segunda-feira, 23 de agosto de 2010

GRÉCIA 1

O templo de Zeus em Atenas com a vista da Acrópolis ao fundo. Notem os módulos das colunas gregas. Qual é o estilo?



















Olá,

Esta série de imagens de lugares fazem parte de um conjunto que corresponde às minhas férias de julho/agosto de 2010, onde visitei a Grécia, Suiça, França e a Inglaterra, Começo por compartilhar a primeira de uma série de quatro, espécie de síntese, cada qual correspondendo a um País. Depois, tenho a intenção de trabalhar alguns temas que adotei, baseado em algumas peculiaridades do lugar, que me interessaram tais como fontes (Na Suiça), capelas e igrejas em Mikonos e outras mais.

Inicio pela Grécia - a origem/apogeu de quase tudo: democracia, teatro, filosofia, arquitetura... Não foi fácil selecionar 20 imagens da Grécia, que incluem além de Atenas, as Ilhas de Mikonos e Santorini.

Visitar a Grécia sempre foi um sonho que, finalmente, transformou-se em realidade. Alimentava este sonho desde os meus primeiros anos de estudo de História Geral na Escola. Neste tempo, sonhava com os mitos gregos: deuses, semideuses, herois e os pobres humanos sujeitos às horríveis consequências dos emocionais moradores do Olimpo, com todas as suas iras, infidelidades, baixarias...

Foi muita emoção estar nestes lugares da Grécia, cheios de histórias e mitos, significados e cultura onde tropeçamos a cada passo em novas riquezas descobertas e, onde até as estações de metrô são museus que exibem achados maravilhosos. Obras de recuperação estão em toda a parte, parece-me que mais alguns séculos não serão suficientes para manter, achar e juntar as pedras (literalmente - como colunas, blocos,etc que estão espalhadas pelo chão, com numerações para facilitar a montagem) e resolver este grande quebra-cabeça. Arqueólogos estão trabalhando por toda a parte - profissionais extremamente importantes na Grécia (lembro que queria ser arqueóloga, mas não tinha muito futuro no Brasil).

Vejam como eu encontrei o Pathernon em agosto de 2010 (Atenas).    

O transporte na Grécia é realmente eficiente (certamente que a Olimpíada contribuiu prá isso: convivem bem as diversas modalidades de veículos - tram, onibus convencional, metro, trem. Pasmem, o transporte municipal é gratuito (ainda). A crise pareceu ainda não afetar os turistas, mas sim seus cidadãos (funcionários públicos) que perderam mais dois salários ao ano e terão que "apertar os cintos" e perder alguns privilégios também "históricos". O cidadão grego é como o brasileiro, aprecia uma ótima comida, festa, é muito ligado a família e acolhe muito bem os visitantes. A comida é muito saudável, acompanhada sempre por um bom vinho ou cerveja, muita água, pão e azeite de oliva.
Assisti a maioria dos jogos da Copa 2010 na Grécia, e a torcida pelo Brasil foi grande, com exceção do dia em que estávamos cercados por holandeses alaranjados (Naquele dia o Brasil perdeu para a Holanda).

Em Atenas, a Acrópole é o maior espetáculo, este conjunto histórico, localizado no alto de uma colina, domina toda a paisagem da cidade. Alguns séculos não serão suficientes para manter, achar e juntar as pedras (literalmente - como colunas, blocos,etc que estão espalhadas pelo chão, com numerações para facilitar a montagem) e resolver este grande quebra-cabeça. Arqueólogos trabalhando por toda a parte - profissão extremamente importante na Grécia (lembro que queria ser arqueóloga, mas não tinha muito futuro no Brasil).

As Colunas do Templo de Zeus com o Pathernon ao fundo.
As ilhas são espetaculares - as que visitei tem uma população menor do que 10 mil habitantes, mas este número aumenta em mais de 10 vezes durante a alta estação. Não há limite de capacidade de carga.

Adorei a ilha de Mikonos, famosa por seu glamour turístico, inclusive beneficiando ao segmento gay. De fato, setores de praia são reservados para gays, nudistas ou ao mesmo tempo todos estes grupos convivem em todas as praias. Talvez Mikonos seja uma expressão do paraíso pois é o lugar dos grandes complexos de lazer, que reunem todas as atividades em um só lugar: discoteca, supermercado, lojas, etc à beira mar: Superparadise, Paradise... o aluguel da cama/cadeira de praia custava 10 euros (o euro valia 2,5 reais).

Mas, o lugar mais peculiar e surpreendente é a vila de Chora - principal da Ilha. O traçado é orgânico e expontâneo, onde os caminhos são desiguais, estreitos e de largura variável, muitas vezes, sem continuidade... pintados nos rejuntes em branco, como em um labirinto. . . É gostoso se perder em Mikonos e depois se deparar com o mar (tem até uma camiseta que diz: Eu me perdi em Mikonos).

As casas são de pequenas dimensões, sem definição de lotes, em estilo grego (arquitetura cicládica?) todas em branco, em forma de cubo, com janelinhas e portas azuis, com lajes planas, sem telhados com cantos arredondados

Chora: E de repente, uma grande surpresa - o horizonte se abre e deparamos com o infinito do mar, barcos...

O bairro Little Venice é muito lindo e sofre do mesmo problema que a original Veneza que é sempre banhada pelo mar durante as marés cheias.

A parte da vila de Chora denominada "Little Venice" - Pequena Veneza é afetada pelos mesmos problemas que a original - ser banhada pelas águas nas marés altas.

Muito interessante: todos os habitantes de Mikonos mantém o estilo das casas, sem descaracterizar o conjunto - respeitando a unidade e identidade de Chora.


Em Chora: Todo o conjunto é mantido de forma harmônica, mantendo a ambiência apesar dos diversos usos.
Vale a pena chegar em Mikonos! Um dos meus temas fotográficos na ilha foram as capelinhas: centenas delas, pequenininhas e pintadas de branco, tinha até algumas gêmeas.


As pequenas capelas estão em toda a ilha de Mikonos - estas são gêmeas.
As praias são também muito bonitas (atenção aos friorentos: a água não é morna), com areia, talvez um pouco grossa, mas branca, ao contrário de Santorini.

A Ilha de Delos hoje não é habitada - era o santuário dedicado a Apolo e Artemis! Incrível, como é grande e belo este sítio arqueológico perto de Mikonos (40 minutos de barco é claro). Lá moraram muitas personagens ilustres da história - visitamos a casa de Cleópatra.

Em Delos - O Santuário dedicado ao deus Apolo e a deusa Artemis. Visita a casa de Cleópatra
Santorini é uma ilha vulcânica, ao longo da história, as erupções vulcânicas são uma constante na vida destes persistentes e corajosos moradores, parece que a previsão é a de uma erupção a cada 200 anos, a última foi em 1950. Por enquanto, estar em Santorini é seguro. Todo o casario está debruçado sobre a caldeira do vulcão e têm estilo cicládico, encaixado em alguns nichos da rocha. O sítio construído de cor branca contrasta com o preto das pedras vulcânicas e com as águas do mar de um azul profundo. O cenário é deslumbrante!

A vila principal de Santorini é Fira, a capital.


Fira - Vila principal de Santorini, debruçada sobre o caldeirão (do vulcão). As 8h da noite.
Uma outra encantadora vila - Oia (chama-se Ia) é a mais turística e cheia de artistas como em Olinda.
Em Santorini, a vila de Oia (pronuncia-se ia) se debruça sobre o caldeirão.

Em Oia, a paisagem é espetacular, onde as casinhas brancas espiam o azul profundo do mar.
O por-do-sol é a principal atração em Santorini. A luz é fantástica: turistas e  visitantes, em bares, restaurantes, caminhos, telhados preparam-se para assistir este espetáculo cotidiano - só que ele acontece entre 8:30 e 9 horas da noite. Todas as fotos de Fira e Oia (iluminadas com a luz do por-do-sol) foram tiradas entre 8h30 e 9 horas ou mais da noite


Em Oia (Santorini), esta casinha colorida debruçada no caldeirão destaca-se das demais que são pintadas em branco,  com portas e janelas azuis

Por-do-sol em Fira, Santorini as 8h30 da noite. Manequins de uma loja se misturam com as pessoas que se preparam para assistir ao grande espetáculo.

Em Oia (Santorini), muita gente prepara-se para assistir ao maior espetáculo - o por-do-sol, às 8h30 minutos da noite.

Fira (Santorini), após o por-do-sol, as 9h da noite.
Um pequeníssimo problema nesta Ilha é a difícil acessibilidade -O porto fica lá em baixo e a cidade lá em cima: isto quer dizer que temos que escalar em média 600 degraus para ir de um até o outro (nas fotos vocês podem ver as escadarias, o porto com os navios lá em baixo). Solução encontrada: subir ou descer de jumento. Sim, o jumento é considerado imprescindível e é até homenageado nas obras de arte. Santorini é considerada a república dos jumentos. As reproduções, em tamanho natural, dos jumentos feitas por artistas estão espalhados por todos os lugares.

Em Fira (Santorini), as reproduções, em tamanho natural, dos jumentos feitas por artistas estão espalhadas por toda a parte, reafirmando a importância que eles tem na República dos Jumentos (Donkey Republic).

Em Oia (Santorini), outra reprodução em tamanho natural feita por artistas.

No jumento de verdade posei com um velhinho simpático (prá não fugir ao costume), uma das pessoas mais fotografadas da ilha. Ele cobra apenas um euro para a pose e vive dessa renda.

Em Pyrgos (Santorini), no forte de Il Castelli, estou pousando com o velhinho (mais fotografado da ilha) e seus jumentos.
Visitar os vulcões e suas ilhas recem formadas (ainda crianças) Palea Kameni e Nea Kameni é imperdível. A paisagem de semelhança lunar (sem considerar o azul do mar) é de tirar o fôlego. Tem até cheiro de enxofre, esquenta e sai fumacinha em alguns pontos. Espero que o vulcão fique adormecido por muito tempo! Também tem as águas termais, por conta do vulcão.

A Ilha de Palea Kameni - o mais novo pedaço de terra construída a partir de uma das erupções vulcânicas.
Em Palea Kameni - Vulcão de Santorini - Paisagem lunar contrastando com o azul profundo do mar.
As praias de Santorini tem seixos e areias pretas, que fogem do nosso imaginário. Achei interessante a casinha de trocar de roupa, esta idéia poderia ser aplicada nas nossas praias.Também tem as passarelas de madeira prá facilitar a chegada na praia. Incrível que não pensaram nem em um chuveirinho na recente intervenção urbanística em Boa Viagem.

Em Perissa (Santorini): Praia de areias pretas. A casinha de trocar roupa, as passarelas e o chuveirão - poderiam ser utilizados nas praias do Nordeste.
Bem, termino por aqui. Algumas dicas: quem quiser visitar a Grécia deve reservar no mínimo 10 dias, pois o acesso às ilhas requer muito tempo (para Mikonos 4 horas, Santorini: 7 horas) apesar do transporte marítimo ser muito bom! O vinho local de Santorini é excelente (para consumo local), o espetinho de frutos do mar (lagosta, lula, polvo, etc) também, além da moussaka e dos vegetais recheados. "Né" (quer dizer sim!), tentei ensaiar algumas palavrinhas em grego, A não ser os termos médicos (muito semelhantes ou iguais no Português - de origem grega), o resto é grego, quer dizer, completamente intraduzível e impronunciável.

Podem aguardar mais imagens: as próximas imagens vão ser da Suiça.

Abraços,

Santamaria

5 comentários:

  1. Partilhar o pão e as emoções. E viva a partilha!!!!!!!!!

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  2. Olá! Bom dia!

    Estou a pensar ir a Grécia em Agosto, podia-me dizer onde ficou alojada, gostou?

    Adorei as dicas do seu blog.

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  3. Ritokas,

    Obrigada por visitar o meu blog!

    A Grécia é um lugar inesquecível! Recomendo visitar o blog Guia Grécia - site recomendado no meu blog.
    Em Atenas fiquei em casa de uma amiga. Para hospedagem sempre utilizo as recomendações e avaliações do "lonely planet" e do "hostelworld" entre outros. Por exemplo, conferi e aprovei as hospedagens em Mikonos: Andriani's Guest-House e em Santorini: Pension George.

    Uma ótima viagem!

    Santamaria

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  4. Olá, Antonia!
    Adorei seu blog, muito legal.
    Pretendo visitar a Suíça, em especial o Lago Lucerna, e gostaria de saber se é permitido banhistas no próprio. Obrigado :D

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