terça-feira, 27 de agosto de 2019

ESPANHA 3 - ANDALUZIA 1: CÓRDOBA


BEM VINDO A ANDALUZIA! 


 Foto 1 - Vista do Alcázar, o grande complexo de palácios, construído pelo império árabe e última resistência na Espanha, em Granada.

Cristãos, muçulmanos e judeus viveram lado a lado na Espanha (na ANDALUZIA ou AL – ANDALUZ como a chamavam os árabes) durante oito séculos, um período de enorme efervescência cultural e artística. Depois da expulsão dos mouros no século 17, no entanto, grande parte de seus conhecimentos, habilidades e artes se perderam.

(Webster, Jason. Andaluz: Desvendando os Mistérios da Espanha Moura. 2007, Editora Rocco)

Com esta postagem inicio um conjunto de postagens que segue a cronologia de um roteiro espetacular e único a Andaluzia, região que simboliza o amálgama de várias culturas: judaica, muçulmana e católica. Este território que preservou um patrimônio cultural rico de monumentos históricos e arquitetônicos é também o berço do flamenco e a terra das touradas, cultivando ainda a imagem romântica dos toureiros.


Foto 2 – A Andaluzia é o Berço do Flamenco, de forte influência cigana.

O planejamento das postagens da ANDALUZIA seguirá a ordem do roteiro que fizemos:

ANDALUZIA 1 - CORDOBA
ANDALUZIA 2 - SEVILLA
ANDALUZIA 3 - CADIZ E JEREZ DE LA FRONTERA
ANDALUZIA 4 - PUEBLOS BLANCOS E RONDA
ANDALUZIA 5 – GRANADA


Foto 3 - A  Andaluzia é a Terra das Touradas: Arena em Ronda

1 -  A REGIÃO DE ANDALUZIA: BREVE CARACTERIZAÇÃO


Andaluzia (em castelhano, Andalucía) é uma comunidade autônoma histórica na Espanha, a segunda maior em extensão territorial e a mais populosa.

Ela compreende 8 províncias, correspondentes aos estados brasileiros, como divisão político-administrativa. São elas: Almeria, Cádis, Cordova (Córdoba), Granada, Huelva, Jaén, Malága e Sevilla. A cidade de Sevilla é a capital da região e sede dos poderes executivo e legislativo e a cidade de Granada é a sede do judiciário.

A Andaluzia está localizada ao sul da Espanha e tem como limites: Portugal, a oeste; Extremadura e Castela-Mancha ao norte e ao sul por Gibraltar. Ela tem uma costa de cerca de 900 quilômetros, banhada pelo Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo.



Foto  4 - Sevilla é a capital e sede do poder executivo. O Real Alcazar de Sevilla foi no passado a sede do poder árabe e cristão.

DADOS GERAIS:

ÁREA: 87 268 km² (segunda em extensão)
POPULAÇÃO TOTAL (2018): 8.426.405 (primeira em população)
ÁREAS MAIS POPULOSAS: Sevilla, Málaga (ambas com mais de um milhão de habitantes) e Cádiz.
RELEVO E PRINCIPAIS DESTAQUES NATURAIS: Serra Morena; Cordilheiras Béticas: paralela ao mediterrâneo, seu ponto mais alto é Serra Nevada; Vale de Guadalquivir.
PRINCIPAL RIO: Guadalquivir, o maior da Andaluzia, com 657 km, nasce na serra de Cazorla (Jaén), passa pelas cidades de Córdoba e Sevilha e desemboca em Sanlúcar de Barrameda (Cádiz).
PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS: Indústria, serviços, comércio, turismo. Maior produtor de azeite da Espanha (70% do total espanhol) e destaque na produção de arroz, frutas e trigo. Os vinhos finos de Jerez são muito famosos e de grande qualidade.



Foto 5 – Você sabia que na Andaluzia...?


2 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ANDALUZIA

De uma origem muito antiga, a Andaluzia foi palco de muitas interações históricas ao longo dos séculos. Pelo seu passado histórico que mesclou influências de origem romana, árabe, judaica e cigana, é uma região que exibe um rico patrimônio histórico e cultural material e imaterial com destaque para os elementos da cultura árabe e cigana. O nome da região AL-ANDALUS, vem da denominação muçulmana à Península Ibérica, no século 18.


Foto 6 - Antigo palácio califal onde foi erigido o Real Alcazar, em Córdoba


No início, fenícios, gregos e cartagineses se estabeleceram na região, depois foram seguidos pelos romanos até a invasão dos vândalos e visigodos (por um breve período). No século 8 (711), os muçulmanos, vindos do norte da África e do Oriente Próximo conquistaram e dominaram a região por mais de 8 séculos. Eles estabeleceram um “emirado” cuja capital era Córdoba que se tornou independente de Damasco.



Foto 7  - Mesquita Catedral, construída ao longo de 8 séculos, em Córdoba.

Este longo período de ocupação foi de grande prosperidade econômica e social e deixou muitas marcas na cultura andaluza. Podem ser citadas o desenvolvimento da agricultura (vinhos e azeite), a industria naval, de papel, vidro, cerâmica e de tecidos. Também é de grande destaque a arquitetura mourisca que inclui castelos, mesquitas e fortalezas e influenciaram a construção de catedrais e igrejas.



Foto 8 - Antigo palácio califal, com seus belíssimos jardins,  em Córdoba.

A partir do século 11, o califado de Córdoba foi sendo enfraquecido por disputas e guerras internas e, finalmente, a região foi conquistada definitivamente pelos reis católicos Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, em 1492. Com a conquista de Granada foi estabelecida a unificação religiosa da Coroa Hispânica.


Foto 9 – O interior das igrejas na Andaluzia impressiona! As imagens são surpreendentes homem encapuzado é muito representado pelas irmandades religiosas.

O Decreto de Alhambra (Édito de Granada de 31 de março de 1492) ordenou a expulsão ou conversão forçada da população. A perseguição posterior durante séculos (até 1616), protagonizada pela inquisição espanhola aos judeus sefarditas (judeus ibéricos), árabes e mouriscos (espanhóis descendentes dos muçulmanos) levaram a uma dispersão generalizada desta população, inclusive contribuindo significativamente para a imigração e colonização das colônias espanholas na América e na Ásia.  



Foto 10 – Mapa que mostra a Capital de Sefarad (sefardistas), dos judeus ibéricos perseguidos, no bairro da Juderia em Córdoba.

Apesar da tentativa de minimizar a influência dos muçulmanos na Andaluzia, a presença da cultura árabe pode ser constatada ainda hoje em vários dos seus monumentos preciosos como a Alhambra em Granada, a Mesquita de Córdoba ou mesmo em pegadas muçulmanas que não são tão evidentes, mas fazem parte da fala, da música e das representações socioculturais da Espanha.



 Foto 11 - O flamenco é a música, o canto e a dança cujas origens remontam às culturas cigana e mourisca, com influência árabe e judaica.

Nesta linha de pesquisa sobre a busca pelo legado muçulmano na Espanha, sugiro a leitura de “Andaluz: Desvendando os mistérios da Espanha Moura”, nele o autor Jason Webster desmascara a negligenciada ascendência árabe da Espanha moderna: a cozinha, o idioma, o povo  e a cultura. Webster  conclui que o “o legado secreto de Al – Andaluz - o tesouro de Musa - parecia estar disfarçado e meio esquecido, mais ainda era um símbolo de esperança, de que alguma coisa de um outro tempo havia sobrevivido.”

Depois da conquista castelhana, o território da atual Andaluzia foi ocupado por quatro reinos: Sevilha, Córdoba, Jaén e Granada. Após a expulsão dos mouros, a Andaluzia foi fortemente reassentada pelos povos das regiões central e norte da Espanha, com destaque para os castelhanos e leoneses, que a tornaram a região mais católica e fervorosa de toda a Espanha.

As procissões da Semana Santa na Andaluzia, ponto de grande destaque na celebração cristã, remontam a uma Espanha do século 16, nos trajes, na cultura e na intensidade da fé. As peregrinações são divididas por irmandades (associações religiosas) que organizam as procissões. Cada uma possui seu próprio trajeto e, ao longo dele, traz símbolos e cores próprios que refletem a sua história.



Foto 12 – Na Mesquita/Catedral em Córdoba: o Cristo Crucificado em uma arquitetura muçulmana.

A campanha de colonização e expansão castelhana para a América resultou em um período de esplendor para a Andaluzia, especialmente em Huelva, Sevilha e Cádiz, conhecida como a porta de saída para a América.

Foi em Sevilha que o navegador Cristóvão Colombo recebeu das mãos da rainha Isabel I, de Castela e Leão, o contrato que estabeleceu as condições da viagem às “Índias Ocidentais, financiada pela coroa espanhola, que terminou por descobrir a América em 1492 e, posteriormente, resultou na colonização das Américas e na expansão do império espanhol.



Foto 13 - Escultura em Sevilha mostrando o encontro entre a rainha Isabel I que apoiou Colombo na sua missão de encontrar as Índias Ocidentais.

Após um período de grande decadência, a Andaluzia obteve o status de comunidade autônoma espanhola (1980) e iniciou uma lenta recuperação. Em 1992, Sevilla sediou a Exposição Universal e foi conectada a Madri pelo trem de alta velocidade - AVE. Hoje, os aeroportos de Málaga e Sevilla concentram cerca de 70% do tráfego aéreo.

O turismo na região tem se desenvolvido e se destacado como um dos destinos turísticos mais importantes na Europa. A Andaluzia recebeu cerca de 30 milhões de turistas em 2018, sendo 40% de visitantes fora da Espanha.



Foto 14 – Sobre o Turismo na Andaluzia (Painel em uma Exposição Pública em Sevilla).

A mistura de povos e civilizações na Andaluzia tem sido determinante para a força do turismo cultural na região evidenciada pelos seus ricos monumentos como igrejas, catedrais, palácios, fortificações, palacetes e até bairros inteiros de influência judaica e árabe.



Foto 15 - Tipologias arquitetônicas representativas de herança mourisca em Granada.

O turismo de sol e praia também é desenvolvido principalmente na “Costa da Luz (Huelva e Cádiz) e na Costa do Sol (parte de Cádiz e Málaga).


3 - O PLANEJAMENTO DO NOSSO ROTEIRO NA ANDALUZIA. QUANDO? POR QUANTO TEMPO?

Para planejar o roteiro na Andaluzia fizemos várias pesquisas e foi muito importante ter a orientação dos guias online e da consultoria da Espanha Total. Veja o link:  https://www.espanhatotal.com/
A primeira dificuldade com que nos deparamos foi a de como ter acesso aos Pueblos Blancos, sem o qual uma visita a Andaluzia seria incompleta. Visitar os Pueblos Blancos é imperdível!!! Estes povoados encantadores se localizam de forma dispersa na área rural, em serras, em parques naturais. Este fato dificulta a acessibilidade e a mobilidade dos turistas.



 Foto 16 - Grazalema, um dos encantadores “Pueblos Blancos”.

A primeira alternativa para chegar até os povoados, seria alugar um carro e dirigir, o que não foi a nossa opção. A segunda alternativa seria contratar uma excursão. Daí, pesquisamos várias agências de turismo física e online, mas as propostas de visitas eram restritas a poucos povoados e não cobriam todos os lugares que gostaríamos de conhecer.

Fizemos contato por e-mail com o Escritório de Turismo da Andaluzia que nos enviou uma listagem de dezenas de guias de turismo e após receber várias propostas, decidimos contratar a “Andaluzian Roots” que nos ofereceu uma excursão personalizada que atendeu nossa demanda. O roteiro para os Pueblos Blancos incluíu: ARCOS DE LA FRONTERA – GRAZALEMA - ZAHARA DE LA SIERRA - SETENIL DE LAS BODEGAS – RONDA.



Foto 17 - Arcos de La Frontera, um dos encantadores “Pueblos Blancos”.

Enfim, nós achamos um pouco caro, mas valeu a pena. Eu e minha amiga dividimos os custos. O serviço foi competente e os guias foram gentis e atenciosos. O contato da empresa é: Silvia Martínez, +34 605 660 560. Super recomendo o serviço!

O nosso roteiro geral na Andaluzia foi de 10 dias, suficientes para você ter uma primeira abordagem da Região. O nosso planejamento foi:

DIA 1: MADRI (1 pernoite)
DIA 2: MADRI – CORDOBA (Trem Ave. Duração: 1:40)
DIA 2: CORDOBA  – Visita de um dia a Córdoba
Trem para Sevilla com saída de Córdoba: 18:30 e chegada em Sevilla: 19:56
DIA 2, 3, 4 e 5: SEVILHA (4 pernoites). Dias 3 e 4 (Roteiro em Sevilha)
DIA 5: Excursão de um dia a CÁDIZ e JEREZ DE LA FRONTERA (excursão contratada)
DIA 6: Excursão aos PUEBLOS BRANCOS e RONDA (excursão contratada)
DIA 7: Chegada no fim da tarde em  Ronda (1pernoite)
DIA 7: RONDA - GRANADA
Ônibus para Granada: saída às 13:35 e chegada a Granada às 17 horas (1 pernoite em Granada).
DIA 8: GRANADA (1 pernoite) - Roteiro em Granada
DIA 9: GRANADA (1 pernoite) - Roteiro em Granada
DIA 10: PARTIDA



Foto 18 - As escarpas dramáticas de Ronda, parte do nosso roteiro aos Pueblos Blancos, já na província de Málaga.

O clima na Andaluzia é extremamente quente no verão. Em julho e agosto, as temperaturas são escaldantes e atingem 40 graus. A maioria dos guias desaconselham visitar a região durante o verão. A melhor época para visitar a Andaluzia é na primavera (21 Março até 20 Junho).

Portanto, recomendo fortemente planejar sua visita para abril e maio, no máximo até a primeira quinzena de junho.



 Foto 19 – Cadiz, uma das cidades visitadas na Andaluzia e grande porto marítimo da região.

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS

O turismo na Andaluzia é bem organizado e estruturado e o atendimento nas Oficinas de Turismo das cidades são bem produtivos e eficientes.

Oficiais:

Outros:


Foto 20 - Jerez de La Frontera, uma cidade com excelência na fabricação de vinhos, a cidade do famoso Xerez, na província de Cádiz.


4 - GASTRONOMIA NA ANDALUZIA

A mistura de culturas fez com que a região herdasse uma rica gastronomia. De influência mediterrânea (banhada tanto pelo Atlântico quanto pelo mediterrâneo), a culinária é marcada pelo uso do azeite de oliva, com algumas diferenças entre a costa e o interior. São deliciosas as tapas (petiscos), entradas típicas espanholas, muito populares em todas as cidades, destacando-se as feitas de peixes e frutos do mar. Existe até o verbo “tapear”. Servidas frias ou quentes, consistem em vários tipos de embutidos, queijos, tortillas, peixes em conserva ou empanados, frutos do mar, cogumelos recheados, sempre acompanhados de uma bebida. 




Foto 21 - Menu com pratos típicos oferecidos em Córdoba.

A presença árabe também se mostra através dos doces à base de amêndoas e mel.

Presuntos e embutidos são produzidos e muito apreciados na região: tais como o Chouriço e o Jamon. O Jamon Ibérico de Bellota é um dos mais famosos do mundo. Uma verdadeira iguaria! Este presunto cru, de gordura entremeada e aroma delicado, é feito do pernil traseiro, salgado e curado de forma natural (28 a 30 meses após o abate), o que confere sabor, textura e aroma.



Foto 22 -  Os presuntos pendurados no teto é uma tradição nos restaurantes espanhóis.

Os vinhos da Andaluzia são marcantes, destacando-se os mundialmente conhecidos de Jerez de la Frontera, onde se destaca o Jerez (ou Sherry) e os de Montilla-Morilles (muitos doces e alcóolicos) e Málaga (vinhos de sobremesa).

A sangria, originária da região, é uma bebida muito popular e apreciada!

Cerveja? Uma das preferidas da Espanha é a Cruz Campo, fabricada em Sevilla, desde 1904.


5 - COMO FOI FEITO O PERCURSO NA ANDALUZIA

O nosso ponto de partida para a Andaluzia foi a capital Madri, por conta da facilidade de vôo direto da nossa cidade para a capital espanhola.

Você pode visitar ou revisitar a encantadora Madri, o que sempre vale a pena. E depois, você pode pegar o Trem de Alta Velocidade – AVE ou os trens regionais que são excelentes para Córdoba e Sevilla. Uma sugestão que permite visitar Córdoba (em um dia) é comprar dois bilhetes:  Madri -  Córdoba e Córdoba – Sevilla.

Para ganhar tempo, compramos o bilhete da AVE, de Madri para Córdoba (1h:40 de duração) e de Córdoba para Sevilha (1:30 de duração) pelo trem regional, mais econômico.

De Sevilha, você pode fazer também fazer o trecho (de trem) para Cádis e Jerez. Atualmente o trecho de linha férrea para Granada está em obras.

Os nossos locais de hospedagem na Andaluzia foram: Sevilla, Ronda e Granada.



Foto 23 - A arte da azulejaria ou mosaicos é bem destacada na Andaluzia


6 – CORDOBA: A MAIOR CIDADE DO MUNDO NO CALIFADO DO SÉCULO 10

No século 10, Webster, em seu livro El Andaluz (2007), enfatiza a glória de Córdoba, que naquela ocasião possuía mais de 500 mil habitantes:




 Foto 24 – Mesquita de Córdoba iniciada em 786 e ampliada por 3 vezes no século 10 para abrigar a crescente população da cidade.


Córdoba atraía visitantes de todo o mundo islâmico: outrora a capital Al-Andaluz e a maior cidade da Europa Ocidental, era um memorial a uma época em que os muçulmanos haviam sido guardiões da cultura mais avançada do mundo...Lar de 500 mil pessoas - 200 mil a mais do que hoje – Córdoba havia se vangloriado de ter iluminação pública nas ruas, quinhentas mesquitas, trezentas casas de banho públicas, cinquenta hospitais e setenta bibliotecas...E que era repleta dos avançados conhecimentos filosóficos, científicos, matemáticos, astronômicos e medicinais que faziam parte do mundo islâmico desde que este se pusera em contato com as diferentes escolas da Grécia, Pérsia e Índia.

Ocupada já no tempo dos romanos, Córdoba atingiu seu esplendor durante a presença dos muçulmanos. No século 10, a cidade chegou a contar com meio milhão de habitantes, considerada a maior cidade do mundo.



Foto 25 – Ponte sobre o rio  Guadalquivir, construída pelos romanos.

O Califado de Córdoba foi uma das cidades mais importantes da humanidade, tendo como rivais Constantinopla e Bagdá.

Romanos, cristãos, muçulmanos e judeus deixaram suas marcas nessa cidade, que hoje atrai milhares de visitantes à procura dos vestígios de um passado grandioso.

Entre os principais atrativos/patrimônios da humanidade em Córdoba estão a Mesquita Catedral, o centro histórico de Córdoba, e os célebres pátios cordobeses que abrem suas portas por uma semana, a cada ano, durante o Festival dos Pátios de Córdoba.



 Foto 26 - Pátio na Associação dos Amigos dos Pátios Cordobeses.

A encantadora Córdoba, cortada pelo rio Guadalquivir, ainda preserva típicas ruelas, como nos bairros antigos da Juderia e de São Basílio, que abrigam casas brancas com pátios e jardins cobertos por flores multicoloridas e com aromas de jasmins, flores de laranjeiras e outras plantas exóticas.



Foto 27 – Bairro de São Basílio preserva as tipicas ruelas e pátios coloridos, em Córdoba.

Córdoba foi uma importante cidade romana e um grande centro islâmico na Idade Média. Milênios/séculos de civilização a transformaram em uma  preciosa confluência de arquitetura, das artes e expressões religiosas. Por isso a cidade tem o codinome de “Cidade das Três Culturas“, pela presença história de cristãos, judeus e muçulmanos.

Hoje a cidade de Córdoba é a 12ª cidade mais populosa da Espanha, com cerca de 330 mil habitantes (2018)


7 - O NOSSO ROTEIRO EM CÓRDOBA: PRINCIPAIS ATRATIVOS

Partindo às 8 horas da estação Atocha, de Madri, chegamos na Estação de Córdoba às 9:40. Do outro lado da Estação Ferroviária está a Rodoviária, onde você pode guardar as malas.

O trajeto para o centro histórico é curto, mas para ganhar tempo, você pode pegar o ônibus que que passa em frente a estação.

O nosso roteiro teve como base o Guia Córdoba da Espanha Total, com muitas dicas e destaques importantes. Ajudou bastante!

Puerta de Sevilla – Fica no extremo sul das muralhas. A atual aparência é do século 16. Desde a Idade Média tem sido a saída mais diretamente conectada da cidade murada com a província. É uma porta simples de dimensões reduzidas e com um único vão.




Foto 28 - Porta de Sevilha, principal porta de acesso a cidade murada e acesso ao famoso bairro de São Basílio.

O mais interessante do conjunto são os dois pequenos arcos gêmeos que correm perpendicular ao muro.  Em frente aos arcos está o monumento em homenagem a Ibn Hazam, esculpido por Ruiz Olmos (século 20). Hazam (994 dc – 1064 dc) foi um famoso erudito, e literato hispano-árabe do século 10, que escreveu mais de 400 obras, das quais só restam 40 por motivos de perseguição e queima dos seus livros.



Foto 29 – Ibn Hazam, famoso erudito, e literato hispano-árabe do século 10, que nasceu em Córdoba.

A muralha é obra cristã, do século 14, levantada para defender o Alcázar de los Reyes Cristianos.



Foto 30 – A muralha é obra cristã do século 14.


Esta porta dá acesso ao bairro de São Basílio, famoso por seus pátios e jardins.

Barrio de San Basilio – Foi construído no século 14, pelo rei Alfonso XI, para servir como moradia dos serventes do vizinho Alcázar de los Reyes Cristianos. O lugar abriga a maior concentração de pátios da cidade.



Foto 31 - Sacada de casa no bairro de São Basílio

Para conhecer um belíssimo patio cordobês visite a casa da Asociación de Amigos de los Patios Cordobeses (Calle San Basilio, número 50) que apresenta um belíssimo pátio cordobês.

O Festival dos Pátios de Córdoba  faz parte de uma longa tradição da cidade de Córdoba, e acontece todos os anos durante a primeira semana de maio.

Os Pátios são a joia da coroa deste festival que celebra a arte de elaborar motivos ornamentais para os jardins privados de cada casa, decorando-os com centenas de flores e plantas coloridas. Nesta ocasião, os pátios privados são abertos para visitação.



Foto 32 - Pátio na Associação dos Amigos dos Pátios Cordobeses.



Veja a edição de 2019 do Festival: http://patios.cordoba.es/es/


Foto 33 - Outro Pátio no bairro de São Basílio em Córdoba.

Caballerizas Reales

A paixão pelos cavalos é tradição na Andaluzia. O cavalo andaluz, raça que tem origem na Andaluzia e no Alentejo (Portugal) é considerado como o mais antigo cavalo de sela do mundo. É reconhecido que a vitória de muitos impérios e monarquias nas batalhas foram determinados pela inteligência, valentia, versatilidade e resistência desses cavalos.



Foto 34 - Cavalo andaluz de pura raça espanhola, com atributos de valentia, resistência e versatilidade.

Em Córdoba, essa instituição tem origem em 1570 sob o reinado de Felipe II, com o propósito de criar cavalos de pura raça espanhola à serviço da monarquia. Depois de um incêndio em 1757 elas foram reconstruídas no tempo de Charles III. Em 1822, os estábulos foram removidos de Córdoba.

Córdoba tem mais um título: Capital Cultural dos Cavalos!




Foto 35 - Caballerizas Reales, uma forte tradição na criação de cavalos de pura raça espanhola 1

Foto 36 - Caballerizas Reales, uma forte tradição na criação de cavalos de pura raça espanhola 2

Hoje a prefeitura usa o edifício para escritórios e eventos culturais.

Você pode assistir a apresentação do famoso Show Equestre: Espectáculo Ecuestre "Pasión y Duende del Caballo Andaluz.




 Foto 37 - Você pode assistir a apresentação do famoso Show Equestre em Córdoba.

Visita gratuita durante o dia (10h a 13:30h).


Alcázar de los Reyes Cristianos



Foto 38 – Pátio tradicional de laranjeiras, ciprestes e palmeiras em frente ao Alcázar.

Foto 39 – Muitas laranjeiras, ciprestes e palmeiras são uma constante no paisagismo da Andaluzia.

Esta fortaleza e palácio de muros sólidos reúne artefatos de muitos dos povos que, em vários  momentos da história, ocuparam a cidade, representando em seu interior grande parte da evolução arquitetônica da cidade.

Sobre os remanescentes de edificações romanas e visigodas, os árabes levantaram o Palácio Califal. Depois da expulsão dos árabes, o palácio ficou abandonado. Em 1236 Alfonso 10, El Sábio, começa sua restauração que foi concluída no reinado de Alfonso XI, em 1328.

A arquitetura é mudéjar, que tem origem nos tempos pós-ocupação muçulmana, onde os remanescentes árabes viviam sob o domínio cristão. Assim, este monumento possui elementos das duas culturas, embora a atual forma tenha sido construída por um rei católico.

Ao longo da sua história, esta edificação teve vários usos, como Sede del Santo Ofício (Inquisição) e cárcere (na primeira metade do século 19.



Foto 40 – Muralhas do Alcázar em Córdoba
Foto 41 – Passeio pelas muralhas do Alcázar em Córdoba

Os reis católicos Isabel, a Católica e Fernando moraram 8 anos nesse palácio. Em 1486, Cristóvão Colombo encontrou-se com os Reis Católicos para solicitar apoio para sua expedição às Índias. Uma escultura nos jardins do Alcázar celebra este encontro.

A fortaleza tem uma aparência externa singela e forte, quase retangular, com extensos muros de pedras e quatro torres. Dentro, as várias dependências se articulam em torno de pátios cobertos de belas flores exóticas, ervas aromáticas e frondosas árvores.




Foto 42  - Jardins de belas flores, canais e espelhos d’água 1

O destaque da visita fica por conta dos pátios e lindos e extensos jardins, com canais e espelhos d’água que relaxam e conferem monumentalidade e esplendor ao conjunto cordobês.


Foto 43  - Jardins de belas flores, canais e espelhos d’água 2.

Outro ponto forte são as vistas da cidade a partir do alto das torres da fortaleza.


Foto 44 – Vistas de Córdoba do alto da fortaleza - 1



Foto 45 – Vistas de Córdoba do alto da fortaleza - 2


Foto 46 - Vistas de Córdoba do alto da fortaleza - 3

Localização e horário: Plaza Campo Santo de los Mártires; Terça a sexta 8:15h a 20h.

Nota: Pela minha experiência, as filas para visitar este monumento são enormes. Maiores mesmo do que as da Mezquita-catedral.

Mezquita-catedral – O monumento mais famoso e importante de Córdoba tem uma longa história de construção e reformas que durou mais de 8 séculos para diferentes funcionalidades. Esta imponente estrutura é uma das maravilhas da Espanha e símbolo da ocupação moura na península.



Foto 47 - Fachada lateral da Mezquita-Catedral de Córdoba

“A mesquita em Córdoba é o melhor exemplo da arquitetura muçulmana, ao lado do Alhambra de Granada, no mundo ocidental. Neste complexo, você pode ver a vida extensa e história da arquitetura. Além disso, é um magnífico exemplo da arquitetura da combinação de duas religiões, muçulmanos e cristãos. Apesar da reconquista, os líderes cristãos foram capazes de apreciar o valor artístico e arquitectónico do templo, fazendo dele um lugar para a sua fé através da inserção de uma catedral no centro e no respeito do resto do conjunto. Desta forma, podemos ver hoje a combinação e contraste destes dois estilos arquitetônicos e as diferentes características dos locais de culto de todas as religiões.”


Foto 48 – Uma das portas em estilo árabe da Mesquita-Catedral de Córdoba.

Pelo seu caráter de obra artística única, pela influência que exerceu na arte muçulmana ocidental e por ser um modelo único de arquitetura religiosa islâmica, a Mesquita-Catedral foi declarada Patrimônio da Humanidade em 1984 e reconhecida como “Bem de Valor Universal Excepcional”, em 2014.



Foto 49 – A arte religiosa muçulmana de valor excepcional - 1
Foto 50 – A arte religiosa muçulmana de valor excepcional - 2

O emir Abderramán I mandou construir, em 785, a primeira mesquita sobre os restos da antiga basílica do século 6 (basílica visigótica de São Vicente). Nos séculos posteriores, a mesquita foi ampliada por Abderramán III e Alhakén II que fizeram as principais expansões. A última reforma foi a de Almanzor, no final do século 10. Com esta última ampliação o monumento atingiu uma área de 24 mil metros quadrados.



Foto 51 - Patio dos Naranjos na Mesquita de Córdoba
Foto 52 -  Entrada do Pátio Interno na Mesquita de Córdoba

Em 1236, o rei Fernando III converteu a mesquita em catedral e no século 16, sob o reinado de Carlos V, foi aprovada e iniciada (1523) a construção de um grande templo cristão (Basílica Renascentista), dentro dela.  

O interior da mesquita-catedral está dividido em dois espaços muito bem distintos. Por um lado, a mesquita muçulmana; de outro, a catedral cristã superposta à mesquita.



Foto 53 - Torre da Mesquita-Catedral, em Granada.

A estrutura da mesquita é feita com colunas e arcos de diferentes estilos sobre os suportes de cobertura. Dentro da mesquita estão os arcos mouriscos e semicircular e lóbulos. A característica mais marcante da sua imagem, é a combinação de dois materiais, pedra e tijolo. 1.300 colunas também adquirem tons diferentes devido à variedade de tipos de pedra foram utilizadas nas diferentes fases de construção da mesquita: mármore, jaspe e granito. 




Foto 54 – Sala das Orações e suas famosas colunas que geram uma sensação de transparência, esbeltez e beleza, na Mesquita-Catedral.


O espaço se configura através de uma rede de colunas sobre as quais se assentam um sistema de arcos duplos superpostos. Esta solução criativa, audaz e singular, na qual se integram diversos elementos arquitetônicos gera uma sensação de transparência, esbeltez e beleza. Suas centenas de colunas replicadas ao infinito evocariam as palmeiras da Síria, lugar de onde veio o emir  Abderramán I. Admire os ricos entalhes nas paredes, com aquela beleza intricada e minuciosa, característica da arte muçulmana.



Foto 55  – Sala das Orações e colunas replicadas ao infinito, talvez evocação das palmeiras da Síria, terra do emir.

São destaques: Pátio de Los Naranjos, Puerta del Perdon, Mihrab, o nicho em forma de abside, que indica a direção da cidade de Meca.


Foto 56 - Mihrab, que indica a direção de Meca e o rico trabalho na Mesquita-Catedral.

Na catedral vale a pena admirar os trabalhos e os pormenores dos retábulos (retábulos maior e barroco), tetos e cadeiras do coro esculpidas feitos de mogno.




Foto 57 – Teto da Catedral, construída no interior da Mesquita antiga.

Pelo fato da nave central ter sido convertida em igreja cristã - você só chega a ela depois de passar pelo que foi conservado da mesquita.

Localização e horário: Calle Cardenal Herrero. Segunda a sábado, 10h a 19h. Valor do tícket: Adultos: 10€.


Nota: Como as filas são normalmente grandes, calcule visitar a Mesquita-Catedral 3 horas antes do seu trem partir.

Neste ponto, Você pode fazer uma parada para o almoço.

Entre as opções de restaurantes do guia Espanha Total, escolhemos  o Los Pátios de la Marquesa, na Calle Manríquez, 4.

O restaurante parece uma praça da alimentação. O espaço conta com vários ambientes em pátios onde são servidas diferentes especialidades culinárias, incluindo marisco, carne, comida árabe, arrozes, salmorejos. Fica próximo a mesquita-catedral.

O prato típico de Córdoba é o Salmorejo. Esta sopa cremosa e fria tem como caraterística principal ser preparada à base de tomate, azeite e pão dormido.



Foto 58 – Restaurante em Córdoba, serve a tradicional cozinha andaluza.

Puerta del Puente – Porta Sul da cidade antiga. Ela foi reformada no século 16. É possível visitar o interior da Puerta, onde há uma exposição que ilustra a história dessa porta. Você pode também subir no mirante que fica no seu terraço.




Foto 59 – Porta Sul da Cidade Antiga – do século 16, olhando para o rio Guadalquivir.

Foto 60 – Porta Sul da Cidade Antiga (do século 17), olhando do rio Guadalquivir para a cidade.

Puente Romano – Está em frente a Puerta del Puente. A ponte é a mais famosa de Córdoba, mas é difícil achar hoje quaisquer remanescente da obra construída pelos romanos no começo do século I.



Foto 61 – Ponte Romana sobre o rio Guadalquivir, sobre o lugar da antiga ponte romana.

A reforma mais recente, realizada entre 2006 e 2008, resgatou elementos da antiga ponte. Atravesse a ponte para chegar até a Torre de Calahorra (antiga fortaleza) e contemplar as vistas da cidade com o rio Guadalquivir em primeiro plano, e a silhueta da mesquita-catedral ao fundo.

Não tivemos tempo para visitar os seguintes atrativos recomendados pelo Espanha Total:

Calleja de las Flores - É um bequinho sem saída que virou um dos cantinhos mais turísticos de Córdoba. As grades das janelas e as paredes da rua estão cobertas de flores, que tornam ainda mais agradável o passeio de quem visita este cantinho da cidade.

Salón de Té - O consumo do chá, no estilo árabe, é uma tradição com fortes raízes na Andaluzia. Ocupa um espaço muito bonito, no pátio de uma casa cordobesa. Calle Buen Pastor, 13.

Casa del Indiano - O palácio foi construído no século 15, mas hoje unicamente se conserva a fachada principal com mistura de elementos góticos e mudéjares. Indiano é o termo para os espanhóis que foram a America e voltaram ricos.

BAIRRO DA JUDERIA

A Judería é o bairro medieval onde moravam os judeus. O nascimento do bairro acontece no século 10, quando foi um local de habitado pelos judeus até o século 15, no entorno da Mesquita. 

As ruas são estreitas e sinuosas com casas de fachadas brancas com sacadas e pátios enfeitados com gerânios. O bairro é muito agradável e aconchegante e tem um comércio bem ativo.



Foto 62 – Paisagem na Juderia, antigo bairro judeu. 1

Foto 63 – Paisagem na Juderia, antigo bairro judeu. 2

Foto 64 – Paisagem na Juderia, antigo bairro judeu. 3


Passamos rapidamente pelos seguintes locais, ao caminhar pelo bairro da Juderia:

Capilla Mudéjar de San Bartolomé -  Construída entre os séculos 14 e 15, em estilo mudéjar, foi feita pelos artesãos muçulmanos que permaneceram na Espanha depois da expulsão dos mouros. No seu interior, de uma única nave, o destaque decorativo é a alternância na utilização de gesso e azulejos, com decorações de motivos vegetais e geométricos, típicas da arte muçulmana, e também com motivos heráldicos e inscrições que repetem louvores a Alá.

Zoco Municipal de la Artesanía – Mercado de la Artesanía - É um recinto que a prefeitura de Córdoba destinou, na década de 1950, para os artesãos da cidade. Veja os pátios da casa e o artesanato em couro (arte muito antigana Andaluzia), cerâmica, prata e madeira.




Foto 65 - Mercado de Artesanato 1

Foto 66 -Mercado de Artesanato 2

Sinagoga - Localizada no coração da Judería da cidade, a Sinagoga de Córdoba, declarada Monumento Nacional já no século 19, é a única existente na Andaluzia. Muito pequena.

Finalizando o nosso roteiro saímos pela:

Puerta de Almodóvar - Obra cristã do século 14, construída sobre uma antiga porta árabe, conhecida como Puerta del Nogal. Está integrada aos restos da muralha de Córdoba, que neste trecho está em ótimo estado de conservação.



Foto 67 - Puerta de Almodovar (século 14), construída sobre uma antiga porta árabe.

Não visitamos o Mercado Vitória por falta de tempo e por já ter almoçado muito tarde.

Mercado Victoria - Espaço culinário muito parecido com outros mercados gourmet de cidades espanholas (como o Mercado de San Miguel em Madri).

Localização:  Paseo de la Victoria.



8 - MEUS PREFERIDOS EM CÓRDOBA

Melhor conjunto urbano: Juderia
Melhor passeio: Alameda ao longo do rio Guadalquivir
Melhor vista do conjunto urbano: Do alto do Alcázar de los Reyes Cristianos
Melhor visão das muralhas: Puerta de Sevilla
Melhor rua de lazer/compras: Conjunto de ruas no bairro de Juderia, próximo a Mezquita-catedral
Melhor arquitetura: Mezquita-catedral
Melhor experiência: Visitar os pátios cordobeses
Melhor mercado: Mercado Victória


9 - CONCLUSÃO

Córdoba é uma cidade encantadora e pluricultural. A escala de seu centro histórico é acolhedora, com monumentos valiosos, ruas cheias de vida e comércio ativo, mas sem a agitação e o barulho de uma cidade grande. Eu recomendo fortemente visitar Córdoba!

O centro histórico de Córdoba mantem uma morfologia tipicamente mourisca, onde as paredes das casas conservam-se pintadas de branco, as ruas são estreitas e os pátios são coloridos. 

É curioso saber ao caminhar pelas ruas do centro que por ali já passaram cartaginenses, visigodos, romanos, judeus, muçulmanos e que a cidade parece celebrar a diversidade cultural e religiosa, com tolerância e respeito.

Até a próxima, em Sevilla!

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