terra de muitos
ameríndios, os povos descendentes dos primeiros residentes – que atravessaram o
estreito que separava a Sibéria do Canadá há milhares de anos – são reconhecidos
como as Primeiras Nações. As relações do governo do Canadá com os povos
nativos, apesar de tensas e conflitantes, como na maioria dos países
colonizados, não foram das piores. Apesar da “Lei de Reconciliação” (Statement
of Reconciliation) editada pelo governo, em 1998, assumindo a responsabilidade
pelas injustiças feitas aos povos aborígenes, esta população ainda sofre vários
problemas.
Entre as
chamadas “primeiras nações”, que
representam 4% da população do Canadá, estão os povos da nação Inuit, nativos da região ártica. O mundo ocidental apelidou este povo de “esquimós”,
que moram em iglus (casas de gelo) e comem carne crua, porém esse termo é considerado
pejorativo no Canadá.
A arte dos povos
indígenas tem sido reconhecida, particularmente a dos inuits que se destacam pelos trabalhos de escultura em “pedra-sabão”
representando animais e objetos da cultura indígena. Quer saber sobre a rica arte
dos primeiros canadenses? Veja: http://www.imagesboreales.com/
e http://www.galerielechariot.com/.
A crescente
popularidade do turismo praticado pelos aborígenes tem demonstrado a
determinação desse povo em manter suas raízes culturais. Cerca de 40% das primeiras nações moram em reservas.
Esta tendência de valorização da arte nativa pode ser exemplificada pela Exposição 11 Nations, em Montréal: http://www.11nations.com/EXPOSITION.html.
Foto 7 – A arte dos Povos Nativos é cada mais valorizada e apreciada no Canadá e está exposta em grandes galerias e museus. |
País de duas línguas
oficiais, o francês e o inglês, o Canadá hoje se orgulha de ser um país
multicultural/intercultural e de acolher bem todas as culturas. O Canadá
destaca-se também como o país dos imigrantes. Sua política de estímulo à imigração
tem atraído povos de todo o mundo, incluindo muitos brasileiros. Em 2010, a
população do Canadá estava assim representada por origem: 28% britânica, 23%
francesa, 15% européia e 34% de outros continentes. Esta abertura cultural tem
resultado em atitudes progressivas e pioneiras em relação às questões polêmicas
do mundo atual: imigração, casamento homossexual,
uso de “maconha” e outras.
Em 1867 através
de Decreto (Constitution Act), o governo britânico reconheceu a independência do
Canadá (Dominion of Canada) e, mais de um século depois, garantiu a plena
soberania do país pelo Canadá Act, de
1982. A data oficial do Canadá é o dia Primeiro de Julho (Data de Assinatura da
Lei de 1867).
Hoje o Canadá é
uma democracia parlamentar e uma monarquia constitucional federal onde Rainha
Britânica – Elisabeth II - é chefe de estado, apesar de ter um papel
predominantemente cerimonial e não afetar a soberania do país.
Quer conhecer
mais sobre a fascinante e dinâmica história deste jovem país, através dos olhos
dos seus principais personagens: ameríndios, franceses, ingleses...? Conheça a
famosa série da rede CBC: Canada: A People's History, alguns dos seus
principais episódios (são 17) ou resumos em: http://www.cbc.ca/history/.
A bandeira do
Canadá tem como símbolo a folha da árvore chamada “bordo” (Maple, em Inglês e Érable,
em Francês). O nome científico da espécie é Acer saccharum. Desta árvore
se extrai a seiva da qual se produz o apreciado xarope/açúcar, produzido e
comercializado em todo o país, especialmente na Província de Québec.
Foto 8 – Delícias da Província do Québec: Xarope e produtos da Árvore Nacional – Bordo, Maple, em Inglês e Érable, em Francês. |
O animal símbolo do Canadá é o castor (beaver),
animal que tem a fama de ser muito trabalhador por construir diques e casas. Na
verdade, o castor, nos primeiros tempos, foi objeto de caça e de riqueza para
os exploradores que exportavam sua pele para alimentar a moda européia de chapéus
e outros adereços. Outro animal popular é o famoso Alce – Moose (muito elegante) - retratado na maioria dos souvenirs.
QUANDO IR?
Melhor visitar o
País durante a oficial estação de turismo: que vai de Maio a Setembro. Evite o
inverno pois faz muito, muito frio..., a não ser que você pretenda apreciar os
ursos polares, em seu cenário mais congelado. Na região de Québec, o inverno é
rigoroso e com muita neve, as temperaturas podem variar entre os extremos 40
graus positivos e 40 graus negativos. Mas, no verão, as temperaturas são agradáveis.
Visitei Québec no fim de maio/início de junho e ainda chovia bastante e as
temperaturas estavam em torno de 15 graus.
GASTRONOMIA
O menu nacional
é tão diverso quanto os locais, refletindo uma grande variedade de pratos de
origens diversas enriquecidos por séculos de imigração, asiática e européia. A
imigração mais recente adicionou influências da Ásia em uma cozinha de base
francesa, britânica, grega e italiana.
As grandes cidades do Canadá desenvolveram uma cozinha internacional
renomada. Os chefes de cozinha locais, tratados como estrelas, usam muita criatividade
para inventar novos sabores. Eles disputam os melhores postos de chefs no Canadá – utilizando uma
gastronomia que combina elementos de diferentes tradições culinárias (fusion
food). Esta cozinha inovativa utiliza os
apreciados ingredientes locais nos pratos de origem diversas. Comer fora é uma
tradição e hábito local. Apenas Toronto tem cerca de 7 mil restaurantes a sua
escolha.
Foto 09 –Cozinha para todos os paladares e momentos. Francesa ou Indiana? Coreana ou Polonesa?...Restaurante no Bairro do Plateau – Mont-Royal. |
O Poutine
(prato de batatas fritas cobertas por um molho de carne e queijo), bastante popular
na província de Québec, ganhou fama mundial. Considero uma versão calórica dos
“chips”. Mais sobre o Poutine: http://oitoronto.com.br/12618/poutine-a-orgia-dos-carboidratos/
Na Região de Québec,
especialmente na Cidade de Québec, a culinária de influência francesa
destaca-se para o orgulho de seus cidadãos. Lojas gourmets de tradição francesa
como Bistrôs, Brasseries, Boulangeries, Epiceries, Charcuteries são bastante apreciadas.
Também há uma
grande variedade de pequenas e rústicas vinícolas e microcervejarias locais em Québec.
Foto 10 - 3 Brasseries – Experimente a cerveja artesanal desta rede de estabelecimentos espalhados pelo Canadá. |
INFORMAÇÕES
GERAIS DO CANADÁ
Devido a sua
grande extensão territorial, o Canadá possui seis fusos horários, de leste a
oeste, com uma diferença de quatro horas e meia de uma costa à outra. Atencão
para os horários.
Recomendo alguns
sítios muito úteis para informacões e planejamento:
Sítio do país - canada.gc.ca
Sítio de turismo do país - www.canada.travel
Mapa do Canadá: http://www.worldmapfinder.com/GoogleMaps/Pt_North-America_Canada_Quebec-Province.html
A Província de
Québec é a maior província do país (1,5 milhão de quilômetros quadrados) e a
mais populosa, com quase 25% da população de todo o país. Localizada na parte
leste do País, esta província se estende até o círculo polar com paisagens
deslumbrantes e muitos recursos naturais. É a região de maior influência
francesa, onde cerca de 80% de sua população é francófona, ou seja, de origem
francesa. Suas principais cidades são Montréal
(segunda maior cidade do país, com 3.824.221 habitantes em 2011), segunda
cidade de língua francesa depois de Paris, e Québec, capital da Província, situada mais ao norte (sétima do país
com 765.706 habitantes em 2011). O Rio Saint-Laurent representa mais um forte
vínculo entre as duas cidades que estão cerca de 230 km de distância.
Foto 11 – O rio Saint-Laurent na cidade de Québec, parte de uma paisagem que apresenta uma arquitetura homogênea marcada pela influência francesa, na cidade baixa. |
Foto 12 – O rio Saint-Laurent na cidade de Montréal, parte de uma paisagem de contrastes marcada pelos diferentes momentos de construção da cidade.
|
Esta Província
transpira e exibe com orgulho as raízes francesas na sua arte, arquitetura,
gastronomia, língua, tradições, enfim na sua alegria de viver: joie de vivre.
O francês Jacques Cartier, em 1534, descobriu as
terras que denominou de Kébec
(passagem estreita). Em 1608, Samuel de Champlain funda a cidade de Québec,
como o primeiro assentamento francês permanente na “Nova França”. Em 1610 é a
vez dos ingleses de fundar a primeira colônia britânica no Canadá – em Newfoundland (segunda no Novo Mundo,
depois de James Town). Em 1642, Maisonneuve (navegador francês) funda o
primeiro assentamento Ville-Marie que originou Montréal.
As primeiras
atividades econômicas na região foi o comércio de peles (fur trade). Depois, a região ficou conhecida como Nova França. Em 1759, houve a mais célebre batalha entre os
Franceses e Ingleses no local ”The Plains of Abraham”, na cidade de Québec. Ela
durou menos que uma hora e a França perdeu. Em 1763, no Tratado de Paris, a
França cede as províncias francesas no Canadá para a Grã-Bretanha. O resultado
disso foi uma imigração em massa de ingleses, irlandeses e escoceses. Este fato
pareceu cessar o “ping pong”– alternância entre o domínio inglês e francês e as
batalhas entre anglófonos e francófonos. Entretanto, os habitantes de origem
francesa, jamais aceitaram o domínio inglês e lutaram tenazmente para preservar
a cultura francesa, língua e identidade.
Foto 13 –Do alto do Mont-Royal: Aqui Jacques Cartier subiu o Monte e marcou a posse de uma região que contém uma mais desenvolvidas cidades da América. Uma vista de tirar o fôlego! |
Muitas turbulências
e lutas se seguiram. O presidente da França, general Charles de Gaulle, em
visita à Montréal (1967) ao pronunciar Vive le Québec Libre! reforçou a
identidade e a vontade do povo em afirmar a história e a herança francesa na
região. Esta história de luta é expressa na famosa frase em francês "Je Me Souviens" (em tradução
literal: “Eu me lembro/eu me recordo”, em inglês: I remember), que virou o lema
oficial dos québecois e está presente
em muitos locais e nas placas dos carros registrados no Québec. A controvérsia
foi enorme. Esta expressão foi gravada por Eugène-Étienne Taché, em 1883, em um edifício do
Parlamento, embaixo do símbolo oficial do Canadá. Pode ser interpretada como
uma vontade deste povo de lembrar toda luta e guerra pela liberdade. Também é o
lema do Royal 22º Régiment das Forças
Canadenses.
O sentimento
separatista continuou até recentemente,
quando no último plebiscito, realizado em 1995, um pouco mais de 50% da
população de Quebec decidiu permanecer como parte do país chamado Canadá.
Montréal é a
maior cidade da região de Québec e também a segunda mais populosa do país,
depois de Toronto. O rio Saint-Laurent
banha a cidade de Montréal e também a de Québec. Montréal, apesar de não se
perceber ao olhar, é uma ilha formada pelos rios Saint-Laurent e Otawa. Uma
ilha, cujo cenário harmoniza a ambiência européia com a modernidade da América
do Norte. A multicularidade de Montréal está concretizada nos seus bairros e na
sua arquitetura, seja no quartier latin,
italiano, chinês, português, grego, asiático... O "Mont Royal" impõe-se
na paisagem e empresta o seu nome a cidade “Mont-Royal”.
Foto 15 – Uma metrópole e moderna, mas com uma riqueza cultural que valoriza a memória de suas raízes. |
A vida noturna
efervecente, a renomada gastronomia e uma infinidade de espetáculos podem fazer
você ficar tão entusiasmado a ponto de prolongar sua estadia. Na temporada de
verão, a cidade brilha ainda mais com muitos espetáculos e eventos, concertos
ao ar livre e “performance” nas ruas para todos os gostos, idades e “bolsos”. Destaco
entre os mais famosos e tradicionais eventos realizados entre junho e julho:
Festival International de Jazz/Montréal
Jazz Fest, jazz e soul, (www.montrealjazzfest.com),
Just for Laughs Festival/Just pour Rire,
comédia, (http://www.hahaha.com/en/montreal/overview0;
International Des Feux Loto Québec,
competição de fogos de artifício (http://www.internationaldesfeuxloto-quebec.com/fr/),
Les FrancoFolies, a grandiosa e mais
expressiva amostra da cultura québecois: música, teatro e eventos de língua francesa (http://www.francofolies.com/default-fr.aspx),
que reúnem os maiores astros da “Francofonia” no mundo. Em junho acontece
também a Fórmula 1 ou Gran Prix do Canadá no Circuite Gilles Villeneuve, em honra ao piloto
canadense Villeneuve.
Foto 16 – O Bairro das Artes – Quartier des Arts– complexo de instalações que sedia os grandes espetáculos na cidade. |
Honrando a
tradição dos grandes espetáculos, Montréal é também famosa por ser a sede do Cirque du Soleil (www.cirquedusoleil.com). Este grupo talentoso começou com
artistas de rua em Baie-St-Paul,
uma pequena cidade, à beira do rio, ao norte da cidade de Québec. Nas últimas décadas, esta companhia de sucesso tem redefinido
mundialmente o conceito de Circo. Hoje, são cerca de mil artistas (acrobatas,
contorcionistas, equilibristas, palhaços e dançarinos, etc.) que brilham em 21
espetáculos residentes e em turnê pelo mundo todo. O espetáculo que se
apresentava em Montreal tinha por nome Amaluna.
Um espetáculo vibrante e inesquecível.
Claro que tem
também o festival das artes do Circo: Montréal
Complètement Cirque. Veja mais em:
Quer mais motivos pra visitar
Montréal? Conheça alguns dos muitos títulos conquistados pela cidade e confira
na sua próxima viagem:
·
3ª melhor cidade de verão do mundo (3e meilleure ville d’été dans le monde)
– Lonely Planet
·
Entre
as dez cidades mais ligadas/conectadas (Parmi
les 10 villes les plus branchées du monde) – New York Times.
·
Figura
no 16erank das cidades mais agradáveis de viver do mundo (Figure au 16e rang des villes les plus
agréables à vivre au monde) - The Economist
·
4ª na
lista das 10 melhorescidades do moundo onde se come bem fora de casa (4e dans le palmarès des 10 meilleures villes
au monde où il fait bon manger à l’extérieur)- Frommers
·
8ª na lista dos 10 destinos recomendados
a visitar em 2012 (8e dans le palmarès des 10 destination à voir en
2012) – ShermansTravel
·
Montreal está na lista das 10 melhores cidades
para estudantes do mundo. (Montréal dans le top 10 des meilleures
villes étudiantes au monde) – Quacquarelli Symonds
INFORMAÇÕES E SERVIÇOS EM QUÉBEC
Comece
por uma visita aos Centros de Informações Turísticas. A organização e a riqueza
de informações e facilidades oferecidas impressionam pela eficácia. Um vasto
material turístico, com mapas, informações e
indicações de passeios, está a disposição dos visitantes e turistas.
Aproveite e agende seus passeios no próprio centro.
Problemas com a
língua? Em Québec, fala-se perfeitamente
as duas línguas: o francês e o inglês e é normal que se fale uma terceira. Pra
começar eles se dirigem a você: Français? L’Anglais? E dependendo de sua
resposta eles continuam a conversa.
A seguir listo
os sítios oficiais (todos com versão em ingles e frances), uma fonte garantida
de informação muito útil:
Portal oficial de turismo do governo de Quebec (Província de Québec) - www.bonjourquebec.com. Para ver o mapa clique em map/carte e depois escolha a região
turística: régions turistiques desejada como Montréal.
Portal oficial da cidade de Montréal
- www.tourisme-montreal.org. Agora, você pode pegar o táxi (virtual) e
passear em Montréal: http://www.tourisme-montreal.org/MontrealTV
Ao
chegar em Montreal você encontra o Montréal Tourist Office na Antiga Montréal (Vieux
Montréal), no endereço: 174, Rue Notre Dame
Est e o Old Port Tourist Kiosk no Porto Velho (Vieux Port) no Quai Jacques Cartier.
Foto 18 – O cais Jacques Cartier, um dos vários cais existentes no porto revitalizado. Ponto de informações e saída para passeios no rio Saint-Laurent. |
Se você ficar por 3 dias ou mais na cidade e
pretende visitar 4 atrações ou mais vale a pena comprar o CARTE MUSÉES
MONTRÉAL/MONTRÉAL MUSEUM PASS,
que custa (60$) e é valido
por 3 dias consecutivos, permitindo o acesso a 38
museus. O sítio dos museus é: www.museesmontreal.org. Se
adicionar mais 5 dólares você tem uso ilimitado do sistema de transporte
(ônibus e metrô) pelo mesmo período.
Foto 19 – Québec possui museus inovativos e criativos que usam recursos tecnológicos para contar a história e mostrar o rico patrimônio do lugar. Musée Charles Ramezay. |
As taxas
que incidem sobre preços de serviços e produtos são elevadas e as gorjetas para
serviços de táxis, restaurantes e hotéis também são. Talvez seja bom lembrar
que os serviços de alta qualidade para os cidadãos e turistas são financiados
com esses recursos. Existem duas taxas: federal e local, que incidem perto de
20% a mais no preço.
COMO CHEGAR
E SE ORIENTAR EM MONTRÉAL
Do Brasil chega-se
à Montréal através de conexão em Toronto. O Aeroporto de Montréal - Pierre
Elliott Trudeau International Airport (YUL) - fica acerca de 20km a
oeste do centro da cidade. Para informações sobre o Aeroporto: www.admtl.com. É importante informar que se
você estiver seguindo para os Estados Unidos da América, a partir de um
aeroporto canadense, todo o controle de imigração é realizado no próprio
aeroporto do Canadá. Portanto, reserve mais tempo.
Ao chegar no
Aeroporto, você pode pegar ônibus especial expresso - 747 - do Aeroporto para o Centro, que tem como destino a Station Centrale de l’Autobus (Central
Bus Station, 505 Blvd de Maisonneuve Est). Os serviços são frequentes (10 ou 12
minutos, no período de 8:30 às 20:00) e leva cerca de 35 minutos até a parada
final. No próprio aeroporto você compra o ticket para um dia de uso do
transporte que custa 8$ dólares canadenses ou para 3 dias de uso que custa 16$.
O cartão permite acesso a todo o sistema de transporte: metrô e ônibus. Uma
opção mais vantajosa é adquirir o Cartão combinado para museus e transportes - Carte
Musées Montréal. Este cartão só é encontrado nos Centros de Informações
Turísticas, fora do aeroporto.
O sistema de
transporte é muito eficiente, administrado pela empresa STM. O serviço de metrô funciona muito bem e é muito fácil de
entender: uma boa alternativa para alcançar os principais atrativos. Veja
informações e mapa interativo no portal oficial: http://www.stm.info/
O sistema de
transporte por ciclovias – BIXI (nome formado pela primeira
sílaba de Bike e última de Taxi) – em Montreal (2009) é considerado
excelente, não apenas para recreação, mas como transporte regular. A topografia,
em sua maioria plana, favorece a “pedalada”.
Foto 20 – O sistema de transporte por ciclovias – BIXI (nome formado pela primeira sílaba de Bike e última de taxi) – em Montreal (2009) é considerado excelente. |
Com um traçado
regular e ortogonal, a cidade de Montréal é marcada por ruas muito longas perpendiculares
ou paralelas ao Rio St-Laurent. Por isso, é fácil se orientar em Montréal.
O sol se põe ao
sul, no rio Saint-Laurent, o maior marco referencial natural da cidade, que
corre no sentido norte-sul, no trecho central da cidade. O eixo referencial mais
famoso é o boulevard Saint-Laurent, conhecido como o Principal – Le Main, que corre perpendicular ao
rio, no sentido leste/oeste. Esta famosa via é considerada o divisor simbólico
das áreas de influência francesa (leste) e Inglesa (oeste). Todas as edificações
são numeradas a partir desse eixo e adicionam ao nome da rua o termo leste
(est) ou oeste (ouest). Observe que tanto nomes como símbolos da cultura
francesa são mais frequentes na parte leste, enquanto na parte oeste predominam
aqueles de origem inglesa, expressando a influência cultural de seus antigos
moradores.
As principais
ruas, muito longas, no sentido norte-sul são: rue Rene-Lévesque, rue Ste-Catherine, boulevard de Maisonneuve e rue Sherbrooke. No sentido leste-oeste,
as mais conhecidas são: rue Crescent, rue
McGill, boulevard St-Laurent e rue
St-Denis.
Foto 21 – Rue Crescent no Centro de Montréal: Vários bares e restaurantes de arquitetura vitoriana - Rua muito animada! |
COMENDO EM MONTRÉAL – UM MUNDO DE SABORES
Uma alternativa
mais econômica para comer é escolher a modalidade de menu Table d’Hôte – tem uma quantidade limitada de pratos, mas o preço é
fixo. Representa o contrário de “a la carte”.
Indico algumas encantadoras
áreas que visitei e onde se concentram muitos restaurantes e bares além de bistros, épiceries, boulangéries,
charcutéries à semelhança de Paris. São lugares para sentar, comer e
apreciar a paisagem:
Rue
Saint-Denis/Boulevard Saint-Laurent/Rue Duluth – Um
circuito multicultural, de animação e de muita comida.
Rue Crescent: Vários bares e restaurantes de arquitetura vitoriana – Rua muito
animada!
Place Jacques
Cartier: O Coração da Montréal Antiga, ponto de
concentração e animação, com vendedores, artistas, muitos bares e restaurantes.
Rue Saint-Paul: A rua mais antiga de Montréal com muitas galerias de arte,
boutiques, restaurantes e cafés e patisseries.
Foto 22 – Rue Crescent no centro: Uma rua pra descontrair e aproveitar todas as horas do dia. |
A seguir
apresento alguns lugares que experimentei e recomendo:
Jardin Nelson – Assista a
um show de jazz ao vivo enquanto toma um coquetel (a sangria é ótima) e
saboreia um delicioso prato. Onde: 407, place Jacques Cartier. Sítio: http://www.jardinnelson.com/.
Les Trois Brasseurs (rede
de microcervejaria). Para quem gosta de cerveja comece com: Et-Cetera (4 tipos diferentes de cerveja
: branca, loura, ambar, marrom) para degustar e, se gostar, escolher depois: Un Mètre de Bière (10 copos). Experimentei
a Homemade Flammekueche (espécie de
pizza bem fina, crocante e deliciosa). Onde: 105, rue Saint-Paul, Est. Sítio: http://les3brasseurs.ca/.
Olive et Gourmando –
Ótimos sanduiches, salgados e doces. Os produtos de pâtisserie são deliciosos! Experimentei o delicioso: chausson aux pommes, avec sucre à la canelle
(tipo de doce folhado de maçã e canela). Onde: 351, rue St-Paul Ouest. Sítio: www.oliveetgourmando.com
SCHARTZ’S (Charcuterie
Hébraique de Montreal). Funciona desde 1928 e serve como prato principal a tradicional
receita hebráica de carne defumada. Considerada a melhor carne defumada pelos frequentadores,
incluindo os famosos clientes. Serve esta carne fatiada no pão e fritas. É um local
muito simples e muito movimentado. Onde: 3895, boulevard St-Laurent, Plateau
Mont-Royal. Sítio: http://www.schwartzsdeli.com/index2.html.
Les Délices d’Érable é um lugar indispensável para conhecer o gosto
autêntico do famoso e tradicional ingrediente da gastronomia local:
xarope/mel/açúcar (sirop d'érable/maple syrup), produzido da árvore nacional -
o Bordo. A loja oferece uma grande variedade de produtos à base do ingrediente
e abriga um museu sobre o assunto. Onde: 84, rue
St-Paul Est.
Quer conhecer
mais? http://www.mapledelights.com/sirop-erable/index.aspx
PRINCIPAIS ÁREAS
E ATRATIVOS EM MONTRÉAL
Montréal reflete
as paisagens culturais dos povos que a formaram, expressas no centro da cidade
(Centre-Ville/Downtown) e nos seus
bairros Quartier Chinois/Chinatown e Little Italy. O Centro concentra grande
parte dos museus, centros comerciais e financeiros.
O patrimônio
histórico cultural de maior peso encontra-se na Vieux Montréal/Old Montréal. É também onde se encontra o porto revitalizado
– Vieux Port/Old Port. A área inclui
prédios históricos reutilizados, novos pavilhões com muitas opções de atividades
e uma imensa área de jardins. Um lugar fascinante!Foto 23 – Muitas opções de lazer no Antigo Porto como o Museu de Ciências de Montreal – Um lugar para esquecer o tempo e se divertir! |
Nas ilhas – Île de Sainte-Helene e Île de Notre-Dame - estão os complexos de jardins e várias estruturas modernas e inovadoras voltadas para o entretenimento: O Parque Jean Drapeau, a Biosfera, o Casino e a Praia. Um paraíso de lazer!
O bairro chamado
Plateau Mont-Royal (Planalto) é um dos lugares mais habitados e dinâmicos de
Montréal. Expressa a essência da multiculturalidade de Montréal. Casas de
estilo vitoriano, cafés, livrarias, galerias de arte e a universidade McGill colaboram para o clima: romântico
e boêmio.
Um pouco mais afastada
do centro, no sentido noroeste, está o bairro de Cote-des-Neiges, que abriga Mont-Royal e o Parque do mesmo nome. Mais
a nordeste está o bairro de Maisonneuve,
onde se encontra o famoso Parque Olímpico
e o Jardim Botânico.
Para conhecer
Montréal você precisa percorrer os seus caminhos a pé. Então vai descobrir uma
cidade cheia de história e muita cultura ao caminhar: ruas de pedras antigas,
edifícios vitorianos, igrejas de estilo gótico, arranha-céus modernos e muitos
parques. Visite os mercados, as feiras e as ruas de Montréalà noite, iluminadas
e resplandecentes – outro cenário. A simpatia do seu povo é contagiante e a beleza
natural e cultural do lugar é surpreendente. Você vai amar.
Foto 24 – Muitos caminhos e perspectivas para explorar Montréal. Caminhe, pedale, navegue... |
Para
facilitar, recomendo planejar a sua
visita considerando as seguintes áreas, as duas primeiras (em destaque) são
objetos nesta postagem: CANADA 1 – MONTREAL 1 e as demais serão apresentadas na
próxima vez: CANADA 2 – MONTREAL 2
1 – A Antiga Mont Royal: Vieux Montréal/Old Montréal
(View Port/Old Port; Place D’Armes; Place Jacques Cartier; Place
Royale/Place d’Youville)
2 –O Centro da Cidade: Centre-Ville/Downtown (Quartier Latin, Le Village,
Quartier Chinois/Chinatown, Quartier des Spectacles)
3 – Plateau Mont-Royal (La
Main: Boulevard Saint-Laurent eRue Saint-Denis)
4 – Parque do Mont
Royal : Parc du Mont Royal e
entorno
5 – O Parque Olímpico: Quartier Olympique/Olympic Parc
e entorno (Hochelaga-Maisonneuve)
6 – As Ilhas e o Parc Jean-Drapeau
1 – A ANTIGA MONTRÉAL : VIEUX MONTRÉAL/OLD MONTRÉAL
Vamos começar
pela Velha Montréal, que retrata o passado vivo da cidade, onde tudo começou e
se estabeleceu. Foi aqui que Paul
Chomedey de Maisonneuve subiu o
Rio St-Laurent, em 1642, desembarcou e fundou Ville-Marie, o primeiro
assentamento que originou Montréal. Para explorar mais esta área histórica e
seu rico patrimônio recomendo consultar: www.viewmontreal.ca.
Esta área que
começa, às margens do rio St-Laurent tem como limite leste – os cais/bacias e
como limite oeste a rue Saint-Antoine (paralela ao rio). São também paralelas
ao rio, as suas ruas mais movimentadas e encantadoras: rue Saint-Paul (a rua
mais antiga) e a rue de Notre-Dame. Muito fácil de percorrê-las a pé, de bicicleta,
carruagem, quadriciclo, skate.
Identifico
quatro grandes pólos de animação e de entretenimento nesta área: o Antigo Porto e mais três praças
históricas que estão próximas (em um raio de, no máximo, 500 metros): Place
D’Armes, Place Jacques Cartier e Place Royale/Place d’Youville.
VIEUX PORT/OLD PORT
O Velho Porto estende-se por mais de 2,5 kilômetros ao longo do rio St-Laurent e compreende quatro grandes cais, no
sentido sul-norte: Alexandria, King-Edward,
Jacques-Cartier e o de L’Horloge.
Foi aqui que chegaram os fundadores e colonizadores e onde a cidade começou,
mais precisamente em frente ao cais King-Eduard.
Passeie pelo imenso parque linear com vistas da cidade e do rio e seus
principais monumentos. Há espaços para passeios, ciclismo, piquenique,
navegação, caminhadas pelo rio, cinema, etc.
Foto 25 –Um imenso parque linear com vistas da cidade e do rio e seus principais monumentos como o Marché Bonsecours. Há espaços para passeios, ciclismo, piqueniques...
|
Nos cais você se diverte e parte para passeios e cruzeiros. Numerosas atividades são oferecidas para os visitantes: shows e eventos, restaurantes em terraços com vistas para o Rio. No inverno, esta área transforma-se no maior ringue de ice-skate de Montréal. O maior ponto de concentração de chegadas e partidas é o quais Jacques Cartier, de onde partem os passeios pelo rio.
Para maiores informações sobre os
cais do Antigo Porto consulte: www.quaisduvieuxport.
Foto 26 – O maior ponto de concentração de passeios e cruzeiros. Vista do Cais Jacques Cartier. |
Foto 27 – Angela e eu registrando o passeio no Bateau Mouche. |
A opção de 90 minutos custa 15,87$ e faz uma rota muito interessante que permite observar vários atrativos e contornar as ilhas: Île Saint-Helene e Île Notre-Dame. Alguma lembrança de Paris? Mais informações sobre o bateau em: www.bateaumouche.ca.
O Passeio foi
maravilhoso!
Foto 28 –Ponte Jacques Cartier vista do Bateau Mouche – um dos cartões postais da cidade que leva até as ihas.
|
Você pode
explorar o rio sem poluição e barulho navegando com o Le Petit Navire, um
pequeno barco movido a eletricidade. A duração é de 45 minutos e custa 18,70$
Veja: www.lepetitnavire.ca.
Foto 29 – Uma opção verde: o pequeno barco Petit Navire, movido a eletricidade, faz passeios pelo rio. |
Se você está a
procura de aventura e emoção, navegue de “jet boat” no Rapides de Lachine. Informações
em: www.sautemoutons.com.
Um atrativo que vale a pena visitar é a torre do relógio - Tour de L’Horloge/Clock Tower - no quai
d’Horloge. Ela foi construída em 1922 para homenagear os marinheiros que
morreram na primeira guerra mundial. Do alto, observe as panorâmicas vistas do
rio e da cidade.
Foto 30 - A torre do relógio - Tour de L’Horloge/Clock Tower foi construída para homenagear os marinheiros que morreram na Guerra.
|
Um outro local que
atrai numerosos visitantes, principalmente jovens, é o Centro de Ciências de
Montréal - Centre des Sciences de Montréal - situado no Quai King-Edward. O Centro tem uma
proposta original, inovadora e interativa de explorar ciência e tecnologia.
Utiliza exposições de multimídia e oferece cinema em uma tela de mais de 7
andares de altura com tecnologia IMAX e 3D. Imagine assistir o “homem das
trevas” - Batman (The Dark Knight
Rises) em IMAX.
Para maiores informações sobre o
Centro e atrações :
Foto 31 - Muita tecnologia e multimídia para explorar a ciência e um telão especial para as emoções da arte do cinema (Centre des Sciences de Montréal).
|
No extremo sul
do cais do Porto está o Canal de Lachine (14,5km), concluído
em 1825 para permitir o acesso por água, às áreas mais interiores da cidade evitando
a força dos ventos. Hoje as suas margens se transformaram em um imenso parque
linear: um excelente lugar de passeios a pé e de bicicleta.
PLACE D’ARMES E ENTORNO
Esta praça foi o
lugar do núcleo primitivo de Montréal, onde em 1642, Maisonneuve lutou e venceu os nativos Iroquois e estabeleceu a Ville-Marie. Representa o coração da
cidade e o lugar simbólico dos primeiros tempos de vida da cidade.
Foto 32 - Place D’Armes. O coração da cidade é o lugar simbólico dos primeiros tempos de vida da cidade. |
No centro da
Praça está a estátua do fundador e na sua base pode se lido em francês
(tradução literal): “Você é a semente de trigo que crescerá e multiplicará e
espalhar-se-á por todos os lugares do país.”
Foto 33 - Maisonneuve o fundador de Montréal na Place D’Armes. As esculturas na base representam cidadãos importantes da antiga Montréal.
|
As esculturas na base do monumento representam cidadãos importantes da antiga Montréal, inclusive a co-fundadora de Montreal e criadora do primeiro hospital (Jeanne Mance) e um bravo guerreiro da tribo iroquois.
A paisagem
edificada, no entorno da praça, representa a memória dos diversos períodos de
história de Montréal: a primeira grande igreja, o primeiro edifício da cidade,
o primeiro arranha-céus e o primeiro banco.
A Basílica de
Notre-Dame (Notre-Dame
Basilique/Notre-Dame Basilica) domina o centro antigo pela sua majestosa
arquitetura neogótica. Foi construída em 1829, no lugar de uma antiga capela, para
servir a uma cidade grande e desenvolvida com lugar suficiente para abrigar
4.000 fiéis. Foto 34 - A Basílica de Notre-Dame (Notre-Dame Basilique/Notre-Dame Basilica) domina o Centro Antigo pela sua majestosa arquitetura neogótica. |
O seu interior é
magnífico, com belos vitrais, pinturas e esculturas, o templo possui um órgão
musical famoso (Casavant) e o maior sino da América do Norte (Gros Bourdon). A
brilhante e colorida decoração atual (1870-1900) foi inspirada no simbolismo da
Sainte-Chapelle de Paris.
Foto 35 - O interior magnífico da Basílica de Notre-Dame (Notre-Dame Basilique/Notre-Dame Basilica) inspirada no modelo da Sainte-Chapelle de Paris. |
Foi um arquiteto
americano de origem irlandesa (James O’Donnell) e de crença protestante que
projetou este excepcional templo.
Conta-se que O’Donnel foi transformado por esta experiência e se converteu ao
catolicismo.
Este ambiente
imponente e brilhante tem sido cenário de ocasiões importantes na vida dos
canadenses como o casamento da famosa cantora canadense Céline Dion e o funeral
do aclamado Primeiro Ministro Pierre
Trudeau que contou com a presença dos mais importantes chefes de estado da
época.
Por tras do
altar principal está a belíssima e moderna Chapelle
du Sacré Coeur/Sacred Heart Chapel, reconstruída em 1982, a preferida dos locais
para casamentos importantes, mas íntimos. O altar apresenta 32 impressionantes
painéis de bronze, representando o nascimento, vida e morte (Charles Daudelin)
Foto 36 - a belíssima e moderna Chapelle du Sacré Coeur/Sacred Heart Chapel, reconstruída em 1982, a preferida dos locais para casamentos importantes, mas íntimos. |
Sobre a basílica recomendo ver: www.basiliquenotredame.ca
O Antigo
Seminário - Vieux Séminaire de
Saint-Sulpice/ Old Seminary – é a edificação mais antiga de Montreal. Foi construído
em 1684 para a educação de padres que tinham como missão trabalhar com os
aborígenes. Seu relógio é de 1710 e os jardins são considerados os mais antigos
da América do Norte. A obra foi modificada por diversas vezes e serviu de
residência dos senhores de Montréal nos séculos 17 e 18.
O Museu do Banco
de Montréal – Musée de la Banque de
Montréale/Bank of Montreal Museum – funciona na edificação (semelhante a um
templo) que abriga o primeiro banco do Canada (1817). O interior, em mármore, apresenta
uma exposição de notas bancárias, documentos e objetos utilizados no serviço
bancário do século 19.Foto 37 -O primeiro banco do Canada (1817) em uma edificação semelhante a um templo. |
New York Life Building – O
primeiro arranha-céus da cidade (1888) é um edifício em arenito vermelho de 8
pavimentos. Foi o primeiro a ser equipado com uma maravilha tecnológica da
época: o elevador.
Alfred Building – Foi inspirado
no Empire State Building, o edifício
símbolo de New York. Foi construído em
1931, na mesma época do Empire, por uma
companhia financeira que também tinha escritórios em Nova York, Londres e
Paris.Foto 38 - Os primeiros arranha-céus do novo mundo: o prédio da direita tem alguma semelhança com o Empire State Building? |
PLACE JACQUES-CARTIER
Esta praça foi
originalmente o mercado aberto da cidade, criado no século 19 (1804). A praça é
dominada pela estátua do almirante inglês Nelson que venceu os franceses na
batalha de Trafalgar.
Foto 39 - Praça Jacques Cartier no coração do porto antigo. No eixo central está a estátua do almirante Nelson, que venceu os franceses na batalha de Trafalgar. Imagine os conflitos! |
Esta área
estreita, situada entre a rue de Notre-Dame (oeste) e o Rio (leste), é o ponto
focal de muitas atividades e de muito movimento: lugar de encontro e palco das
festividades. Artistas, vendedores, turistas e locais disputam esse espaço tão
dinâmico. Os restaurantes situados nas suas bordas debruçam os terraços para a
praça.
Foto 40 - Praça Jacques Cartier – ponto de encontro e palco de muitas festividades! |
Um ótimo lugar
para tomar um coquetel, apreciar o movimento e se encantar. A rue Saint-Paul, corta esta praça e atrai
parte do fluxo, nas quadras próximas. Na sua parte sul, carruagens são
oferecidas para passeios aos turistas.
Foto 41 - No extremo sul da Praça Jacques Cartier – carruagens para passear! |
Basta atravessar
a rue de
la Comune (rua ao longo do rio) e você chega
ao Pavilhão Jacques Cartier e a área
arborizada do Porto.
Quer ver a Praça
ao vivo? Então acesse: http://www.placejacquescartier.com/
Alguns atrativos encontram-se nas
proximidades: O museu do Chateau Ramezay,
Hôtel de Ville, Marché Bonsecours e Chapelle
Notre-Dame-de-Bonsecours.
No Musée du Chateau Ramezay (1705), você é convidado a penetrar na
história de Montréale visitar o primeiro edifício classificado como monumento
histórico na província de Québec. A casa foi residência deClaude de Ramezay (11º governador da colônia) e de outros
governadores franceses por mais de 40 anos. Benjamim Franklin (um dos
principais líderes da revolução americana) hospedou-se aqui por várias semanas
tentando convencer (mas não conseguiu) os québécois a apoiar os colonos
americanos na sua luta pela independência.
Foto 42 - No Musée
du Chateau Ramezay (1705), você é convidado a penetrar na história de
Montréal e visitar o primeiro edifício classificado como monumento histórico na
província de Québec!
|
O museu utiliza exibições,
circuito multimídia e animadores caracterizados e espaços mobiliados daquela
época para que você vivencie o contexto histórico. Aprecie o Jardim dos Governadores
– Jardin des Governeurs. Este Chateau
foi eleito por uma comissão de experts em colaboração com a UNESCO como um dos
1001 lugares históricos que devem ser vistos antes de morrer. Onde: 280, Rue de
Notre-Dame, Est.
Foto 43 - Musée du Chateau Ramezay (1705): Painel ilustrativo sobre o Jardim dos governadores – Jardin des Governeurs. |
Conheça mais da história e do
exemplo da utilização de tecnicas de interpretação do patrimônio para o
turismo, tão desenvolvida nesta região do Canadá:www.chateauramezay.qc.ca
Hôtel de Ville - A sede do Governo
local, situada na parte nordeste da Praça, rue
Notre-Dame Est, impõe-se na perspectiva da Praça.
Foto 44 - A imponente sede do governo local - Hôtel de Ville, visto da Place Jacques Cartier |
O Prédio (1878) teve como modelo a
Prefeitura de Tours na França (estilo
francês do segundo império) e exibe a riqueza e confiança do povo. Do seu
balcão, o Presidente francês pronunciou (1967) para uma multidão que o
aplaudiu: Vive le Québec Libre!
Foto 45 - Hôtel de Ville – Deste balcão o Presidente francês pronunciou (1967): Vive le Québec Libre! para uma multidão emocionada.
|
O Mercado - Marché Bonsecours – extraordinário e imponente edifício com sua esplêndida
cúpula prateada é um dos marcos mais reconhecidos na paisagem, inclusive servia
de referência para os marinheiros. Foi inaugurado em 1847 e é reconhecido como
um dos dez edifícios mais bonitos do Canadá. Tem estilo clássico e foi sede do
parlamento (1849) e da prefeitura (1852-1878).
Foto 46 - O Mercado - Marché Bonsecours– extraordinário e imponente edifício – um dos dez edifícios mais bonitos do Canadá. Um mercado fino de boutiques e arte feita no Canadá. |
Não é um mercado de frutas e
verduras! Hoje abriga cafés, restaurantes, boutiques finas que exibem e
comercializam desde artesanato até objetos de arte de artistas locais e
nativos, artigos de moda, joias, bijouterias e outros. Apresenta exibições de
arte dos premiados artistas locais. Você encontra 15 lojas de criações “made in
Québec”, de alta qualidade e autênticas. Lá você encontra também jóias com a
belíssima e rara pedra preciosa do Canadá: amolite. Veja que maravilha de gema:
http://bocaberta.org/2010/01/a-mais-rara-pedra-preciosa.html.
A Capela - Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours- foi por mais de 350 anos, a jóia
do patrimônio de Montréal, ocupando um lugar especial no coração dos
residentes. A tumba de Santa Marguerite Bourgeoys(1620-1700) que fundou a
Congregação de Notre-Dame no Canadá, está no lado direito do altar. Ela foi a
primeira santa do Canadá e era considerada a “Mãe da Colônia”.
Adjacente à Capela, funciona o Museu - Musée Marguerite-Bourgeoys – com salas, esposições e um sítio arqueológico de mais de 2400 anos de história. A torre oferece uma vista espetacular do rio Saint-Laurent. Onde: 400, rue Saint-Paul Est.
Foto 47 - Chapelle Notre-Dame-de-Bonsecours construída pela primeira santa do Canadá - Santa Marguerite Bourgeoys (1620-1700) |
PLACE ROYALE/PLACE D’YOUVILLE
A praça Royale foi o lugar de fundação da
cidade. Considera-se que muito raramente uma cidade pode identificar o lugar
exato de seu nascimento. Montréal fez isso e exibe para o público os traços e
vestígios concretos de sua fundação. Este lugar denominado Pointe-à-Callière foi um lugar frequentado pelos canadenses nativos
por cerca de 2500 anos.
Foto 48 - Lugar exato de seu nascimento de Montréal – Praça Royale, lugar frequentado pelos canadenses nativos por cerca de 2500 anos. |
O testemunho desta
ocupação é apresentado no Musée
d’Archéologie et d’Histoire (1982). Considerado o único museu do mundo que
está erguido em cima de um sítio arqueológico autêntico. O museu cativa o
visitante pela maneira de apresentar a história, com modelos interativos,
projeções, vozes, figuras virtuais,etc. Por fim oferece uma visita ao subsolo onde
podem ser vistos os achados arqueológicos: o primeiro cemitério europeu na
America do Norte e sistemas de galerias de esgoto. Outro modelo de museu que
utiliza o planejamento interpretativo aplicado ao patrimônio histórico e
cultural. Onde: 350, Place Royale.
Foto 49 - Musée d’Archéologie et d’Histoire (1982). Considerado o único museu do mundo que está erguido em cima de um sítio arqueológico autêntico.
|
O museu tem quatro
componentes: o Prédio Principal em formato triangular – l’Éperon que ganhou vários prêmios de arquitetura (onde fica a entrada),
o conjunto de vestígios arqueológicos no subsolo, a estação de esgoto
d’Youville e a Antiga Alfândega, onde funciona a boutique do Museu (150, rue
Saint-Paul).
Foto 50 - O museu cativa o visitante pela maneira de apresentar a história, com modelos interativos, projeções, vozes, figuras virtuais, etc.
|
No edifício
principal, visite o belvedere (3º piso) e aprecie belíssimas vistas da cidade
antiga e do porto. No interior, recomenda-se iniciar pela projeção multimídia (16
minutos) no auditório que se eleva acima das ruínas históricas. Depois faça a
visita ao complexo arqueológico e seus achados no subsolo, dispostos de forma
criativa e muito ilustrada.
Para conhecer mais sobre o museu: http://pacmusee.qc.ca/fr/accueil.
A Place d’Youville está situada a poucos metros da Place Royale. Abriga o Centre d’Histoire de Montréal construído
em 1903 para a antiga Estação Central de Bombeiros. Você pode começar a sua
visita a Montréal por aqui, conhecendo sua história e as múltiplas identidades
do povo. Os três pisos apresentam exposições permanentes e temporárias que
enriquecem sua experiência através dos principais fatos da aventura, algumas
vezes turbulenta, da primeira metrópole do Canadá.
Foto 51 - O Centre d’Histoire de Montréalconstruído em 1903, conta a história apresenta as múltiplas identidades do povoquébecois. |
O obelisco, comemorativo da
fundação da cidade foi implantado neste lugar, pela Sociedade Histórica de
Montréal e apresenta os nomes dos pioneiros da cidade incluindo Maisonneuve e a enfermeiraJeanne Mance que fundou o primeiro
hospital na América do Norte - L’Hotel-Dieu
de Montréal.
Mais informações em: www.villedemontreal.qc.ca/chm
Foto 52 - O Obelisco apresenta os nomes dos pioneiros da cidade incluindo Maisonneuve e a enfermeira Jeanne Mance que fundou o primeiro hospital na América do Norte
|
2 –O CENTRO
DA CIDADE: CENTRE-VILLE/DOWNTOWN
As principais
vias paralelas que conformam o centro do Canadá, no sentido norte/sul são: boulevard René-Levesque, rue
Sainte-Catherine, boulevard Maisonneuve, rue Sherbrooke.
O Centro
representa a cidade animada e moderna, uma área de contrastes que abriga
prédios de arquitetura vitoriana, igrejas neogóticas, arranha-céus modernos e
longas extensões de galerias subterrâneas. O maior centro comercial da cidade,
reúne também museus de destaque e instituições universitárias e culturais.
Foto 53 - O Centro representa a cidade animada e moderna, uma área de contrastes que abriga prédios de arquitetura vitoriana, igrejas neo-góticas, arranha-céus modernos. |
A disputada rue
Sainte-Catherine percorre todo o Centro, do norte a sul e concentra nuitos bares,
restaurantes e lojas. Mais adiante, em direção ao leste, através da rue Saint Catherine
você acessa o boulevard Saint-Laurent,
porta de entrada para o Bairro Chinês. No mesmo sentido, pela mesma via você
visita o Quartier Latin e o Le Village.
Sugiro um
circuito interessante (no sentido anti-horário) através da Boulevard René-Lévesque (ponto inicial na Cathédrale Marie-Reine du
Mond), rue University, rue Sherbrooke, rue
Crescent (ponto final). Este roteiro inclui vários atrativos interessantes
nessa ordem: Basilique-Cathédrale
Marie-Reine-du-Monde (1894); Cathédrale
Christ Church (1859); Musée McCord,
McGill University/Musée Redpath e Museé des Beaux-Arts. No final do passeio você pode apreciar um bom
jantar na rue Crescent.
O Musée des Beaux-Arts de Montreal está
situado em dois blocos nos dois lados da rue
Sherbrooke Ouest, 1379-1380, (acesso principal pelo prédio moderno) que
estão interligados por acesso subterrâneo. Este museu mais antigo da Província
(1860) é considerado um dos mais importantes do Canadá.
Foto 54 - O Musée des Beaux-Arts de Montreal está situado em dois blocos nos dois lados da Rue Sherbrooke Ouest. Este é o prédio antigo.
|
A sua coleção é
bastante diversificada e compreende desde arte de pintores europeus consagrados
como Rembrandt, Picasso e Monet a obras de artistas famosos canadenses:
Jean-Baptiste Roy-Audy, Paul Kane, Group
of Seven, Riopelle. A coleção de arte inuit
e aborígine é significativa.
Foto 55 - O Musée des Beaux-Arts de Montreal está situado em dois blocos nos dois lados da Rue Sherbrooke Ouest. Este é o prédio moderno (entrada principal). |
Mais informações
sobre o museu em: www.mbam.qc.ca
O Musée McCord tem uma coleção de mais de
ummilhão e duzentos mil objetos quecontam a história do povo que construiu o
país. Também oferece um arquivo visual da evolução do Canadá desde 1840 – Notman Photographic Archives. Onde: 690
Sherbrooke Street West
Informações em: http://www.mccord-museum.qc.ca/en/
University McGill (845,
rue Sherbrooke). Esta reputada universidade formou 2 primeiros ministros
canadenses, seis ganhadores do prêmio Nobel. Compreende 11 faculdades e 11 escolas profissionais que
oferecem cursos para 37 mil alunos em cursos de graduação, pós-graduação e
estudos continuados. Tem se destacado nos cursos de medicina e engenharia. No
Canadá é a primeira entre as universidades de medicina e a 17ª no mundo. Foi
fundada por um escocês que era
comerciante de peles. O campus é um ambiente bonito e calmo para passeios e
piqueniques.
Faça uma visita
virtual e tenha informações sobre a universidade e cursos: www.mcgill.ca
QUARTIER INTERNATIONAL
Bem próximo à
Praça Jacques Cartier está a moderna
praça Jean-Paul-Riopelle, centro
nelvrágico do Quartier International
(2004), ligado à “cidade subterrânea”, que compreende uma rede de caminhos
subterrâneos de aproximadamente 30 km de comprimento que interliga os
principais edifícios e diferentes níveis de centros comerciais. No centro da
praça está a imensa fonte e escultura La
Joute (1974), de Riopelle (um dos
mais prestigiados artistas canadenses). Fazem parte deste conjunto o Palais des Congrés (transparente e
colorido) e o Centre CDP da Capital.
A imensa escultura de Riopelle domina o cenário, especialmente, nas noites de
verão, quando há show de luzes.
QUARTIER DES SPECTACLES/PLACE DES ARTS
Localizado no
coração do Centro, este bairro é o coração cultural da cidade. Em um quilômetro
quadrado reúne mais de 80 instalações culturais de porte, que oferecem uma
diversidade excepcional de atividades: festivais, cinemas, teatro, dança,
exibições de arte, arte tecnológica, concertos, operas, comédias... Impressionante!
Foto 56 - Praça das Artes - Place des Arts: em um quilômetro quadrado reúne mais de 80 instalações culturais de porte, que oferecem uma diversidade excepcional de atividades. |
Aqui acontecem os principais eventos e
festivais da cidade (ver alguns eventos já citados).
Foto 57 - Salle Wilfrid-Pelletier no Bairro das Artes, parte de um grandioso complexo cultural. |
O Complexo é administrado por uma Fundação
Place des Arts tem por missão
encorajar o acesso para o público em geral aos diferentes aspectos de artes
cênicas e estimular a vida artistica e cultural no Québec.
Mais informações
e programação consultar: http://www.laplacedesarts.com/index.en.html
e www.quartierdesspectacles.com
A qualidade da arquitetura e dos ambientes externos
contemporâneos destaca-se na paisagem. O Complexo dos Jardins – Complexe des Jardins (150, rue Sainte-Catherine Ouest),
moderno empreendimento comercial, com um grande shopping, complementa as atividades
da área. Possui 110 lojas e restaurantese uma imensa praça interna com capacidade para
800 pessoas sentadas e 5.000 pessoas em pé. Assisti a um espetáculo
de multimídia gratuito excepcional!
Foto 58 - Complexo dos Jardins – Complexe des Jardins: moderno empreendimento comercial e de lazer. |
Foto 59 - Uma imensa praça interna com capacidade para 800 pessoas sentadas e 5.000 pessoas em pé no Complexo dos Jardins. Um fascinante show de multimídia estava acontecendo neste local. |
Para conhecer
sobre o Complexo: www.complexedesjardins.com
Também faz parte do Bairro o Musée d’Art
Contemporain de Montreal (185 rue Ste-Catarine Ouest). O espaço dedicado à arte
canadense contemporânea, possui mais de 7.600 obras de arte de mais de 1500
artistas, sendo 1200 vivos que ilustram de maneira substancial o
desenvolvimento da arte contemporânea no Québec. Podemos citar como grandes
artistas: Paul-Émile Borduas, Geneviève
Cadieux, Yves Gaucher, Betty Goodwin, Fernand Leduc, Guido Molinari, Alfred
Pellan, Roland Poulin, Jean-Paul Riopelle, Jana Sterbak, Claude Tousignant…
Mais informações
em: www.macm.org
QUARTIER CHINOIS/CHINATOWN
No boulevard Sain-Laurent existem dois
portais, em arco de madeira entalhada, que delimitam o bairro oriental. Muitas
lojas e restaurantes de influência asiática: tailandesas, vietnamitas e do Hong
Kong atraem numerosos visitantes. A praça Sun-Yat-Sem
e a rue de la Gauchetière servem de
palco para as festividades.
Foto 60 - Portal do Bairro Chinês no Boulevard Sain-Laurent. |
QUARTIER LATIN & LE VILLAGE
O Quartier Latin teve sua prosperidade
durante a chegada da Universidade de Montréal em 1983, que atraiu para esta
área instituições culturais de pretígio e a rica burguesia francesa. Hoje
concentra muitas atividades culturais e de entretenimento. São bares, bistrôs,
cinemas e teatros e outros negócios que animam a vida deste bairro. A principal
via é a Sainte-Catherine, com lojas
elegantes e outras atividades de comércio e serviços. Outros atrativos são a Grande Bibliothèque e o Cinerobothèque. A renomada UQÀM – Université du Québec à Montreal,
universidade pública com mais de 40 mil alunos,
tem suas instalações neste bairro. É a única universidade do mundo a ter
o curso de graduação e de mestrado em sexologia. Interessado? Acesse o site e
veja os 300 cursos oferecidos em:http://www.uqam.ca/.
Foto 61 - A renomada UQÀM – Université du Québec à Montreal, universidade pública com mais de 40 mil alunos no Quartier Latin. |
Muitos eventos
culturais também são realizados nesta área.
Mais a Leste,
percorrendo a mesma via, entre a rue
St-Hubert e a ave Lorimier você
chega à Le Village - o bairro gay da
cidade. Do começo ao fim você descobre um mundo vibrante com as cores do arco-íris
que combinam com a animação desse bairro. O Village é uma festa, com uma vida
noturna bem animada, repleto de lojas de
fast-food, restaurantes, cafés,
bistros, bares e casas noturnas. Acontece todos os anos (agosto) a famosa
parada gay: Fierté Montréal Pride,
este ano na sua 6ª edição. A liberal
Montréal orgulha-se de abrigar um dos maiores e mais representativos bairros
gays do mundo.
Recomendo fortemente
aos arquitetos e interessados em arquitetura, uma visita ao Centre Canadien D’Architecture (1920,
Rue Baile). Com uma proposta inovadora este Centro explica o papel da
arquitetura na sociedade com a convicção de que a arquitetura é de
interesse publico.
Foto 62 - Centre Canadien D’Architecture- uma proposta inovadora que explica o papel da arquitetura na sociedade |
O Centro promove
eventos e debates, sobre a história, teoria, pratica e o papel da arquitetura
na sociedade. O arquiteto Phyllis Lambert
reuniu um rico acervo de desenhos, fotografias e gravuras. O local está em
constante renovação apresentando muitas exposições interessantes.
Para informações:
http://www.cca.qc.ca/en
CONCLUSÃO
Impossível
cobrir todos os aspectos importantes de uma cidade tão rica em cultura e
patrimônio como Montréal em uma só postagem.
Na próxima
parte, apresento pra vocês outros aspectos ainda mais fascinantes de Montréal. Vocês
vão subir o Mont-Royal, onde está o maior
e mais importante parque da cidade situado no alto de uma colina e visitar o
Parque Olímpico, onde se realizou os Jogos Olímpicos de 1976. Vou comentar
sobre o uso atual das estruturas que pode lançar algumas idéias para o Brasil, que
vai sediar os Jogos em 2016 quarenta anos depois do Canadá. Outro lugar
imperdível é o Parque Jean Drapeau –
um grande complexo de entretenimento - e as Ilhas do Rio Saint-Laurent, palco
da Expo-67 (Exposição Internacional e Universal). Neste local, acontece também
a Fórmula 1 - Grand Prix do Canadá.
Convido você ainda
a caminhar pelo Plateau Mont-Royal, um dos bairros mais multiculturais e
animados da cidade. Finalmente, vou também apresentar os “meus favoritos”, os
melhores momentos de minha visita à Montréal.
Um grande
abraço,
Santamaria
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